Educação Permanente

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

A relação professor-aluno

A reflexão sobre a relação professor-aluno nunca é demais.
Esse assunto foi escolhido pelo Curso G9 neste ano para conduzir permanentemente nossa autoavaliação sobre o processo ensino-aprendizagem.
Deixo, portanto, abaixo, mais um texto para alimentar nossas reflexões a respeito.
Boa leitura a todos!

Gazeta de Alagoas, 10/06/2011 - Maceió AL
Professor-aluno na Andragogia
ROBERTA CAJUEIRO
Para que o professor consiga desenvolver seu trabalho com eficiência, é fundamental que exista um ambiente sadio, com um espaço adequado e com as ferramentas de trabalho em plenas condições de funcionamento, bem como de profissional docente familiarizado e articulado com essas ferramentas. Mas um ambiente sadio envolve também outros fatores, às vezes até mais importantes que o arsenal estrutural que a faculdade ou escola disponha. E, por isso, destaca-se um dos fatores mais importantes no processo ensino-aprendizagem, que é o relacionamento professor-aluno.

Já para um ambiente agradável, que favoreça o aprendizado, o professor deve provocar o aluno aproximando-o tanto para o conteúdo quanto para a sua interação e participação na aula com a exposição de seu pensamento. incluindo dúvidas. Esta é uma atitude estratégica que estimula o aprendizado, mas só funciona se ela for gratuita. Este envolvimento professor-aluno às vezes gera alguns questionamentos que transcendem os conteúdos curriculares pertinentes à disciplina, como: - Até que ponto o aluno pode ter um entrosamento amigável com o docente sem que isto interfira na sua autoridade? Onde se encontra o limite entre o profissional que exige produção, participação e bom desempenho e o modelo agradável que é compreensível e flexível?

A aproximação e a liberdade com que o aluno se apresenta hoje em dia é uma questão a ser discutida com cautela, pois esta liberdade pode ser confundida com intimidade. Às vezes, o aluno acaba confundindo tal abertura e apresenta uma postura deselegante, como por exemplo, ao se interessar por questões pessoais da vida do professor e de sua particularidade, ou expondo um ponto de vista não crítico, mas grosseiro em relação ao professor ou em relação a sua metodologia de ensino. Alguns alunos se sentem tão “folgados” neste “espaço” que lhes é fornecido, que se esquecem dos limites e de sua postura em sala de aula.
Tudo isso nos leva a recordar como antigamente o professor era tratado com tanta formalidade, cordialidade e respeito, de modo que não abria espaço para esta ocasião. Pode ser que esta distância gerada, característica do ensino tradicional, possibilitasse uma proteção que evitava que o docente se tornasse vulnerável a este desconforto; porém, esta barreira não contribuía para o aprendizado. O fundamental é que o docente saiba lidar com o discente, numa relação sadia e amigável, sem ditatorialismo ou autoritarismo – que não deve ser confundido com autoridade – e saber estabelecer os limites sempre que necessário. A flexibilização deve ser proporcional à sua eficiência no caminho ao objetivo. O docente que souber reunir tais características será verdadeiramente um modelo ideal de Educador e isso poderá definir o sucesso no aproveitamento da aula ou de toda a disciplina.

Profª Marcia Gil de Souza
Coordenadora do ensino médio - Curso G9

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