Educação Permanente

Educação Permanente

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Inclusão de crianças com deficiência no ensino regular

Há um lobby em curso no Congresso Nacional que pode levar à segregação de estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Pesquisas científicas e a experiência mostram que os alunos com deficiência aprendem mais em ambientes inclusivos – e não apenas seus colegas, como toda a comunidade, ganham com o convívio. A inclusão escolar é também o melhor antídoto contra a discriminação e, por isso, nos países desenvolvidos já é prática desde os anos 70. Embora ainda precise melhorar muito, o Ministério da Educação tem se esforçado para receber esses novos alunos na rede de ensino. Cada vez mais, eles estão saindo de casa ou deixando as escolas especiais e migrando para o ensino regular. Prova disso é que houve um impressionante aumento de quase 1.000% das matrículas de alunos com deficiência nas escolas entre 1998 e 2010. Mesmo assim, ao invés de concentrar os esforços em garantir a qualidade necessária para que os estudantes que estão sendo incluídos progridam em salas de aula comuns, o lobby das instituições assistenciais que se dizem representantes das pessoas com deficiência como Apaes, Pestalozzis e outras no Congresso Nacional é na direção contrária. E é também na contramão da lei e dos direitos humanos o posicionamento dos senadores da comissão de educação, que apoiam o texto defendido pelas escolas especiais. Mas por que a inclusão não interessa às entidades filantrópicas? A resposta é simples – os recursos governamentais que as mantém são pagos per capita, e requerem que os usuários estejam lá dentro. Quando são incluídos, a verba se vai. Desesperados, os dirigentes e seus padrinhos políticos têm provocado campanhas para aterrorizar os pais, dizendo que seus filhos vão ficar sem escola. A receita tem dado certo. Não houve um senador sequer, nem dos mais progressistas, que tenha ousado elevar sua voz contra as Apaes. Mas afinal, senhores senadores, o que o PNE trará de concreto e afirmativo para a educação inclusiva das crianças e jovens com deficiência e para o combate à discriminação nos próximos 10 anos? Qual é a mudança proposta pelos senhores? Algum avanço ou só mesmo a volta à segregação de seres humanos? Leonardo Sakamoto - UOL Educação - 12/11/2013 - São Paulo, SP

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Publicado em 25/08/2013 por Clínica Alamedas Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local. Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta. Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais. Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional. Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito. Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas. Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes. A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro. Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York. A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero. Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana. Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos. A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras. Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc. Reflita sobre isso!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Carta da ativista brasileira presa na Rússia

Vale a pena ler a carta. O alerta e o apelo que ela faz são comoventes. Segue a íntegra da carta de Ana Paula Maciel: “Queridos leitores, Me chamo Ana Paula e sou um dos 30 ativistas presos aqui na Rússia. Hoje faz um mês que nos retiraram de nosso amado navio Arctic Sunrise e, depois de dois dias em uma cadeia, três em outra, agora estou sentada em minha cela na penitenciária para onde nos trouxeram dia 29 de setembro. Tudo isso depois de um protesto pacífico onde queríamos chamar a atenção do mundo sobre os perigos de danos ambientais ao perfurar em busca de petróleo no Ártico. Um mês que nossas vidas pararam, aqui sozinhos, tive tempo pra parar e pensar e lhes pergunto, caros leitores: quantos produtos derivados de petróleo você usou nesses último mês? Derivados de petróleo são usados para fabricar muitas coisas e, sendo “coisas” consumíveis, sofrem sob o efeito “procura e demanda” que as pessoas ávidas pelo consumo compram, utilizam e descartam com uma rapidez sem precedentes nos dias de hoje. Nosso planeta, o que chamamos de casa, o único que conhecemos com vida, está em crise e precisamos fazer algo individualmente, todos os dias. Creio que não estariam indo procurar petróleo no Ártico se não houvesse quem o utilizasse. Se fôssemos mais preocupados em ser do que ter, usaríamos menos petróleo, a natureza estaria sob menores riscos, os protestos pacíficos não seriam necessários, eu não estaria presa injustamente... Nem tenho palavras para agradecer a todas as pessoas que se importam e que clamam por nossa liberdade. Gostaria de agradecer especialmente o apoio do governo e do povo brasileiro que têm se mostrado incansáveis em seu suporte pela minha liberdade. Clara Solon, da embaixada do Brasil na Rússia é quase uma segunda mãe para mim. Tem sido impecável em suas visitas, presença na corte, apoio psicológico e tudo o que está a seu alcance. Gostaria de fazer um apelo ao mundo e aos que se importam: Salvem o Ártico! Consumam menos para serem mais, usem sacolas reutilizáveis, apaguem as luzes ao não usá-las, procurem produtos com menos embalagem, usem mais as pernas e menos os carros. Você não é o seu telefone celular, ele não diz nada sobre suas virtudes, você não precisa do último modelo. Separe o lixo, recicle, conserte o que quebrar em vez de comprar outro, informe-se. Existem tantas mil pequenas ações que podem ser feitas todos os dias para salvar o Ártico, a Amazônia, os recifes de corais e todo o resto. Basta escolhermos bem o que comprar. Nós todos e cada um de nós somos responsáveis pela mudança! Promete que vai tentar. E eu vou saber que esse mês presa não foi em vão. Com amor, Ana.”

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Torneio Internacional de Matemática - Brasil em 1º lugar

Brasil conquista 1ª lugar em torneio internacional de Matemática Além do ouro por equipe, brasileiros conquistaram três medalhas de prata na 28ª Olimpíada Ibero-Americana de Matemática RIO - O Brasil conquistou o primeiro lugar na classificação geral da 28ª Olimpíada Ibero-Americana de Matemática, que ocorreu no Panamá desde o último dia 22 e que se encerrou hoje (27), reunindo 78 estudantes de 20 países da América Latina, Espanha e de Portugal. A equipe, formada por quatro estudantes, conseguiu o título na disputa por equipes, além de conquistar uma medalha de ouro e três de prata. O país tem um bom retrospecto na competição, conseguindo pelo segundo ano consecutivo a primeira colocação, desta vez com 158 pontos. Portugal fez o segundo melhor resultado, com 154 pontos, seguido pelo México, com 153 pontos. Os estudantes fizeram individualmente seis problemas em dois dias de prova, que envolviam álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória. Entre os quatro estudantes do time brasileiro está Rodrigo Sanches Ângelo, de São Paulo, que conseguiu pontuação máxima na resolução da prova, 42 pontos, e ficou com a medalha de ouro. Franco Matheus de Alencar (RJ), Victor de Oliveira Reis (PE) e Rafael Kazuhiro Miyazaki (SP) conseguiram a prata com 41, 40 e 35 pontos, respectivamente. A equipe foi acompanhada pelos professores Eduardo Wagner (RJ) e Pablo Rodrigo Ganassim (SP). A próxima edição da Olimpíada Ibero-Americana ocorrerá em Honduras, com participantes de, no máximo, 18 anos. A equipe nacional é selecionada a partir dos melhores classificados na Olimpíada Brasileira de Matemática AGÊNCIA BRASIL (Email · Twitter) Publicado: 27/09/13 - 18h14min

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Educação Espartana X Educação Ateniense

Muitas pessoas me solicitam o quadro comparativo entre a educação ateniense e a educação espartana. Posto novamente para quem quiser pesquisar.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO EM SP

Após 21 anos, alunos de São Paulo terão lição de casa, nota e boletim Karina Yamamoto - Do UOL, em São Paulo - Terra Educação - 15/08/2013 - São Paulo, SP O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário de Educação César Callegari (PSB) apresentam, na manhã desta quinta-feira (15), um novo programa para a rede municipal de ensino. Chamado `Mais Educação São Paulo`, o pacote de iniciativas faz clara referência ao programa de ensino integral do governo federal criado por Haddad enquanto ministro. As escolas públicas municipais terão um novo regimento geral que mudará a rotina dos estudantes e professores: provas a cada dois meses (bimestrais), lição de casa, notas de 0 a 10 e boletim que poderá ser consultado pelos pais na internet. `[O programa] procura resgatar ideias boas e velhas e [acrescentar] ideias boas e novas`, afirmou o prefeito Fernando Haddad. `[É uma] combinação virtuosa, com resgate de uma escola que passou por um suposto processo de modernização.` As mudanças passam a valer a partir de 2014 e o texto está sob consulta pública (com recebimento de sugestões de mudança) até o dia 15 de setembro. A adesão mais ampla ao programa federal de educação integral (Mais Educação) e a implantação de uma rede de formação de professores com cursos semi-presenciais (por meio de um outro programa federal, a UAB - Universidade Aberta do Brasil) são outras `ideias boas e novas` na concepção do `Mais Educação São Paulo`. Postado por Profª Marcia Gil

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Paraíso dos incompetentes é o inferno dos cidadãos

Segue abaixo um texto de Dimenstein, discorrendo sobre a importância de bons gestores na escola. Recomendo a pedagogos, em especial, e à comunidade escolar em geral. Gilberto Dimenstein - Folha de São Paulo - 01/08/2013 - São Paulo, SP O governo de São Paulo informa que pretende remover diretores de escolas considerados incompetentes - e, agora, pretende definir o que significa ser um diretor de escola incompetente. Aguarde, caro leitor, para ver a reação contrária das corporações, em geral avessas à meritocracia. Apenas a existência dessa discussão já mostra como o poder público, onde impera a estabilidade, é o paraíso dos incompetentes. Você consegue imaginar um técnico de futebol ficar indefinidamente mesmo que o time nunca consiga ganhar? Ou um executivo que não seja afastado se a empresa revelar falhas de gestão? Numa escola pública assim: o diretor é praticamente imexível. Por quê? Por dois motivos: 1) os pais e a sociedade ainda não se mobilizam, como deveriam, pela melhoria da educação pública; 2) o poder público é o paraíso dos incompetentes. O paraíso dos incompetentes é o inferno dos cidadãos. E, no final, quem paga a conta são sempre os mais pobres. Visitando escolas públicas ao redor do mundo, vi o seguinte. Não se faz uma boa escola apenas com um bom diretor. Mas, sem ele, não existe boa escola. Por isso, um dos melhores investimentos é formar diretores que sejam bons gestores.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Pressão na Escola

Professora afastada de colégio militar por discordar de livro didático ganha na Justiça direito de dar aulas FELIPE BÄCHTOLD - Folha de São Paulo - 23/07/2013 - São Paulo, SP Uma professora de história do Colégio Militar de Porto Alegre conseguiu na Justiça Federal o direito de retomar suas funções na escola após ser afastada por discordar do uso em sala de aula de um livro didático pró ditadura. Silvana Schuler Pineda, 50, se recusou a adotar em classe obras da `Coleção Marechal Trompowsky`, em que são omitidas, diz ela, violações aos direitos humanos, assassinatos e tortura promovidas pelas Forças Armadas durante o regime militar (1964-1985). A professora, que integra o quadro de servidores civis da instituição, foi retirada em abril das aulas do nono ano e realocada em um curso preparatório, de frequência opcional, e também em tarefas de planejamento. Antes disso, ela diz ter feito críticas ao livro em uma reunião de professores, na qual mencionou que a Associação Nacional de História contesta o uso da obra nas escolas. Na ocasião, também pediu que a direção confeccionasse um documento reafirmando por escrito a obrigatoriedade do uso do livro didático em sala de aula. `Passei a sofrer pressão: ou eu voltava atrás ou seria punida`, diz a professora. Os livros da série são editados pela Biblioteca do Exército. Segundo Silvana, o golpe de 1964 é explicado como necessário para resguardar a democracia no país diante do avanço do comunismo no governo de João Goulart. `É um colégio militar, mas não posso deixar do lado de fora meus direitos e cidadania quando entro para trabalhar`, diz ela. A professora também vê no afastamento uma retaliação por sua atuação em uma associação de servidores civis e afirma ainda que não é a única na escola a criticar a obra. A decisão que determinou a volta ao trabalho original foi tomada no início do mês, mas ela só reassumirá as aulas após o fim do recesso escolar de julho. O juiz federal Gabriel von Gehlen escreveu em despacho que o afastamento foi uma `sanção velada`. A reportagem não localizou representantes do colégio para comentar o assunto. O Comando Militar do Sul informou que não teria como se manifestar nesta segunda-feira (22). À Justiça Federal o comando do Exército, por meio da Advocacia-Geral da União, afirmou que o ensino militar tem legislação própria e que possui a finalidade de `promover a educação afinada com tradições` da corporação e de despertar vocações para a carreira na área. Argumentou ainda que apenas fez uma `redistribuição da carga horária` da professora, a quem chamou de `intransigente`.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Polidez na Escola

Virtude da polidez Rosely Sayão - Folha de São Paulo - 09/07/2013 - São Paulo, SP Uma pesquisa publicada em portais de notícias chamou minha atenção. Por meio dela, fiquei sabendo que diretores de recursos humanos de 19 países, entre eles o Brasil, consideram que a maioria dos profissionais não se veste de forma adequada para o trabalho. O interessante é notar que a média brasileira é maior do que a geral nessa questão: 9% é a média mundial dos diretores que afirmaram ver profissionais mal vestidos com muita frequência e 42%, a média dos que viram o fenômeno ocorrer com certa frequência. No Brasil, os índices registrados foram de 22% e 54%, respectivamente. Essa notícia me lembrou algumas situações semelhantes que já acompanhei no espaço escolar. Por exemplo: não é raro o constrangimento de coordenadores e diretores quando notam que professoras, principalmente da educação infantil, vão para o trabalho com calças de cintura baixa. Como as professoras sentam-se no chão regularmente com seus alunos, acabam deixando descobertas partes do corpo que deveriam estar protegidas do olhar do outro nesse tipo de situação. E criança pequena não perdoa: `Mãe, eu vi o cofrinho da professora hoje!`, disse em altos brados um garoto de quatro anos assim que sua mãe chegou para buscá-lo. O curioso é que coordenadores e diretores não sabem muito bem como conversar com os professores a esse respeito. Do mesmo modo, gestores escolares também não sabem como agir quando alunas do ensino médio vão para a aula excessivamente maquiadas e com roupas com decotes generosos, justas e curtas. Definir uniforme? Proibir certas roupas? Fazer o quê? A esse tipo de comportamento somam-se outros. Um exemplo é quando alunos de oito, nove anos, em plena aula, se distraem por intermináveis minutos com o dedo no nariz. Novamente, professores ficam constrangidos e não sabem se devem ou não interferir. A questão permanece em aberto sem uma boa solução, até agora, para as escolas que enfrentam esses tipos de problema. Por que elas não pensam em debater a questão com docentes e alunos à luz do conhecimento? Essas situações me levaram de volta à leitura deliciosa de um livro que li pela primeira vez há uns dois anos: `A História da Polidez`, de Frédéric Rouvillois. A polidez, mesmo sendo considerada por muitos autores como uma virtude menor quando comparada a outras, é necessária para a boa convivência social, além de ser a porta de entrada para as chamadas grandes virtudes. A Revolução Francesa foi um marco na transformação de comportamentos sociais; hoje, com a existência de celulares, da internet e de uma informalidade radical nos relacionamentos interpessoais, tanto familiares quanto públicos, as normas da boa educação mudaram mais ainda. Entretanto, nos resta uma boa pergunta: e a polidez no sentido de civilidade, ou seja, no que se refere à boa convivência, ao respeito ao outro, a quantas anda? Famílias e escolas têm se ocupado dessa questão na educação dos mais novos? Certamente ganhamos muito com a transformação das rígidas e precisas regras de etiqueta que já tivemos de atender. Mas a reclamação constante de barulho, do desrespeito de regras básicas de trânsito, da grosseria no trato interpessoal nos apontam a necessidade de rever a educação para a virtude da polidez. As escolas, por exemplo, poderiam abrir a discussão com seus alunos sobre a adequação das vestimentas em situações diversas, só para voltar ao assunto do início de nossa conversa. E uma boa provocação inicial poderia ser a letra da música `Com que roupa?`, de Noel Rosa. Postado por Profª Marcia Gil de Souza

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestações de Rua - sociedade articulada

Multidões em protesto Hélio Schwartsman - Folha de São Paulo - 19/06/2013 - São Paulo, SP Que diabos está acontecendo, é o que todos se perguntam. É verdade que ninguém entendeu direito o que levou multidões de jovens (e alguns não tão jovens) a, de uma hora para outra, protestar nas ruas de todo o Brasil, mas também não estamos diante de um monstro alienígena. Manifestações e confrontos existem desde que surgiram as primeiras cidades, alguns milhares de anos atrás, e, mesmo na versão moderna, em que são convocados pelas mídias sociais, ocorrem de forma relativamente corriqueira. No presente momento, além do Brasil, há protestos em massa ocorrendo na Turquia e na Bulgária. Poucas semanas atrás, era a civilizada polícia sueca que enfrentava a ira de manifestantes em Estocolmo e outras cidades. Se estendermos o horizonte de tempo para incluir os últimos quatro anos, a lista de países afetados pula para quase uma centena, abarcando desde a Primavera Árabe até o `Occupy` e os indignados. Foram atingidas desde nações miseráveis como Malaui e Bolívia até as maiores economias do planeta. Embora cada um desses movimentos tenha uma gênese e uma pauta diferentes e únicos, há algumas lições que podemos tirar do agregado de experiências. É claro que, em princípio, tudo pode ocorrer. Mas, se os seres humanos que protestam têm algo em comum uns com os outros, como se imagina que tenham, a tendência é que o movimento comece em breve a arrefecer. Manter a mobilização é energeticamente dispendioso. Manifestações dão trabalho, impõem um ônus às cidades que as hospedam e acabam enjoando. A primeira passeata é divertida e a gente nunca esquece, mas a quinta já é aborrecida. É certamente possível estender uma série de protestos quando eles têm um objetivo claro e mais ou menos unânime, como derrubar um ditador, mas, se o que os motiva é uma insatisfação difusa, como parece ser o caso aqui, isso fica mais difícil. Se as autoridades não voltarem a cometer erros como reprimir manifestantes pacíficos, que são a esmagadora maioria, catalisam esse processo. Massas são uma coisa meio esquisita. Os especialistas que estudam a psicologia das multidões ainda não chegaram a um consenso sobre como elas se comportam, mas levantaram alguns problemas e `insights` interessantes. A primeira e mais óbvia questão é: no que o grupo difere do indivíduo? Várias respostas foram ensaiadas. Para uma corrente, as diferenças são mais de grau do que de natureza. Se as três emoções humanas fundamentais são medo, alegria e raiva, quando aplicadas a multidões elas se tornam, respectivamente, pânico, júbilo e hostilidade. Há, entretanto, escolas que pensam que o comportamento de massa leva as pessoas a fazer o que jamais fariam se estivessem sozinhas. Fico com o segundo grupo. Numa espécie hipersocial como a nossa, são formidáveis os efeitos que indivíduos produzem uns sobre os outros, levando a formas insuspeitas de emergência. Como tentei mostrar na coluna publicada na edição impressa da Folha de ontem, juntar um bocado de gente para fazer uma coisa pode trazer grandes vantagens, mas também envolve riscos. Os limites entre a sabedoria e a loucura das multidões são tênues. Há ganhos óbvios como a multiplicação de forças e a possibilidade de divisão do trabalho (com aumento da produtividade) que nem vale a pena explorar. Mas existe também um efeito mais sutil que gostaria de desenvolver. Trata-se do bônus da agregação. Em 1906, sir Francis Galton, o polêmico e genial primo de Darwin, conduziu um experimento dos mais interessantes. Ele visitara uma feira agrícola e viu que haviam organizado um concurso no qual as pessoas deveriam adivinhar o peso de um bezerro. Exatas 787 pessoas responderam e nenhuma acertou. Mas, como constatou Galton, a média dos palpites, 1.197 libras, ficou a apenas 0,08% do peso aferido, que era de 1.198 libras. Curiosamente, Galton, que era um aristocrata com tendências fortemente elitistas, teve de dar o braço a torcer. `O resultado parece dar mais crédito à confiabilidade do juízo democrático do que se poderia esperar`, escreveu. O mecanismo em ação é o da eliminação. As estimativas mais extremas tendem a anular umas às outras e o que sobra é um palpite que faz sentido. A pergunta, então, é: por que não escolhemos o melhor governante com uma precisão de 0,08% em eleições de verdade? O economista Brian Caplan tem uma resposta convincente. Para ele, o milagre da agregação funciona apenas para eliminar erros aleatórios, cuja distribuição é gaussiana, mas se torna inútil para evitar os erros sistemáticos, que são aqueles em que a maioria das pessoas, provavelmente devido a vieses cognitivos, vai para o mesmo lado. A democracia não nos salva de nossas obsessões nem dos demagogos, ainda que tenha o dom de extirpar as posições mais radicais --o que não é pouca coisa. Do lado negativo, a conta também pode ficar bastante salgada. Não são poucas nem inócuas as chamadas patologias do pensamento de grupo. Uma delas é a polarização. Se você juntar um punhado de pessoas com opiniões semelhantes e deixá-las conversando por um tempo numa sala, o grupo sairá com ideias mais parecidas e mais radicais. É assim que surgem as organizações terroristas e, nas manifestações, a disposição de enfrentamento que por vezes descamba no vandalismo. Minha hipótese é que a internet, ao permitir a criação de comunidades virtuais de pessoas com convicções bem exóticas e raras, contribui para uma certa radicalização da paisagem ideológica, mas nada que a democracia não possa curar. Outra moléstia de grupo importante é a conformidade. Multidões têm o hábito de suprimir o dissenso. Isso explica várias coisas, desde as caças às bruxas e a perseguição de minorias até o sucesso das religiões. Num comício, frases como `sem violência` até funcionam, desde que os que advogam pelo quebra-quebra não formem uma massa concentrada o bastante para considerar-se um grupo à parte. Vale mencionar ainda a animosidade. Ponha um corintiano e um palmeirense numa sala e mande-os discutir futebol. Eles discordarão, mas provavelmente se tratarão com certa civilidade. Entretanto, se você colocar cem torcedores rivais de cada lado, quase certamente produzirá uma batalha campal. Vimos isso acontecendo na quinta-feira passada em São Paulo, quando policiais do batalhão de choque avançaram sobre manifestantes tranquilos menos por cumprimento do dever do que por vê-los como um grupo antagônico que era preciso derrotar. Aonde isso nos leva? Qual o sentido desses protestos e o que eles podem fazer por nós? Sou simpático à causa, mas me reservo o direito de guardar uma saudável dose de ceticismo. Não penso que virá daqui a revolução redentora. Como já disse, a mobilização não vai durar para sempre. Pleitos específicos como a redução de tarifas poderão ser atendidos em determinadas praças. Não sei se sou muito a favor disso. As manifestações, como é óbvio, não criam dinheiro, que terá de sair de outras rubricas se não quisermos pagar mais impostos. Quanto de subsídio o setor público deve conceder ao transporte público é uma questão aberta a debate. De minha parte, penso que transporte e saúde funcionam como despesas de custeio. Não há como evitá-las, mas, se for para escolher uma prioridade, minha preferência é a educação, que é a única das grandes áreas que pode ser encarada como investimento no futuro. O que vejo de bom nos protestos é que eles sugerem que se está constituindo no Brasil uma sociedade civil um pouco mais articulada, que cobra seus governantes e os mantém sob pressão. Cada vez mais acredito na teoria de que o que distingue os países que dão certo das nações fracassadas é a existência de instituições que promovem o poder político dos cidadãos e lhes permitem tirar proveito das oportunidades econômicas. Uma classe média exigente que se faça ouvir pelos dirigentes é um elemento importante dessa institucionalidade positiva. Mas não nos enganemos. Já vimos a tal da sociedade civil surgir antes nas diretas já e no impeachment de Collor, apenas para submergir por vários anos antes de reaparecer. O descompasso aqui é entre o horizonte de nossas expectativas, que operam na escala dos meses e anos, e o da constituição de estruturas sociais democráticas, que obedece ao ciclo das décadas e gerações. Postado por Marcia Gil de Souza

quarta-feira, 6 de março de 2013

Jovens são emancipados para fazer supletivo e pular o ensino médio Marília Banholzer - Do NE10 - Jornal do Commercio - 06/03/2013 - Recife, PE Até que ponto um adolescente de 16 anos tem maturidade para enfrentar o ritmo de uma universidade? E mais: deixar de cursar e vivenciar o último ano do ensino regular? Esse questionamento se tornou pertinente desde que jovens menores de idade passaram a alcançar boas notas nos principais vestibulares do País, ainda no primeiro ou segundo ano do ensino médio. A discussão ganha força a partir do momento que a demanda de pedidos de emancipação dos jovens chega a dobrar nos cartórios do Recife no período entre dezembro e fevereiro, meses em que são divulgados os listões das universidades. Segundo o analista notorial da 1º Ofício de Notas do Recife (Cartório Andrade Lima), Rafael Selva, é muito comum que nesse período do ano os pais tentem emancipar os filhos por questões relativas ao vestibular. `Em geral eles querem que o filho faça o supletivo ou possa morar sozinho em outro estado, mesmo sendo menor de idade`, afirma o analista. A reportagem do NE10 entrou em contato com diversos cartórios do Recife e em todos a informação era de que o fluxo de pedidos de emancipação é pequeno durante todo o ano (dois ou três por mês para cada cartório da cidade). No início do ano, porém, há um aumento de mais de 50% na procura. Há dois anos, a jovem Tamires Coutinho, na época com 16 anos, foi emancipada. O objetivo da medida era possibilitar que a menina fizesse um supletivo e tivesse acesso à sua ficha 19, documento emitido quando o estudante completa o ensino médio. No entanto, o código civil prevê que apenas os maiores de 18 anos podem passar pela prova que elimina a passagem do estudante pela escola. No caso dos estudantes menores de idade é necessário que eles sejam emancipados para que possam fazer a prova. A ideia de ser emancipada para se submeter ao supletivo surgiu depois que a jovem conseguiu alcançar uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo quando ainda cursava o 2º ano do ensino médio. `Quando conferi o gabarito da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) vi que a nota seria boa e que conseguiria uma vaga. Fui ver como eu poderia já ingressar na universidade sem precisar cursar o 3º ano do ensino médio. A verdade é que eu não queria passar mais um ano estudando e vivendo aquela pressão [do vestibular]`, explica. Tamires diz ainda que todo o processo foi muito fácil. `Meus pais me levaram num cartório em Jaboatão dos Guararapes, fizemos a emancipação, fui para a Paraíba fazer um supletivo de um mês e já voltei com a ficha 19. Aí foi só me matricular na UFPE`, relembra. Hoje a jovem está com 18 anos e cursa o 4º período do curso de jornalismo. No total, são oito períodos, o que significa que ela estará formada e pronta para o mercado de trabalho aos 20 anos. Para Tamires, ter `pulado` o 3º ano não foi um problema. O fato de ter ingressado no ensino superior tão jovem também não. Porém, a universitária ressalta que conhece pessoas que fizeram o mesmo caminho mas não se adaptaram à nova rotina. `Conheço pessoas que não entenderam o que é estar na universidade. Muitas desistiram porque no final das contas nem sabiam se o curso que queriam era aquele mesmo. Acho que depende de cada um`, avalia. Essa antecipação de entrada no nível superior de ensino causa preocupação aos educadores. Contrária ao `atalho` feito no ensino médio, a psicopedagoga Jaidenise Azevêdo avalia que essa estratégia é um perigo para a evolução do estudante. `Podemos comparar com uma criança que pula de série na escola. Em geral não dá certo e a criança não se adapta`, ressalta a especialista. Jaidenise também ressalta que mesmo que o jovem passe pela universidade sem maiores problemas, não significa que ele estará preparado para as cobranças do mercado de trabalho. `A nossa sociedade precisa parar de ter tanta pressa. Não podemos atropelar os estágios pelos quais temos que passar para amadurecer`, enfatiza. Atenta à essa questão, a Secretaria de Educação de Pernambuco não aceita que os jovens menores de 18 anos façam as provas de supletivo, mesmo que eles tenham sido emancipados em cartório. No entanto, confirma que nada pode fazer em relação às fichas 19 emitidas em outros estados, como o que aconteceu com Tamires Coutinho, que teve seu documento de conclusão do ensino médio emitido na Paraíba, por meio de supletivo. A assessoria da Secretaria de Educação do Estado informou ainda que só permite que um menor de idade passe pelas provas de supletivo em Pernambuco por intermédio de uma emancipação conquistada na Justiça. No entanto, o juiz da 1ª Vara da Família da Capital, Clicério Bezerra, revela que são raros os pedidos dessa natureza. `Não me recordo de nenhum caso desse tipo no ano passado, por exemplo`, comenta. Este ano, a professora Adriana Correia entrou na Justiça pernambucana para conseguir que o filho de 17 anos entrasse na universidade sem cursar o último ano da escola. O jovem Samuel Celestino passou em 14º lugar geral do curso de engenharia civil da Universidade Federal do Ceará (o terceiro melhor do País) mas não foi autorizado a cursar o ensino superior. Ela explica que fez a emancipação do rapaz, mas não buscou o supletivo baseada nas regras impostas pelo Enem. `O edital do Enem diz que basta ser maior de 18 anos e alcançar a pontuação mínima. Meu filho tirou notas muito boas. Mas não foi autorizado pela justiça por causa da idade, mesmo eu tendo feito a emancipação dele`, reclama. Adriana ressalta que Samuel estuda no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e por causa do estilo diferenciado de ensino das escolas técnicas para as regulares, ele já teria cumprido a carga horária referente ao ensino médio completo. `Meu filho está preparado para a universidade e com boa notas. É um absurdo que pessoas que entrem em filas de espera e tirem notas menores consigam entrar e ele não.` De acordo com a professora, o jovem ficou triste e desestimulado a ver o sonho de entrar na UFC ir por água abaixo. `Ele também passou na UFPE, mas a gente nem tentou mais nada. Agora ele só quer saber de fazer o último ano no IFPE e tentar o vestibular novamente.` EMANCIPAÇÃO - O advogado especialista em direito da família João Bosco de Albuquerque explica que a emancipação não torna o jovem maior de idade. `Na verdade, ele ganha alguns direitos e deveres. Entre os direitos está o de poder concorrer em concursos públicos ou fazer provas como o supletivo. Mas ele não pode tirar uma carteira de habilitação, por exemplo`, ressalta o advogado. Ainda segundo João Bosco, a emancipação pode ser feita em qualquer cartório de notas e custa uma valor que gira em torno de R$ 140. Apenas no caso de um dos pais não autorizar a emancipação é que o caso vai parar na Justiça para que um juiz avalie a maturidade do jovem em questão.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Globo - 11/01/2013 Garotinho perde boneco e recebe resposta incrível da Lego Após o sumiço de seu ninja Jay ZX, menino de sete anos escreve carta para a companhia pedindo um substituto Além de repor o brinquedo, empresa responde a carta da criança com muita imaginação O garoto de sete anos Luka Apps gastou todo o dinheiro que ganhou no Natal para comprar o conjunto Ninjago Ultra Sonic Raider da Lego. O problema é que, por serem pequeninhos, os bonecos e peças do brinquedo são muito fáceis de se perder. Apesar do pai ter falado para Luka deixar os brinquedos em casa, o menino levou seu novo ninja Jay ZX às compras. Claro que o boneco acabou caindo do bolso de seu casaco e desaparecendo. Sem querer admitir a derrota, Luka decidiu escrever uma carta para a companhia Lego, dizendo que procurava um substituto para seu ninja perdido. Segundo a emissora ITV, a carta de Luka dizia: “Olá, Meu nome é Luka Apps e eu tenho sete anos de idade. Meu pai acabou de me levar ao Sainsbury’s [uma grande rede britânica de lojas] e me disse para deixar os bonecos em casa, mas eu os levei mesmo assim e perdi o Jay ZX na loja, quando ele caiu do meu casaco. Estou muito chateado por ter perdido ele. Papai disse para eu enviar um e-mail para ver se vocês podem me mandar outro. Eu prometo que não vou levá-lo para a loja de novo. Luka” O garotinho não só recebeu uma resposta da Lego, que repôs o brinquedo, como também ganhou outros presentes da empresa, por sua honestidade. A carta foi escrita por Richard, um representante do departamento de atendimento ao cliente. O funcionário escreveu que havia conversado com Sensei Wu, um mestre da linha de brinquedos Ninjago. “Luka, eu disse ao Sensei Wu que perder o seu boneco Jay foi somente um acidente e que você nunca, nunca vai deixar que isso aconteça de novo. Ele pediu para que eu lhe dissesse: “Luka, seu pai parece um homem muito sábio. Você deve sempre proteger seus bonecos Ninjago como os dragões protegem as Armas de Spinjitzu!”. Sensei Wu também me disse que eu posso lhe enviar um novo Jay e que eu posso incluir alguns itens extras, porque qualquer um que guarda o dinheiro que ganhou de Natal para comprar o conjunto Ninjago Ultra Sonic Raider deve ser um grande fã da linha Ninjago. Então, espero que você se divirta com seu boneco Jay e todas as suas armas. Você, na verdade, terá o único boneco Jay que combina três Jays diferentes em um só! Eu também vou lhe enviar um cara mau com quem ele possa lutar. Mas lembre-se do que Sensei Wu disse: mantenha seus bonecos protegidos como as Armas de Spinjitzu! E, é claro, sempre ouça o seu pai”. A resposta inteligente e sensível da Lego está rodando o globo e comovendo todo o mundo. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/garotinho-perde-boneco-recebe-resposta-incrivel-da-lego-7265025#ixzz2HgJ0s6Uz © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. Profª Marcia Gil