Educação Permanente

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domingo, 12 de agosto de 2012

Cotas nas federais

Senado aprova cota de 50% em todas as federais Projeto destina vagas a alunos da rede pública e prevê ainda divisão por raça
Plenário do Senado Federal em Brasília (Sergio Lima/Folha Imagem) O Senado aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que prevê a reserva de 50% das vagas das universidades federais para quem cursou o ensino médio integralmente em escolas públicas. A proposta determina ainda que essas vagas sejam divididas com base na raça dos estudantes, unificando assim as cotas sociais e raciais. Já aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de autoria da deputada federal Nice Lobão (PSD-MA) segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff, que é entusiasta da ideia. Metade do percentual de vagas reservado para as cotas será destinada a estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa (atualmente 933 reais), mas os critérios raciais também deverão ser respeitados. A divisão das cotas entre negros, pardos e indígenas será proporcional à quantidade de pessoas de cada grupo que vivem no estado onde está localizada a universidade, com base nos dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diferenças – Em São Paulo, por exemplo, aproximadamente 30% da população se declara negra, parda ou indígena. Já na Bahia, esse número chega a cerca de 70%. No caso de não preenchimento dessa cota racial, as vagas remanescentes serão ocupadas por estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede pública. Assim que sancionada pela presidente Dilma, a lei modificará todo o sistema de divisão de vagas das universidades federais. Atualmente, quase todas as instituições utilizam algum sistema de cota social, racial ou de gênero – elas serão obrigadas a abandonar suas próprias regras para adotar o modelo único. Por isso, a nova lei é criticada por não respeitar o princípio da autonomia universitária. O projeto não modifica em nada o sistema de adesão nas universidades estaduais nem nas particulares, que poderão continuar a escolher se adotam ou não algum sistema de cotas. Segundo o texto aprovado pelo Senado, o sistema será revisado em um prazo de dez anos. Profª Marcia Gil de Souza Coordenadora Pedagógica - Curso G9

6 comentários:

  1. E agora, meus amigos? O que fazer diante dessa "forçada de barra" das cotas? Como diz J.R.Guzzo, numa analogia com as olimpíadas "Cotas garantiriam a distribuição democrática de medalhas. Um jeito seria obrigar Michael Phelps a só cair na piscina quando os outros já estivessem na metade do percurso, ou segurar a largada de Usain Bolt nos 100m livres".
    Penso que ninguém aceitaria isso, assim como muita gente não está aceitando engolir a decisão sobre cotas nas universidades. A saída razoável seria iniciar desde já um esforço para encarar os motivos do fracasso das "minorias" diante do vestibular e investir nesses motivos, que na minha opinião é o baixo investimento feito no ensino fundamental público, a baixa qualidade do ensino que, a longo prazo, gera estudantes pouco competitivos para os vestibulares. O governo encontrou a saída: as cotas. Confortável para o governo, não acham?

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    1. Pegue um desnutrido e o faça pular na piscina 30 segundos após o Phelps. A cota é o alimento para equiparar as forças, ao longo do tempo, em um país que concentra renda e saber. Minoria? Maioria absoluta! Lembrando que estudos apontam os cotistas com desempenho no decorrer do curso, SUPERIOR aos não cotistas. Equiparar forças históricamente desiguais, é bastanta simplório.

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    2. Só não deveríamos cair na nefasta propaganda da mídia contra as cotas SOCIAIS. Mesmo a sexta economia mundial, ainda somos um dos países mais desiguais do mundo. Fruto d eum perverso elitismo direitista, agora, combatido, se não da melhor maneira, pelo menos combatido. O Fruto disso, são 10 milhões de pessoas fora da miséria em 10 anos. Gostaria de ressaltar meu respeito, gratidão e admiração aos professores.

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    3. Resumindo: Retardar a partida do bem treinado Phelps é injustiça? Sim! Mas permitir que em pleno sec. 21 tenhamos pessoas desnutridas para competir com o Phelps é ainda mais injusto. Alguns desses desnutridos, se bem nutridos, seriam mais rápidos que o Phelps. Por hora, é melhor dar uma seguradinha no Phelps, até as forças se equipararem, visto que, após nutridos, muitos irão superá-lo. Abraço.

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  2. Conclusão: Combater a miséria como princípio social básico da política.

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