Você sabia que você é um em um milhão? Ou, mais precisamente, uma espécie entre milhões que habitam o nosso planeta? Mesmo assim, humanos fazem parte de um número reduzido de espécies que apresentam crescimento em sua população. Enquanto isso, muitas outras estão se extinguindo.
Sabe-se que um total de 17.291 espécies estão ameaçadas de extinção - desde plantas e insetos pouco conhecidos até as mais carismáticas aves e mamíferos. E isso mal reflete a dimensão do problema; muitas espécies desaparecem antes mesmo de serem descobertas.
A razão? A atividade humana. Em busca do desenvolvimento, nós causamos o desaparecimento de grandes partes das florestas originais, drenamos metade dos pantanais do mundo, acabamos com três quartos das unidades populacionais de peixes e emitimos a quantidade suficiente de gases de efeito estufa para manter o nosso planeta aquecendo pelos próximos séculos. Nós pisamos no acelerador e provocamos um ritmo de extinção de espécies mil vezes maior do que o ritmo natural.
Consequentemente, nós estamos arriscando, de maneira progressiva, perder algo que é fundamental para a nossa sobrevivência. A variedade de vidas do nosso planeta - conhecida como "biodiversidade" - nos fornece alimentos, vestuário, combustível, remédios e muito, muito mais. Você pode até achar que aquele besouro do seu quintal ou a grama que cresce na rua não tem nenhuma conexão importante com a sua vida - mas tem. Mesmo quando uma única espécie é retirada dessa complexa teia da vida, o resultado pode ser catastrófico.
Por isso, a Organização das Nações Unidas declarou o ano de 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. Essa é uma oportunidade para enfatizar a importância da biodiversidade para o bem-estar humano; reflete nas nossas conquistas para proteger e estimular a multiplicação dos nossos esforços para reduzir a taxa de perdas da biodiversidade.
O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2010 (WED 2010, na sigla em inglês) é "Muitas espécies. Um planeta. Um futuro". Este tema reflete o apelo em prol da conservação da diversidade de vida no nosso planeta. Milhões de pessoas e milhões de espécies dividem o mesmo planeta e se agirmos juntos poderemos todos desfrutar de um futuro mais próspero e seguro.
Ao comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, nos permitimos considerar mais cuidadosamente as atitudes que devemos tomar pelo nosso objetivo comum de preservar a vida no planeta.
Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente e o Ano Internacional da Biodiversidade, podemos empregar o nosso poder individual e coletivo para deter a extinção das espécies. Atividades de conservação já preveniram o desaparecimento de espécies e restauraram habitats naturais vitais do mundo. Não só neste ano, mas que se torne uma prática costumeira de todos, vamos nos determinar a fazer muito mais pela biodiversidade, para assim vencermos a corrida contra a extinção!
PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Clóvis José Fernandes
Professor de Geografia do Ensino Fundamental II do Curso G9.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Popularização da ciência e Nova Sociedade do Conhecimento
“Ninguém pode orgulhar-se de haver dito a última palavra sobre uma teoria, enquanto não a puder explicar em termos simples a qualquer um que encontre pelo caminho” Gorgonne (matemático do século XIX)
Popularização da ciência e Nova Sociedade do Conhecimento
Assistimos um avanço extraordinário, patrocinado pela ciência e tecnologia, que impactou profundamente a sociedade no século XX e continuará a impactar neste e certamente nos próximos séculos,o que conduzirá ao que muitos autores já prenunciam chamar de “Nova Sociedade do Conhecimento”. Sendo assim, a proposta deste post é discutir, ainda que brevemente, sobre uma possível e necessária popularização da ciência, que vem ganhando força e novos aliados nas diversas instâncias envolvidas com a produção e disseminação do conhecimento, que buscam elaborar e por em prática diversas iniciativas que tentam como objetivo minimizar o crescente afastamento entre ciência e povo.
Quando falamos sobre a necessidade da popularização da ciência, assumimos que a ciência (em especial a ciência clássica desenvolvida entre séculos XVI e XVIII) não é popular e por motivos diversos afastou-se de uma forma um tanto quanto perigosa do domínio público. Ao falarmos de popularização da ciência, também assumimos a premissa que é possível e necessário trabalhar no sentido de vencer o abismo crescente que se instalou entre o conhecimento científico e o povo, em especial entre as classes populares.
Várias questões nos vem a mente quando pensamos neste tema, como por exemplo como se iniciou o processo de afastamento entre o discurso científico e a linguagem popular, ou ainda como podemos chegar a Nova sociedade do conhecimento quando na verdade a maioria das pessoas encontra-se a margem do que se produz e se discuti nas academias e outros lugares de produção de conhecimento. Vem ainda a mente a real necessidade de se popularizar o conhecimento científico e como realmente fazer isso de uma forma eficaz.
Este século tem se glorificado dos inúmeros avanços científico-tecnológicos sem precedentes. As novas tecnologias que tem sido desenvolvidas afim de se aprimorar e criar novos meios e métodos de comunicação têm suscitado oportunidades inimagináveis para a comunidade científica e uma pequena parcela da população. No entanto, por terem sido produzidos sob as bases de uma sociedade capitalista e dividida em classes, a maior parte desses benefícios estão distribuídos de forma extremamente desigual, e certamente continuará assim e se agravará até atingir limites que não conseguimos imaginar.
Em sua dissertação de mestrado, Luisa Massarani afirma que “é possível para o público geral entender os fundamentos básicos da ciência, entender os métodos científicos de pensar, entender a abordagem prática para a investigação científica, entender as relações entre ciência e sociedade, entender as limitações dos cientistas...”.
Esse entendimento não apenas é possível como urgentemente necessário, sobretudo para garantir o mínimo controle social da ciência pela população. Principalmente, considerando que vários encaminhamentos de natureza científica envolvem riscos e custos, além de aspectos simbólico-culturais que deveriam necessariamente passar pelo crivo da maioria do povo. Questões como, produção de alimentos transgênicos, clonagem humana, eutanásia, utilização de células troncos e muitas outras, são exemplos de como um conhecimento mínimo de assuntos pertinentes a ciência e suas aplicações é fundamental para a garantia de uma democracia, pelo menos, representativa e de qualidade razoável. Nesse sentido, é importante fazer as mesmas perguntas de Ennio Candotti, professor da Universidade Federal de Campina Grande e ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC): “Tudo que está ao nosso alcance em termos de desenvolvimento e aplicações do conhecimento científico, deve ser realizado? Tudo o que é possível fazer, deve ser feito? Quem deve decidir isso”?
Conforme o professor Candotti, um dos mais sérios problemas enfrentados pela SBPC tem sido a permanente cobrança dos governos em busca de pareceres da comunidade científica sobre questões polêmicas, como o conhecido caso dos transgênicos e da clonagem de seres humanos. Questões que segundo ele deveriam levar em consideração o parecer da maioria da população. No entanto, para poder opinar o povo precisaria dominar um conhecimento mínimo dos assuntos em pauta, o que não é o caso.
A população precisa ver o desenvolvimento científico como sendo um meio de manifestação cultural , e como qualquer outro destes meios, também é patrimônio da humanidade. Seus prejuízos sempre serão divididos igualmente com todos, mas os benefícios estão restritos a apenas alguns. O conhecimento científico é a forma mais eficaz de poder que conseguimos inventar. Não é justo, nem seguro que fique aos cuidados de algumas poucas minorias. Por isso, nós educadores científicos e/ou sociais temos que assumir o compromisso com a popularização da ciência e, unidos, procurar meios de vencer o abismo que há entre o povo e a ciência para então conseguirmos caminhar numa direção na qual tenhamos um novo mundo onde as desigualdades poderão ser minimizadas e a democracia realmente seja uma realidade entre os indivíduos que compõe os diferentes grupos e nações, construindo então uma verdadeira “Nova Sociedade do Conhecimento”.
Para saber mais vale ler:
ALVES, Ruben. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CANDOTTI, Ennio, BARROS, Henrique, GERMANO, Marcelo. Mesa Redonda: Os desafios da Popularização da Ciência. Reunião Regional da SBPC, UFCG, novembro de 2003.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
MASSARANI, Luisa. A divulgação científica no Rio de Janeiro: Algumas reflexões sobre a década de 20, Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicação, UFRJ, 1998.
Glauber Luz – Professor do Ensino Fundamental II do Curso G9.
Popularização da ciência e Nova Sociedade do Conhecimento
Assistimos um avanço extraordinário, patrocinado pela ciência e tecnologia, que impactou profundamente a sociedade no século XX e continuará a impactar neste e certamente nos próximos séculos,o que conduzirá ao que muitos autores já prenunciam chamar de “Nova Sociedade do Conhecimento”. Sendo assim, a proposta deste post é discutir, ainda que brevemente, sobre uma possível e necessária popularização da ciência, que vem ganhando força e novos aliados nas diversas instâncias envolvidas com a produção e disseminação do conhecimento, que buscam elaborar e por em prática diversas iniciativas que tentam como objetivo minimizar o crescente afastamento entre ciência e povo.
Quando falamos sobre a necessidade da popularização da ciência, assumimos que a ciência (em especial a ciência clássica desenvolvida entre séculos XVI e XVIII) não é popular e por motivos diversos afastou-se de uma forma um tanto quanto perigosa do domínio público. Ao falarmos de popularização da ciência, também assumimos a premissa que é possível e necessário trabalhar no sentido de vencer o abismo crescente que se instalou entre o conhecimento científico e o povo, em especial entre as classes populares.
Várias questões nos vem a mente quando pensamos neste tema, como por exemplo como se iniciou o processo de afastamento entre o discurso científico e a linguagem popular, ou ainda como podemos chegar a Nova sociedade do conhecimento quando na verdade a maioria das pessoas encontra-se a margem do que se produz e se discuti nas academias e outros lugares de produção de conhecimento. Vem ainda a mente a real necessidade de se popularizar o conhecimento científico e como realmente fazer isso de uma forma eficaz.
Este século tem se glorificado dos inúmeros avanços científico-tecnológicos sem precedentes. As novas tecnologias que tem sido desenvolvidas afim de se aprimorar e criar novos meios e métodos de comunicação têm suscitado oportunidades inimagináveis para a comunidade científica e uma pequena parcela da população. No entanto, por terem sido produzidos sob as bases de uma sociedade capitalista e dividida em classes, a maior parte desses benefícios estão distribuídos de forma extremamente desigual, e certamente continuará assim e se agravará até atingir limites que não conseguimos imaginar.
Em sua dissertação de mestrado, Luisa Massarani afirma que “é possível para o público geral entender os fundamentos básicos da ciência, entender os métodos científicos de pensar, entender a abordagem prática para a investigação científica, entender as relações entre ciência e sociedade, entender as limitações dos cientistas...”.
Esse entendimento não apenas é possível como urgentemente necessário, sobretudo para garantir o mínimo controle social da ciência pela população. Principalmente, considerando que vários encaminhamentos de natureza científica envolvem riscos e custos, além de aspectos simbólico-culturais que deveriam necessariamente passar pelo crivo da maioria do povo. Questões como, produção de alimentos transgênicos, clonagem humana, eutanásia, utilização de células troncos e muitas outras, são exemplos de como um conhecimento mínimo de assuntos pertinentes a ciência e suas aplicações é fundamental para a garantia de uma democracia, pelo menos, representativa e de qualidade razoável. Nesse sentido, é importante fazer as mesmas perguntas de Ennio Candotti, professor da Universidade Federal de Campina Grande e ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC): “Tudo que está ao nosso alcance em termos de desenvolvimento e aplicações do conhecimento científico, deve ser realizado? Tudo o que é possível fazer, deve ser feito? Quem deve decidir isso”?
Conforme o professor Candotti, um dos mais sérios problemas enfrentados pela SBPC tem sido a permanente cobrança dos governos em busca de pareceres da comunidade científica sobre questões polêmicas, como o conhecido caso dos transgênicos e da clonagem de seres humanos. Questões que segundo ele deveriam levar em consideração o parecer da maioria da população. No entanto, para poder opinar o povo precisaria dominar um conhecimento mínimo dos assuntos em pauta, o que não é o caso.
A população precisa ver o desenvolvimento científico como sendo um meio de manifestação cultural , e como qualquer outro destes meios, também é patrimônio da humanidade. Seus prejuízos sempre serão divididos igualmente com todos, mas os benefícios estão restritos a apenas alguns. O conhecimento científico é a forma mais eficaz de poder que conseguimos inventar. Não é justo, nem seguro que fique aos cuidados de algumas poucas minorias. Por isso, nós educadores científicos e/ou sociais temos que assumir o compromisso com a popularização da ciência e, unidos, procurar meios de vencer o abismo que há entre o povo e a ciência para então conseguirmos caminhar numa direção na qual tenhamos um novo mundo onde as desigualdades poderão ser minimizadas e a democracia realmente seja uma realidade entre os indivíduos que compõe os diferentes grupos e nações, construindo então uma verdadeira “Nova Sociedade do Conhecimento”.
Para saber mais vale ler:
ALVES, Ruben. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CANDOTTI, Ennio, BARROS, Henrique, GERMANO, Marcelo. Mesa Redonda: Os desafios da Popularização da Ciência. Reunião Regional da SBPC, UFCG, novembro de 2003.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
MASSARANI, Luisa. A divulgação científica no Rio de Janeiro: Algumas reflexões sobre a década de 20, Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicação, UFRJ, 1998.
Glauber Luz – Professor do Ensino Fundamental II do Curso G9.
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