Educação Permanente

Educação Permanente

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aula de educação financeira

Mais uma inovação do MEC

Folha de São Paulo, 21/12/2009 - São Paulo SP
Alunos terão aula de educação financeira
Programa atingirá estudantes da rede pública a partir de 2010; meta é ensinar também beneficiários do Bolsa Família. Na primeira fase, conteúdo relacionado a orçamento público, finanças pessoais e poupança será levado a 1.650 escolas do país

Estudantes de 1.650 escolas públicas de ensino médio em todo o país passarão a ter, a partir do próximo ano, aulas sobre educação financeira. Em uma outra etapa, no futuro, o alvo de lições sobre como lidar com o dinheiro serão os 11 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Entre os conteúdos a serem ensinados nas escolas, estão orçamento público, finanças pessoais e poupança. O programa foi desenvolvido sob orientação do MEC -que promete formar os professores- e não vai estar inserido em uma só disciplina, mas em várias. Essas escolas integram um projeto-piloto para que, no futuro, a iniciativa seja realidade em todas as escolas do país. Escolas públicas e privadas que quiserem abordar o tema já poderão, no próximo ano, ter acesso aos conteúdos, informou o superintendente de proteção aos investidores da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), José Alexandre Vasco. É a primeira ação do grupo de trabalho formado em 2007 por governo e instituições financeiras para criar uma política de educação financeira. Entre os envolvidos, estão o Banco Central, a CVM, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) e o Ministério da Educação. Também faz parte o Comitê de Regulamentação e Fiscalização do Mercado de Capitais.
Falta de conhecimento - Segundo dados da CVM, apresentados em congresso sobre educação financeira, 82% dos consumidores brasileiros não conhecem os juros que pagam quando tomam empréstimos e 87% não poupam. É essa realidade que o grupo de trabalho formado há dois anos quer começar a mudar com programas de educação financeira como o das escolas. Atendendo a outra sugestão do grupo de trabalho, o governo assinará, no próximo ano, um decreto para criar o Conselho Nacional de Educação Financeira e um grupo de apoio pedagógico. Segundo o superintendente de proteção aos investidores da CVM, eles serão a base para que a educação financeira se torne uma política permanente do governo e das instituições financeiras. Ainda não se sabe quantas crianças serão atingidas, nem de quais Estados, já que os convênios com as escolas ainda estão sendo fechados. Mas, ao fim do ano, os conteúdos ensinados serão avaliados pelo MEC. O foco do programa para beneficiários do Bolsa Família dependerá de uma pesquisa nacional que será feita com essas pessoas no próximo ano. A criação do programa brasileiro de educação financeira está sendo apoiada pela OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico), entidade que reúne 30 países ricos e mantém cooperação com cem outros países. Aart de Geus, vice-secretário da OCDE, afirma que o maior desafio para o Brasil levar educação financeira à população é o rápido crescimento da classe média que foi verificado nos últimos anos no país. "É um contingente enorme de pessoas, mas o apoio do governo para implantar uma estratégia de educação financeira coloca o país em situação melhor do que muitos outros."

sábado, 19 de dezembro de 2009

Sugestão de livros pela internet

Meus Queridos(as) Amigos(as),

Estou postando as sugestões abaixo, pois o maravilhoso acervo literário de clássicos da literatura mundial que compõem a sugestão são de grande valor cultural.
Aproveitem todos(as).

É BOM PARA O BOLSO E PARA MENTE......

305 livros grátis
Acessem aqui

domingo, 13 de dezembro de 2009

Hino Nacional SEBRAE

Olá, colegas

Posto novamente o vídeo contendo o Hino Nacional produzido pelo SEBRAE,mostrando as diferenças culturais existentes em nosso país. Vale a pena usá-lo quando for possível.
Baixem aqui: HINO NACIONAL MULTICULTURAL
Bom proveito a todos!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ingresso no ensino fundamental - novas notícias

Atualizem seus conhecimentos sobre legislação. Seguem notícias mais atuais sobre entrada da criança no ensino fundamental.

Folha de São Paulo – 09/12/09
MEC fixa data para criança entrar no 1º ano
Projeto a ser enviado ao Congresso prevê que só entra no ensino fundamental aluno que completar 6 anos até 31 de março. Idéia é padronizar sistemas adotados por Estados e municípios; Senado aprovou proposta contrária, que permite ingresso aos 5 anos
ANGELA PINHO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA / FÁBIO TAKAHASHI DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Educação decidiu enviar projeto de lei ao Congresso que prevê que só poderão entrar no ensino fundamental (1º ao 9º ano), público ou privado, crianças que completarem seis anos até 31 de março. Já o Senado aprovou ontem texto contrário, que permite o ingresso aos cinco anos. O MEC defendia que o "corte" deveria ser o "início do ano letivo", o que poderia variar entre as redes - de janeiro a março. Por isso, resolveu agora fixar uma data única. A mudança foi decidida anteontem, após reunião com gestores estaduais e municipais. O projeto deve ser enviado ao Legislativo ainda neste ano. O governo Lula tenta padronizar a entrada das crianças no fundamental, uma vez que Estados e municípios têm adotado lógicas diferentes, conforme a Folha mostrou mês passado. Com critérios divergentes, há dificuldades quando o estudante precisa mudar de rede. Além disso, escolas particulares disputam para ver quem aceita crianças mais novas. O Conselho Nacional de Educação recomenda o "corte" no início do ano letivo, o que é seguido por Estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Quem completa seis anos após esse limite deverá estar na pré- escola e entrar no fundamental apenas no ano seguinte. Mas, como a recomendação não tem força de lei, Estados têm aceitado crianças com cinco anos na educação fundamental, desde que completem seis durante o ano letivo. O Conselho Estadual de São Paulo permite que o aluno complete seis anos até o fim de junho; Mato Grosso do Sul e Paraná aceitam até dezembro. O MEC pensava desde o meio do ano em padronizar uma data. Chegou a desistir da ideia, mas retomou depois que começaram a aparecer os critérios divergentes entre as redes. Se aprovada pelo Congresso, a nova lógica definida pelo governo valerá para alunos que ainda vão entrar na pré-escola. Não está definido o que ocorrerá com as que já cursam essa etapa e estão prestes a entrar na educação fundamental.
Divergências - Por trás da confusão, está a discussão de qual idade a criança deve ser alfabetizada. O MEC entende que uma criança de cinco anos é muito nova para entrar no ensino fundamental e começar o processo. O presidente da federação das escolas privadas, José Augusto de Mattos Lourenço, discorda da lógica. O próprio MEC, diz Lourenço, recomenda que o 1º ano do fundamental deva ser parecido com o último ano da antiga pré-escola. A partir do ano que vem, o fundamental passa de oito para nove anos de duração, incorporando um ano da pré-escola. "O que MEC anunciou agora não muda nada. Defendemos o "corte" em 31 de dezembro.
“Criança de cinco anos pode começar a ser alfabetizada, como já ocorre na pré-escola das particulares", afirmou Mattos. Projeto aprovado ontem pela Comissão de Educação do Senado tem caráter semelhante – libera a entrada da criança aos cinco anos. "Podemos ter um currículo adequado ao desenvolvimento da criança", disse o senador Flávio Arns (PSDB-PR), autor da proposta. Se não houver recurso de nenhum senador, o projeto segue para a Câmara; se aprovado, vai para análise de Lula. Além do fundamental de nove anos, o MEC planeja normatizar a pré-escola (quatro e cinco anos), que será obrigatória a partir de 2016, conforme regra que entrou em vigor em novembro. A idéia é proibir repetência e avaliação com nota nessa etapa. Colaborou JOHANNA NUBLAT , da Sucursal de Brasília.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Idade para entrar no ensino fundamental

Vamos atualizar e acompanhar as notícias sobre educação:

Folha de São Paulo - 03/12/09
MEC limita idade para aluno entrar no 1º ano
Segundo projeto que será enviado ao Congresso, só crianças com 6 anos completos até início do ano letivo poderão começar ensino fundamental. As novas regras deverão valer apenas para estudantes que ainda não estão na escola; educadores defendem padronização - FÁBIO TAKAHASHI DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Educação decidiu enviar ao Congresso projeto que determina que só poderão entrar no ensino fundamental público e particular crianças que completem seis anos até o início do ano letivo. A medida visa padronizar os critérios adotados no país. Reportagem publicada pela Folha na semana passada mostrou que, sem regras claras, os Estados adotaram diferentes "cortes" para definir qual criança pode entrar no antigo primário. Muitos têm aceitado alunos com cinco anos. A confusão ocorreu devido à implementação da ampliação do fundamental de oito para nove anos, mudança que entra em vigor em 2010. Até então, não havia "corte" para entrada. Alguns Estados, como Pernambuco e Rio Grande do Sul, seguiram a deliberação do Conselho Nacional da Educação, defendida pelo MEC, de só aceitar alunos que completam seis anos até o início do ano letivo (geralmente em fevereiro).

Já o Conselho Estadual de Educação de SP escolheu fim de junho como "corte". Outros estipularam abril ou dezembro. Nesses casos, os alunos entram na etapa aos cinco anos. A legislação é dúbia sobre o papel do conselho nacional no caso. Ao mesmo tempo que ela dá ao órgão poder para normatizar os procedimentos no país, dá liberdade aos Estados. "Ao alterarmos a Lei de Diretrizes e Bases, todos terão de seguir a mesma lógica", afirmou ontem à Folha a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar. Os detalhes do projeto só serão fechados após reunião no dia 8, que reunirá gestores de todo o país. A ideia é que haja padronização para alunos a partir dos quatro anos. Assim, ao chegarem ao fundamental, já estarão na idade correta. O governo Lula afirma que enviará a proposta ao Congresso ainda neste ano. As novas regras valerão só para os alunos que ainda não estão na escola.

Divergências - A maioria dos educadores ouvidos pela reportagem defendeu que haja padronização da data para entrada na escola. "Crianças são transferidas de município, de Estado. A padronização ajuda nesses casos", afirmou Zilma Oliveira, coordenadora da pós-graduação do Instituto Superior de Educação Vera Cruz. "Também fica mais fácil para o Poder Público planejar a abertura de vagas."
Houve divergências, porém, quanto ao mês escolhido como limite adotado pelo MEC. O governo afirma ser prejudicial colocar crianças de cinco anos no ensino fundamental, por serem muito novas. A situação ocorreria se o "corte" fosse fixado em algum mês após o início do ano letivo. Já o presidente da entidade que representa as escolas particulares afirma que não haveria prejuízo se fossem aceitas crianças que completam seis anos até o final do ano. O próprio MEC, diz ele, recomenda que o primeiro ano do fundamental ampliado seja parecido com o último ano da pré-escola do sistema antigo. Com a regra federal, parte dos alunos se formará no novo ensino fundamental, de nove anos, mais velho do que se estivesse no sistema antigo, de oito anos. O secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, criticou a padronização. "Não sei por que o afã em regulamentar tudo. Um pouco de liberdade é bom." Ele diz ter dúvidas se a Lei de Diretrizes e Bases terá poder de impor a regra, uma vez que a Constituição dá liberdade aos sistemas locais. O Conselho Estadual de Educação paulista diz ser positiva a padronização, mas que é preciso discutir os critérios e prazos de implementação. Colaborou TAI NALON, colaboração para a Folha.

Projeto protegerá crianças mais novas, diz conselho
O Conselho Nacional de Educação diz que fixou o início do ano letivo como "corte" para entrada no fundamental para evitar que crianças de cinco anos entrem nessa etapa. "Elas não têm maturidade para um ambiente competitivo, disciplinado", afirmou o presidente da Câmara de Educação Básica do órgão, Cesar Callegari. Ele disse que, apesar de a recomendação do conselho e do MEC ser que o primeiro ano do novo fundamental seja semelhante à antiga pré-escola, muitas redes não seguem essa lógica. "Quando coloca o rótulo ensino fundamental, muitas já põem as crianças em fila, com tarefas. Isso é prejudicial." Callegari reconhece que, com o "corte" fixado no início do ano letivo, algumas crianças se formarão no novo ensino fundamental mais velhas do que se estivessem no fundamental de oito anos -ainda que a ideia inicial era que a escolarização começasse mais cedo e não terminasse mais tarde. "Mas deveremos aprovar uma deliberação na semana que vem deixando explícito que qualquer mudança não vai afetar as crianças que já estão no sistema", afirmou. Para Adriana Cury Sonnewend, diretora da escola Santi (zona sul de SP), o "corte" não deve trazer problemas. "Desde que haja tempo para adaptação e que mude apenas para os alunos que ainda vão entrar." (FT)

Medida fará aluno se formar mais velho, critica gestor
O presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), José Augusto de Mattos Lourenço, defende que haja uma padronização na data de ingresso na escola. Ele critica, porém, o "corte" imposto pelo Ministério da Educação, pois parte dos alunos se formará um ano depois em relação o antigo fundamental, com oito anos de duração. Isso ocorrerá porque boa parte dos alunos do novo primeiro ano do fundamental terá sete anos -são crianças que nasceram entre fevereiro e dezembro, após o "corte" determinado pelo MEC, e só entrarão no fundamental um ano depois. Como terão de cumprir nove anos no ensino fundamental, acabarão a etapa com 15 anos de idade. No antigo fundamental, os alunos também ingressavam na etapa aos sete anos, mas, como cumpriam oito anos de estudo, se formavam aos 14. "Para as escolas do fundamental é bom, porque é um ano a mais de anuidade. Mas e para as famílias? Será mais um ano de gastos", disse Lourenço. Quando o ensino fundamental foi ampliado, a ideia era que a criança entrasse mais nova na escola (a idade de entrada caiu de sete para seis anos). "O corte estipulado pelo MEC anulou isso. O que vai ocorrer agora é que boa parte delas vai se formar mais tarde", afirmou o dirigente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Anistia de Paulo Freire

Vale a pena ler a notícia abaixo e nos espelharmos nesse grande educador brasileiro.

O Estadão - quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Concedida anistia post-mortem ao educador Paulo Freire
VANNILDO MENDES - Agencia Estado
BRASÍLIA - Diante de 15 mil pessoas, entre elas 2 mil educadores do Brasil e de outros 22 países, a Comissão de Anistia anunciou a concessão da anistia post-mortem ao educador brasileiro Paulo Freire, criador do método revolucionário de alfabetização que leva seu nome, adotado em diversas países. Preso em 1964 pelo regime militar, demitido da Universidade Federal de Pernambuco e expulso do País como subversivo, Freire morreu em 1997.

Seu "crime", comentou o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, foi ter identificado na alfabetização um processo de "libertação e conscientização política" das camadas mais pobres da população. Na avaliação de Abrão, a perseguição a Freire foi "um dos prejuízos mais severos e imensuráveis que a ditadura militar legou ao Brasil."

O julgamento do processo de reparação a Freire, movido pela família do educador, contou com a presença da viúva dele, Ana Maria Araújo Freire. O anúncio da anistia foi feito no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Em mensagem enviada de Manaus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com a família do educador. "Anistiar Freire é libertar o Brasil da cegueira moral e intelectual que levou governantes a considerarem inimigos da Pátria educadores que queriam libertar o País do analfabetismo", afirmou.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

13 anos da LDB 9394/96

Pessoal, saiu uma reportagem interessante sobre os 13 anos da LDB 9394/96. Penso que vale a pena ler.

Correio Braziliense, 24/11/2009 - Brasília DF
LDB representou avanço para educação, dizem ex-ministros
Da Agência Senado
Os primeiros 13 anos de vigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) representaram um importante avanço para o setor, segundo concordaram quatro ex-ministros que participaram de audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), nesta terça-feira (24). A audiência foi presidida pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). Ministro durante o período entre o fim de 1987 e o início de 1989, Hugo Napoleão ressaltou inicialmente o papel decisivo exercido pela educação, a seu ver, no desenvolvimento de países como a Alemanha e a Coréia do Sul. Depois de passar por duas guerras, recordou, a Alemanha chegou ao final do século 20 como maior potência européia graças à educação. E a Coréia do Sul desponta como grande potência econômica no início do século 21 pelo mesmo motivo, comparou o ex-ministro. Ao analisar as 23 leis que alteraram a LDB, ele observou que a maioria delas aperfeiçoou o texto original. Na sua opinião, a LDB está cumprindo bem o seu papel. - Houve indiscutivelmente um avanço sob a égide da nova lei - avaliou.

Para o ex-ministro Carlos Chiarelli - que ocupou a pasta entre 1990 e 1991 - as modificações foram "maquiagens" na lei, que até hoje não precisa, a seu ver, de uma "cirurgia reparadora". Em sua opinião, porém, a LDB deveria dar maior ênfase ao ensino a distância, em um país com as dimensões continentais do Brasil, e ao ensino especial profissional, dedicado às pessoas com deficiência. - Existe mais de um milhão de vagas no mercado de trabalho para pessoas deficientes, segundo estabelece a lei. Mas as vagas muitas vezes não são preenchidas por falta de habilitação dos candidatos - lamentou Chiarelli, para quem seria possível educar 500 mil pessoas com deficiência com investimentos de aproximadamente R$ 300 milhões.

O senador Marco Maciel (DEM-PE), que foi ministro de 1985 a 1986, disse que procurou antecipar, durante a sua gestão, alguns princípios que seriam incluídos na nova lei, como a descentralização da merenda escolar e a valorização das universidades. Mas lamentou que algumas inovações da LDB, como o estabelecimento da jornada ampliada para o ensino fundamental, ainda não tenham sido colocadas em prática. Ministro de 2003 a 2004, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) reconheceu o "avanço conceitual" trazido pela LDB, mas sugeriu uma atualização da lei, para que se possa promover um "avanço estrutural". A responsabilidade pela escola, a seu ver, deveria ser federal, apesar da gestão descentralizada, uma vez que há estados e municípios mais ricos do que outros. Caberia à união, para ele, estabelecer uma carreira única para o magistério, assim como critérios para que um estabelecimento escolar possa de fato ser considerado uma escola. Além disso, o governo federal deveria implantar o horário integral nas escolas.
Ao participar do debate, o senador Augusto Botelho (PT-RR) lembrou que existem escolas em Roraima que nem sequer possuem quadro negro. O acesso à internet, onde há, ainda é muito lento, observou. O senador Flávio Arns (PT-PR) disse que o aperfeiçoamento da educação exige mais investimentos e lamentou que metade da arrecadação federal seja feita por meio de contribuições, cujos recursos não são repassados a estados e municípios. - Hoje poderíamos ter o dobro de recursos para a educação. Lugar de criança é no orçamento - disse Arns. Ao final da reunião, o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) afirmou que a educação foi um dos setores que mais evoluiu no serviço público, ao longo dos 13 anos de vigência da LDB. Ele chamou atenção, porém, para o crescimento da violência e do uso de drogas entre os jovens nos últimos anos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Inclusão

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Deixo postado o vídeo que passei para vocês na aula do dia 23/11/2009.
Espero que consigam viver a experiência maravilhosa de participar do processo de inclusão das crianças com necessidades educativas especiais. É um grande privilégio para todo educador.

Vídeo: Inclusão Especial
Um beijo,
Profª Marcia Gil

sábado, 14 de novembro de 2009

Exercícios de História da Educação I

Aos alunos que não compareceram no dia 14/11, deixo aqui os exercícios avaliativos que dei. Quem tiver interesse em me entregar, aceitarei até o dia 18/11/09.
Profª Marcia

FEPI - UNIVERSITAS – Centro Universitário de Itajubá
Curso de Pedagogia – 2º período - História da Educação I - Profª Marcia Gil de Souza
Exercícios de Avaliação – Herbart e Comte – 5 pontos
1-Leia o texto abaixo:
“Realizações, belas-artes, belles-lettres, e todas estas coisas que, como nós dizemos, constituem o florescimento da civilização, deveriam estar totalmente subordinadas àquele conhecimento e disciplina sobre os quais a civilização repousa. Assim como ocupar a parte de lazer da educação.” Com base na citação de Herbert Spencer, responda:
a-Qual seria a espécie de conhecimento “sobre o qual a civilização repousa”?
b-Identifique o pressuposto positivista do pensamento de acordo com esse tipo de subordinação.
c-Que programa de ensino esta concepção costuma estabelecer?

2-Qual a diferença entre governo e disciplina, para Herbart?
3-Qual foi a importância de Herbart para o fortalecimento da escola tradicional?

Formação de Professores e Mitos na Educação

Pessoal, leia a reportagem abaixo. Ela é bastante útil para avaliarmos a qualidade da educação e os motivos que baixam ou aumentam essa qualidade.

Folha de São Paulo, 09/11/2009 - São Paulo SP - 7 mitos na educação
Pesquisas nacionais e internacionais mostram que, isoladas, "soluções" que parecem óbvias não melhoram o desempenho dos alunos - FABIANA REWALD DA REPORTAGEM LOCAL
Para melhorar a educação no Brasil basta investir mais, aumentar o salário dos professores e treiná-los constantemente, além de melhorar a infraestrutura das escolas, certo? Errado. Diversos estudos nacionais e internacionais mostram que as "soluções" acima, na verdade, não passam de mitos. São questões importantes para um projeto de longo prazo, mas que por si só não promovem melhoria na educação. Em relação ao investimento, por exemplo, municípios que gastam R$ 1.000 por aluno no fundamental tiveram a mesma nota na Prova Brasil (exame federal que avalia estudantes) que municípios que gastam R$ 3.000, segundo dados de 2005 que embasam pesquisa de Naercio Aquino Menezes Filho, do Insper (antigo Ibmec). Cingapura é outro exemplo de que gastos e qualidade na educação não têm uma relação direta. O país obteve ótimos resultados nos últimos anos apesar de ter aplicado menos recursos na educação primária que 27 dos 30 países da OCDE (organização de países desenvolvidos), segundo relatório de 2007 da consultoria McKinsey.

A relação entre desempenho dos alunos e salários de professores também não é tão direta. O Distrito Federal, por exemplo, paga os melhores salários do país, mas não tem o melhor resultado em exames federais como Prova Brasil e Saeb, segundo levantamento feito por Maria Helena Guimarães de Castro quando era secretária de Educação de SP, cargo que deixou neste ano. O problema da educação é muito mais complexo. Mas é consenso que o ponto central é ter professores bem formados, que saibam ensinar e dominem a disciplina que lecionam. Parece simples, mas não é. É comum, em muitas regiões do país, que professores de matemática sejam contratados para ensinar física. Segundo o censo da educação básica de 2007, dos professores de física no ensino médio do país, só 25% tinha formação na área. Isso porque os formados em física acabam atraídos por outras profissões com maior retorno financeiro. Mas, então, aumentar o salário significativamente não ajudaria? Estudiosos de educação acreditam que um reajuste assim só teria efeito no longo prazo. Aumentar sem critérios os salários de todos os professores não fará com que eles passem a ensinar melhor agora, pois já têm falhas na sua formação. Uma opção a curto prazo sugerida por Menezes Filho é atrelar o reajuste à melhora no desempenho. Assim, ele funcionaria como estímulo. Já no longo prazo, de fato, esse aumento no salário pode ser eficaz, a partir do momento em que a carreira de professor passa a interessar os melhores alunos do ensino médio. Abaixo, veja sete mitos derrubados por pesquisas :

• "Os Determinantes do Desempenho Escolar", de Naercio Menezes Filho (2007);
• "A Relação entre Gastos Educacionais e Desempenho Escolar", de Luiz Felipe Leite Estanislau do Amaral e Naércio Menezes Filho;
• "Avaliando o Impacto da Progressão Continuada nas Taxas de Rendimento e Desempenho Escolar no Brasil", de Naercio Menezes Filho, Ligia Vasconcellos, Sergio Werlang e Roberta Biondi (2004);
• "O Impacto dos Métodos Estruturados de Ensino na Proficiência dos Alunos da Rede Pública Municipal do Estado de São Paulo", de Maria Carolina da Silva Leme, Paula Louzano, Vladimir Ponczek e André Portela de Souza (2009);
• "Sistemas Estruturados de Ensino e Redes Municipais do Estado de São Paulo", coordenado por Paula Louzano (2009);
• "Sucesso Escolar nos Meios Populares - As Razões do Improvável", livro de Bernard Lahire (2004);
• "How the world's best performing school systems come out on top", da McKinsey&Company (2007);
• "Efficiency and Equity in Schools around the World", de Eric A. Hanushek e Javier A. Luque (2002);
• "Family, Classroom, and School Effects on Children's Educational Outcomes in Latin America", de J. Douglas Willms e Marie-Andree Somers (2001);
• "The Effect of School Resources on Student Achievement", de Rob Greenwald, Larry V. Hedges e Richard D. Laine (1996);
• "Interpreting Recent Research on Schooling in Developing Countries", de Eric A. Hanushek (1995);
• "Schooling Quality in a Cross Section of Countries", de Jong-Wha Lee e Robert J. Barro (1997);
• "Factores que Afectan el Rendimiento Academico en la Educacion Primaria", de Eduardo Velez, Ernesto Schiefelbein e Jorge Valenzuela (1993);
• "Teacher Quality and Student Achievement: A Review of State Policy Evidence", de Linda Darling-Hammond (2000);
• "Efficiency-Enhancing Investments in School Quality", de Eric A. Hanushek, João Batista Gomes Neto e Ralph W. Harbison;
• "Educação Secundária no Brasil: Chegou a Hora", de Alberto Rodríguez e Carlos A. Herrán (2000)
• "Brazil, Teachers Development and Incentives - A Strategic Framework", de Françoise Delannoy e Guilherme Sedlacek (2001).

domingo, 8 de novembro de 2009

Moral, Ética e Preconceito na Escola

Na semana passada tivemos um caso de repercussão nacional, ocorrido em uma universidade paulista, referente a roupa que uma aluna usou e a discriminação abusada que ela sofreu por parte dos colegas.
Os alunos mostraram preocupação com o bom nome da escola e um possível prejuízo com seu futuro profissional devido ao escândalo. A Universidade, parece-nos, tomou então a decisão de expulsá-la da escola, medida que acho sem sentido e preconceituosa.
Leiam a matéria abaixo, a respeito da posição que o MEC assumiu em relação ao assunto:
MEC pedirá explicações a Uniban sobre expulsão de aluna que usava minissaia

Plantão | Publicada em 08/11/2009 às 18h48m - Martha Beck , O Globo

BRASÍLIA - O Ministério da Educação pedirá à Universidade Bandeirante (Uniban) explicações sobre a expulsão da aluna Geisy Villa Nova Arruda, que foi hostilizada por seus colegas quando trajava minissaia nas dependências da instituição. Segundo a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari, o órgão quer averiguar por que os demais estudantes não receberam o mesmo tratamento dado a Geisy.

Para a secretária, a Uniban não exerceu seu papel de educar e formar cidadãos. Maria Paula Dallari avalia que a Uniban poderia, eventualmente, ter adotado uma solução interna.

- Haver um conflito não é um problema. O problema é como uma instituição que tem como dever educar e formar para a cidadania reage - afirmou.

O MEC pode fazer uma chamada pública à Uniban. Outro caminho seria trabalhar junto com o Ministério Público dando seu parecer sobre o caso. Além das explicações, o ministério pedirá uma cópia do processo de investigação feito pela universidade para saber o que realmente aconteceu.

Artigo sobre prática pedagógica do professor

Aos alunos do 2º período de Pedagogia,

Deixo postado um modelo de artigo, montado por mim, a fim de ajudá-los na organização do próprio artigo que farão para entregar no final do bimestre. Na próxima 4ª feira comentaremos a respeito.

Bjs
Profª Marcia Gil

sábado, 7 de novembro de 2009

Material das aulas de História da Educação I

Aos alunos do 2º período de Pedagogia,

Posto aqui o material usado na aula de 07/11 (e que podem ser consultados para resolver os exercícios que dei a vocês) e os gráficos que foram gerados pela pesquisa que fizemos. Nós os utilizaremos na aula de 11/11.

Aula de 07/11 : Aula sobre Kant / Aula sobre Comenio e Rousseau
Gráficos da pesquisa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Educação Ambiental

A quem possa interessar, deixo aqui uma monografia sobre Recursos Hídricos e Educação Ambiental.
Penso que pode ajudar em futuros projetos a respeito.
Bom proveito!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alteração da LDB 9394/96

Leiam a mudança que foi feita na Lei 9394/96 - é ótima para a educação pública.

O Globo - 29/10/09
Senado aprova educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos


O Senado alterou a idade de acesso às escolas públicas. Hoje, a educação gratuita é obrigatória para crianças que têm entre 7 e 14 anos. Em 2010, a idade mínima já passa para 6 anos. E, a partir de 2011, o ingresso na escola vai começar mais cedo: aos quatro anos. E a obrigatoriedade do ensino público vai terminar mais tarde: aos 17 anos.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada na noite desta quarta-feira. Essa mesma emenda também que acaba progressivamente com uma retenção de 20% sobre as verbas da educação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU). Com a medida, até 2011, a área pode receber cerca de R$ 10 bilhões, segundo o Ministério da Educação. A emenda agora será promulgada pelo Congresso Nacional.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Formação do Professor

Deixo postado aqui novas notícias sobre a legislação da formação do professor e das novas diretrizes curriculares da Educação Infantil.

Portal G1, 27/10/2009
Projeto que exige diploma para dar aula em creche ameaça curso de magistério Tempo de adaptação preocupa entidades e escolas. Aprovado pela Câmara, texto ainda precisa passar pelo Senado
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS
Ao mesmo tempo em que promete melhorar a qualidade do ensino em creches e pré-escolas, um projeto de lei ameaça o curso de formação de professores em nível médio Normal, conhecido como magistério, bem como os serviços prestados por entidades comunitárias. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposição da deputada Angela Amin (PP-SC) exige diploma a todos professores do ensino básico, a começar pela Educação Infantil. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, o que não tem data prevista. Embora em teoria todos concordem com o aumento da qualificação dos professores, a viabilidade da medida preocupa a comunidade escolar. A principal dúvida da presidente do Sindicreches, Susana Fogliatto, que representa 5 mil escolas privadas de Educação Infantil no Rio Grande do Sul, é quanto tempo as escolas terão para se adaptar. Segundo a deputada, autora do projeto, o prazo deve ser definido após a aprovação, quando a lei precisará ser regulamentada pelo Ministério da Educação. Com a esperada corrida às faculdades de licenciatura, uma das primeiras consequências deve ser o gradual fechamento dos cursos de formação de professores em nível médio, já decadentes nos últimos anos. No Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que chegou a ter 2 mil alunos no magistério, hoje restam cerca de 350 matriculados. Por falta de demanda, o Instituto Estadual de Educação Paulo da Gama, também na capital gaúcha, está prestes a fechar as portas. Será em 2011, quando os últimos 45 alunos concluírem seus estudos. "A lei é boa, mas precisaria pelo menos uns 10 anos para a adaptação. Com a crescente exigência por faculdade, os alunos do Normal acabam em desvantagem no vestibular, porque o currículo tem menos aulas de química e matemática, por exemplo", avalia a diretora do Paulo da Gama, Nilse Christ.
Impacto - O impacto do projeto preocupa entidades comunitárias, que sobrevivem com doações e repasses públicos. "É simplesmente a inviabilidade de funcionar", preocupa-se Fernanda Ribas, consultora jurídica do Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação de Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul, temendo o risco de fechamentos em cascata entre as 600 creches comunitárias no estado, que atendem cerca de 40 mil alunos.
Na rede privada, o cenário é outro. Apostando na qualificação como diferencial, boa parte das escolas privadas já opta por contratar professores com diploma. Na Pato – Escola de Educação Infantil, por exemplo, apenas uma das oito professoras ainda não concluiu a faculdade, e há inclusive profissionais com pós-graduação, como a pedagoga Patrícia Dexheimer, 38 anos, especializada em psicopedagogia. "A escola divide com a família a base de todas as coisas que vão influenciar a criança, por isso é muito importante um bom preparo pedagógico. Educação infantil não é recreação", argumenta a coordenadora pedagógica da escola, Laura Hoppe.
SAIBA MAIS
COMO É HOJE - Docentes da Educação Infantil até o 5ª ano do Ensino Fundamental ainda podem exercer a profissão com nível médio
COMO FICARÁ - O projeto de lei 3971/2008 exige nível superior para todos os professores da Educação Básica, a começar pelas creches. Só será admitida a contratação de professores sem curso superior em locais onde comprovadamente não houver profissionais com essa formação
INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO - O Ministério da Educação desenvolve o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. O plano prevê a oferta de cursos superiores gratuitos para professores da rede pública.



Portal UOL Educação, 27/10/2009
CNE revisa Diretrizes Curriculares para Educação Infantil -Talita Mochiute

Qual é a especificidade do trabalho educativo na primeira etapa da educação básica? Como a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos interfere no papel da Educação Infantil? Qual é a relação da Educação Infantil com as diversidades? São algumas questões presentes no debate sobre a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para Educação Infantil. Devido às mudanças pelas quais passou a educação brasileira nos últimos dez anos, a Câmara de Educação Básica (CEB) – integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) – está revisando, desde o início deste ano, as normas que norteiam as propostas pedagógicas e os planejamentos curriculares das instituições de Educação Infantil. “A última resolução é de 1999. Frente às generalidades operacionais e curriculares é fundamental que o MEC oriente as propostas pedagógicas”, comentou a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica, do MEC, Rita Coelho. As Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que estabelecem os princípios, as metas e os objetivos a serem buscados por determinada etapa da educação brasileira. Para atualizar a normatização, o CNE promoveu consulta nacional e audiências públicas nas cidades de São Luís (MA) e São Paulo (SP).
No município paulista, membros do CNE/ MEC, instituições ligadas à primeira etapa da educação básica, à infância e especialistas se reuniram na última terça-feira (20/10) na Câmara dos Vereadores para discutir a revisão do Parecer CNE/CEB nº 22/98 e da Resolução CNE/CEB nº 01/99. A ideia era discutir o documento com as indicações para a elaboração das Diretrizes. Assim, a partir do debate, incorporar as modificações ou proposições da sociedade ao texto. “Pretendemos terminar o documento até 30 de outubro. Em novembro, apresentá-lo para votação no CNE”, explicou o relator das DCNs para Educação Infantil e membro do CNE, Moacir Feitosa. Segundo a professora da Universidade de São Paulo (USP) e consultora das Diretrizes, Zilma Oliveira, o novo documento deve manter o princípio da primeira diretriz: a Educação Infantil como um direito da criança. Já a professora da USP Ribeirão e consultora das DCNs, Ana Paula Soares, lembra que é preciso pensar como será o tratamento dado às diversidades. “Vamos destacar orientações específicas para populações não-urbanas (campo, indígena e quilombola) ou traremos essas questões nos fundamentos?”, questionou.
Indicações da sociedade civil - Os participantes da audiência pública em São Paulo foram favoráveis ao destaque dado à diversidade no documento preliminar. No entanto, reivindicaram também mais ênfase ao direito à igualdade. “Além do problema da desigualdade de acesso à creche, hoje a garantia de vaga não significa igualdade de oportunidade ao conhecimento”, apontou a professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Malta Campos. Para Maria Malta, as novas diretrizes devem ainda destacar a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Como primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil precisa oferecer atividades que propiciem o letramento e a alfabetização sem caráter obrigatório”.
A professora de Educação Infantil e secretária-executiva das Escolas Waldorf no Brasil, Maria Chantal Amarante, reforçou a preocupação com o ensino de crianças em fase de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Considero a alfabetização precoce um malefício para crianças em fase de desenvolvimento motor, corporal. A alfabetização é o fim de um processo de leitura de mundo, deve ser iniciado só a partir dos 6 anos de idade”. Além do período de transição, alguns participantes, como o presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Arthur Fonseca Filho, levantaram a necessidade do documento detalhar as especificidades da creche e da pré-escola. “É absolutamente necessário tratar da creche em um bloco distinto, definindo com clareza o papel do educador em cada segmento”. A consultora Zilma Oliveira fez um contraponto a essa indicação. “É possível detalhar as orientações. A especificidade ajuda por um lado, mas atrapalha por outro. Também é preciso lembrar que é não estamos fazendo um documento de referências curriculares, mas de diretrizes”.
Por outro lado, o maior detalhamento do papel do educador da Educação Infantil foi um dos pontos de consenso. “Deve-se enfatizar a atuação intencional do professor para o desenvolvimento integral das crianças”, destacou Maria Malta. “Temos de pensar em quem faz o dia-a-dia da Educação Infantil”, complementou a integrante da comissão gestora do Fórum Paulista de Educação Infantil, Sylvie Klein. Sylvie comentou também que uma das conquistas da DCN anterior foi a definição do número máximo de alunos por professor. Por isso, o novo documento deve contemplar esse item. “Um professor não pode ficar com mais de 25 alunos em uma sala”, destacou a professora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Matilde Santos. Já os secretários municipais de Diadema e Santa Bárbara d’Oeste, Lúcia Couto e Herb Carlini, apontaram o problema da falta de recursos para Educação Infantil e a questão do acesso. “Não conseguimos atender a todos. Além disso, uma criança na creche custa o dobro de uma no Ensino Fundamental”, disse Carlini.
Articulação das DCNs - O relator das DCNs Moacir Feitosa disse que as contribuições da sociedade civil são importantes para a elaboração do documento. “Embora algumas questões levantadas sejam de gestão e financiamento, é preciso relacionar esses aspectos na hora de pensar as diretrizes”.De acordo com a assessora da organização Ação Educativa, Samantha Neves, o documento deve ser articulado com as diferentes políticas voltadas à Educação Infantil nas diferentes esferas. “Não adiantar alcançar um voo muito alto sem raízes firmes no chão”, ressaltou. Para que o documento chegue até quem está na ponta do processo educacional, como diretores, coordenadores e professores, o Núcleo de Desenvolvimento Infantil, da Universidade de Santa Catarina, representado pela professora Marilene Raupp, sugeriu que o MEC publique uma edição comentada sobre as diretrizes, esclarecendo conceitos presentes no documento.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reflexões sobre alfabetização e método fônico

O Jornal Folha de São Paulo trouxe uma reportagem muito interessante sobre alfabetização. Penso que vale a pena ler:

Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Método fônico avança na alfabetização
- HÉLIO SCHWARTSMAN DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Sem alarde, sistema que associa letras a sons ganha espaço no Brasil; em países desenvolvidos, houve embate contra construtivistas. No país, polêmica sobre escolha do método durou só dois meses, quando o MEC disse em 2006 que poderia priorizar um dos sistemas.
Nos EUA, elas ficaram conhecidas como "Reading Wars" (guerras de alfabetização). Foi uma disputa encarniçada e com fortes tintas ideológicas, que chegou a ser comparada à polêmica em torno do aborto. De um lado, estavam os defensores dos métodos fônicos, que enfatizam a necessidade de ensinar a criança a associar grafemas (letras) a fonemas (sons). Do outro, perfilavam-se os construtivistas, para quem o aprendizado da leitura deve ser um ato tão "natural" quanto possível, a ser exercido com textos originais e não com obras artificiais como cartilhas. No Brasil, a coisa lembra mais a não havida Batalha de Itararé: o que prometia ser o mais sangrento conflito pedagógico do país acabou não acontecendo, e a controvérsia agora caminha para decidir-se sem traumas maiores, com os métodos fônicos ganhando espaço pelas bordas do sistema. "Os construtivistas não gostam muito, mas a questão [dos métodos] vem se resolvendo de forma pouco explícita", declarou à Folha o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Na mesma toada vai o professor de psicologia da USP Fernando Capovilla. "Sem muito alarde, as coisas estão mudando. E é bom que seja assim. A ciência demonstrou que o fônico é mais eficaz, especialmente para os mais pobres". Nos países desenvolvidos, a polêmica remonta aos anos 50, atingiu seu ápice no final dos 90 e de algum modo se resolveu a partir dos 2000, depois que os governos dos EUA, da França e do Reino Unido, com base em vários estudos comparativos, recomendaram o ensino dos elementos fônicos no processo de alfabetização. No Brasil, o "confronto final" foi evitado. Em fevereiro de 2006, Haddad propôs o debate, sugerindo a revisão dos PCNs (parâmetros curriculares nacionais) da educação básica. Os fonetistas viram aí a oportunidade de lançar o que seria o golpe de misericórdia contra o método global. Os construtivistas, por seu turno, valendo-se da privilegiada posição de linha pedagógica predominante na maioria das escolas públicas e privadas do país, prometiam resistir por todos os meios.
Silvia Colello, professora de pedagogia da USP, é uma das que se opõem aos métodos fônicos. Para ela, quando o professor adota esses programas "cartilhescos" e enfatiza o domínio do código escrito, ele "tira da língua o que ela tem de mais precioso". O aluno, diz, não se reconhece nesse artificialismo e se desinteressa. Percebendo que o debate estava a gerar mais calor do que luz, dois meses depois, em abril, Haddad anunciou que o ministério desistira de recomendar um método oficial. "Levei tanta pancada, inclusive da Folha", disse o ministro. "Mas acho que serviu para preparar o terreno. Hoje há mais clima para discutir essas questões", acrescentou. A relativa indefinição favoreceu posições mais conciliatórias, como a de Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG.
Para ela, o construtivismo teve o inegável mérito de colocar a criança como sujeito ativo no processo de aprendizagem, mas, no caso da alfabetização, acabou se tornando uma teoria sem método que substituiu o método sem teoria das cartilhas do século passado. Soares, que prepara um livro sobre o assunto, diz que existe "produção riquíssima" lá fora demonstrando a necessidade de trabalhar com elementos fônicos. Para ela, o ponto-chave para o sucesso na alfabetização é a "formação dos formadores". Experiência no molde defendido por Soares está em curso em Lagoa Santa (região metropolitana de Belo Horizonte). Ali a pedagoga Juliana Storino coordena um programa que, sem esquecer pressupostos construtivistas, como a adequação do currículo à realidade do aluno, busca desde cedo despertar a consciência fonológica dos alunos. "Apesar de já operarmos há três anos, ainda encontramos resistências por parte de professores."

Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
"Trocadilhos" deram origem a alfabeto - DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Como o arco e a flecha, a escrita é uma tecnologia que foi inventada mais de uma vez. Os dois primeiros sistemas de que se tem notícia, o hieroglífico egípcio, que parece ter surgido por volta de 3100 a.C., e o cuneiforme sumério, mais ou menos de 3300 a.C., mas cujos sinais precursores remontam a 8000 a.C., partiram de uma representação ideográfica do que se desejava representar. Isso significa que o hieróglifo egípcio correspondente a um touro significa mesmo "touro". De forma já um pouco mais sofisticada, o desenho de uma orelha de vaca significa "ouvir". Num grau ainda maior de elaboração, os antigos egípcios passaram a valer-se também de trocadilhos, vá lá, infames. Feitas as adaptações para o português, o desenho de um rei, seguido do de uma casa e do de uma rainha significaria "o rei [se] casa com a rainha". Esse é o truque que, numa evolução posterior, resultará na escrita alfabética. As representações ideográficas cedem lugar a novas formas em que os sinais já não se referem às coisas, mas a sons da língua falada. Com isso, pode-se registrar virtualmente tudo, inclusive nomes próprios e ideias abstratas, que antes representavam um obstáculo difícil de contornar. O alfabeto, mais ou menos como nós o conhecemos, em que as letras correspondem apenas a sons, surge no segundo milênio antes de Cristo. Ao que tudo indica, foram os fenícios, com o alfabeto proto-sinaítico, que radicalizam o que já se insinuava nas escritas suméria e egípcia e passam a fazer com que cada sinal corresponda a um som da língua, decompondo-a em elementos mínimos. A partir disso, surgem quase todos demais alfabetos.

Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Cérebro não se adaptou à escrita, o que dificulta a aprendizagem
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Alfabetizar uma pessoa é difícil porque nossos cérebros ainda não tiveram tempo de adaptar-se à escrita, uma conquista relativamente recente. A comparação cabível é com a aquisição da linguagem. Para uma criança aprender um idioma, é só atirá-la numa comunidade onde se fale a língua em questão. Em pouco tempo ela estará proficiente e corrigindo seus pais, se eles não forem falantes nativos. Não há necessidade de instrução formal. Essa foi uma das razões que levou o linguista Noam Chomsky a postular a hipótese, hoje bem aceita, de que nossos cérebros já vêm de fábrica com um órgão da linguagem. Com a escrita é bem diferente. As mais recentes evidências colhidas pela psicolinguística mostram que a alfabetização não vem "naturalmente". Isso contraria pressupostos do método construtivista, nos quais se apresentam ao aluno palavras inteiras esperando que ele decomponha o código e deduza os elementos que o constituem.

sábado, 24 de outubro de 2009

Ilha das Flores - consumo e desigualdade social

Deixo aqui postagem do curta-metragem Ilha das Flores -bairro localizado na periferia de Pouso Alegre e retratando de maneira ácida e divertida a mecânica da sociedade de consumo. Tenho certeza de que será de crescimento para todos nós, e de utilidade para uma aluna que o usará em seu trabalho de escola. O curta foi feito acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora. O objetivo é escancarar o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho, e isso é conseguido de maneira brilhante.
Assistam. Vão gostar.
Ficha Técnica:

Produção - Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia - Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro : Jorge Furtado
Edição: Giba Assis Brasil
Direção de Arte: Fiapo Barth
Trilha original: Geraldo Flach
Narração: Paulo José
Prêmios: Urso de Prata no Festival de Berlim 1990; Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991; Melhor Curta no Festival de Gramado 1989; Melhor Edição no Festival de Gramado 1989; Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989; Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989; Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991.

Apostila de História da Educação

Alunos do 2º período de Pedagogia,

Para quem ainda não reproduziu a apostila deste bimestre e quiser acessá-la por aqui, disponibilizo o link para baixá-la:
Apostila 2º bimestre

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Formação do Professor

Seguidores do blog Formação Permanente,

Leiam abaixo a notícia que saiu no jornal Folha de São Paulo. É interessante para
todos os que estão fazendo o Curso de Pedagogia.

Folha de São Paulo, 22/10/2009 - São Paulo SP

Câmara aprova projeto que exige curso
superior para professor infantil

Regra vai agora para o Senado; hoje, só ensino infantil e anos iniciais do
fundamental não têm obrigatoriedade

LARISSA GUIMARÃES DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto que torna obrigatória a formação superior para professores de toda a educação básica -ensinos infantil (creche e pré-escola), fundamental (antigo 1º grau) e médio (antigo 2º grau). A proposta vai agora para o Senado. Hoje, não há exigência de curso superior para quem trabalha na educação infantil ou nos anos iniciais do fundamental -1ª a 4ª séries. Esses docentes precisam ter apenas concluído o ensino médio ou o magistério. O projeto não traz prazo para adaptação. Caso seja aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula, a regra passará a valer assim que for publicada no "Diário Oficial da União", disse o deputado Iran Barbosa (PT-SE), autor do substitutivo. A proposta, porém, prevê que em locais em que haja deficit de professores com formação superior seja possível a contratação de docente sem diploma para a educação infantil e os primeiros anos do fundamental. A secretária nacional de Educação Básica, Maria Pilar Lacerda, disse que o Ministério da Educação apoia a medida. "Temos política para os professores cursarem a licenciatura." Ela lembrou que no último dia 15 o ministro Fernando Haddad anunciou a abertura de 80 mil vagas em universidades públicas para professores cursarem a licenciatura ou a complementação pedagógica. Hoje, 350 mil docentes atuam sem habilitação adequada do total de 1,9 milhão no país.

sábado, 10 de outubro de 2009

aula de sábado - 10/10/09

Aos alunos do 2º período,

Posto aqui o arquivo contendo a aula de sábado, para quem se interessar.


Um beijo a todos e bom feriadão.

Profª Marcia

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arte final da Camiseta da Pedagogia

Alunos do 2º período,

A Emiliane, profissional da Stockcamisetas, enviou a arte final da camiseta de Pedagogia para nossa aprovação. Foram feitas algumas modificações para que o desenho se encaixe melhor aos padrões de silk. Algumas cores também foram adaptadas, pois as cores das tintas não batem com as cores do Coreldraw (programa de computador). Tomei a liberdade de já confirmar com ela as modificações, pois não são significativas no desenho como um todo. Vejam como ficou:



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Camiseta da Pedagogia

Alunos do 2º período,


Deixo aqui um novo modelo de gola para a nossa camiseta.
Vejam o que acham. Decidiremos tudo na 4ª feira.
Até lá,
Profª Marcia

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Temas transversais - Trabalho e Consumo

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Conversamos, na última aula, sobre o tema transversal Trabalho e Consumo, acrescentado pelo MEC após a elaboração dos outros quatro temas. O MEC tem sugerido também o trabalho com o tema Educação para o Trânsito.
Deixo abaixo comentários genéricos sobre esses dois temas, a fim de situá-los e orientá-los na elaboração de planos de ensino e sequências didáticas.

Trabalho e Consumo
Este tema incorpora no currículo escolar demandas sociais urgentes, de abrangência nacional, passíveis de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e com importante papel na promoção da participação social e política. Seus pressupostos são os seguintes: em todo produto ou serviço consumido existe trabalho social; este trabalho é realizado segundo determinadas relações de trabalho que não são naturais e sim construídas historicamente, sendo, portanto, passíveis de crítica, intervenção e transformação.
Busca-se, portanto, pela análise do trabalho e do consumo na atualidade, explicitar as relações sociais nas quais se produzem as necessidades, os desejos e os produtos e serviços que irão satisfazê-los. Participar dos debates sobre as formas de realização e organização do trabalho e do consumo, compreendendo suas relações, dependências, dilemas e direitos vinculados, assim como os valores que lhe são associados, subsidiará uma atitude crítica, na perspectiva da valorização de formas de ação que favoreçam uma melhor distribuição da riqueza produzida socialmente.

Educação para o Trânsito
Este tema tem por objetivo trazer a tona, em sala de aula, questões sociais que possibilitem a construção da democracia e da cidadania.
Pense-se, por exemplo, o direito ao transporte associado à qualidade do meio ambiente; ou a convivência no espaço público e o desrespeito às regras de trânsito, ou ainda, a segurança de motoristas e pedestres (O trânsito brasileiro é um dos que, no mundo, causa maior número de mortes). Assim, de forma ampla, o tema trânsito nos remete a refletir sobre as características de nossos modos de vida e nossas relações sociais.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Avaliação Escrita de História da Educação I

Alunos do 2º período de Pedagogia,

Uma colega de vocês me procurou para tirar dúvidas a respeito do conteúdo que será cobrado na 4ª feira na avaliação escrita.
Penso que é interessante partilhar com todos os esclarecimentos e dicas que dei, assim podemos estudar juntos na mesma linha de pensamento:
1ª dúvida: "Poderia me ajudar a entender o sentido de ideal homérico?"
Resposta: No caso do nosso estudo, o ideal homérico refere-se ao ideal de homem aristocrata que a sociedade da época arcaica concebia: o homem ideal era o herói, ou seja, aquele que tinha as virtudes da força, da beleza, da agilidade e do vigor físico, e estava pronto a vencer qualquer disputa.

Era o culto aos heróis. Eles tinham virtudes muito admiradas na Grécia durante o período pré-socrático, e que todos buscavam desenvolver.
É uma visão idealizada da educação que setores dominantes da época impunham a sociedade.
Esse ideal perdurou no período pré-socrático, na época arcaica. Posteriormente esse ideal homérico transferiu-se para os esportes e a espada foi gradativamente substituída pela palavra, também tão caras a Grécia durante o período socrático (época clássica). Do ideal de guerreiro nobre, de pouca instrução, passou-se ao cavaleiro culto, interessado nos assuntos públicos da cidade. E numa escala evolutiva de ideal de homem (que se completou na época helenística), concebeu-se a paidéia, que representou o ideal de educação que a Grécia tinha.
Veja o quadro comparativo abaixo, para você entender onde o ideal homérico se insere na Grécia:

Quadro Comparativo da Educação

Características Polis arcaica (anterior ao século V a.C.) Polis clássica (séculos V e IV a.C.)
Objetivos da educação O guerreiro audaz, corajoso e valente, formado pela arte militar e obediente ao clã O cavaleiro culto, o cidadão ativo da polis, formado pela escola cívica a serviço da cidade
Instrumento símbolo A espada A palavra
Técnica o combate singular A ginástica, os corais, a leitura
Método de ensino A pederastia: o guerreiro mais velho e o seu escudeiro A pedagogia: o didático e os estudantes
Cultura A poesia épica de Homero A poesia, a filosofia, a gramática, a retórica e a oratória

2ª dúvida: Posso comparar o texto 3 "O homem é a medida de todas as coisas", como sendo um homem com este ideal, ou seja, guerreiro, culto, audaz, integro?
Resposta: Antes esclareço uma confusão que você fez: O guerreiro não era culto, a palavra para ele não era importante, o físico é que valia. Esse não era um valor da época arcaica.
Culto era o cidadão, virtude da época clássica.
Respondendo ao seu questionamento: A comparação não pode ser feita. Ela está errada.
Para o homem ser a medida de todas as coisas, ele precisa ser responsável pelo que faz e pelas decisões que toma. A medida com que ele julga o que é bom ou não para ele é de decisão e responsabilidade dele mesmo, tomada a partir de seu raciocínio e de sua razão, não influenciado pelos deuses e pelos desígnios divinos.
O guerreiro viveu numa época em que os deuses conduziam suas vidas a seu bel prazer. Foi a época de Homero, dos deuses como Aquiles na época da Guerra de Tróia, conforme vimos em aula. Ulisses era o herói que encarnava o ideal homérico, mas sua vida era dirigida pelos deuses. Portanto, tudo o que lhe acontecia e as decisões que tomava não eram de sua responsabilidade e sim culpa dos deuses, que decidiam seu destino.
Na época do Sofista Protágoras, a filosofia já dominava a sociedade e o homem pensava por ele mesmo e não mais pelos deuses. O mundo mítico havia sido superado pelo mundo racional. Por isso, quando ele afirma que "o homem é a medida de todas as coisas" ele está querendo dizer que o homem decide e arca com as consequências de sua decisão, ele é o responsável por sua vida, pelas coisas que lhe acontecem, as referências do que é melhor ou pior vêem de sua cabeça e de sua moral e não dos caprichos dos deuses.

3ª dúvida: Sua prova é de múltipla escolha ou de questões dissertativas?
Resposta: A prova que elaborei não tem nenhuma questão de múltipla escolha. São 4 questões abertas, dissertativas. Três perguntas referem-se aos textos que lhes passei (dou o texto e faço uma pergunta a respeito dele; para responder você deve saber o conteúdo da apostila pois peço para fazer referência a ele ao responder a pergunta). Uma pergunta refere-se a um conteúdo da apostila.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Análise dos PCN de História

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Posto aqui a análise dos parâmetros curriculares de História do 1º e 2º ciclos do ensino fundamental que fizemos juntos na aula de hoje.
Espero que ajude no trabalho que devem entregar na 5ª feira.

Um abraço a todos,
Profª Marcia

sábado, 26 de setembro de 2009

UNIVERSITAS SOCIAL - Pedagogia

Voluntários do 2º período de Pedagogia,

Hoje estava bom demais fazendo o trabalho voluntário no bairro da Piedade.
Além de produtivo, foi também muito divertido.Valeu a pena!

Aqui vão as fotos de alguns momentos que vivemos no evento:



















Que trabalho lindo da Fabiana!

Gabriel, Vanessa e Bruna na dança

As crianças adoraram a dança.

Criatividade - bexigas e pintura

Todo mundo virou criança

Trabalho feito com o coração!

Gabriele "fera" na arte da bexiga

A Bruna está linda de borboleta

Olha aí a Fabiana assediada pelas crianças


O garoto não lava o braço hoje.
A cobra no braço e a aranha no
rosto ficaram lindas demais.

Gabriel e Vanessa deram um show

Olha a dança de novo. Valeu!

Só deu criança. Bom para nosso estágio!

Adorei estar com vocês num
trabalho educativo e voluntário.

Pessoal, agora é esperar o próximo evento. Estaremos lá registrando tudo. Parabéns para os que puderam ir e trabalhar. Tenho certeza de que foi uma ótima oportunidade para testarmos nossa vocação de professores. O trabalho e o envolvimento de vocês, feito de maneira responsável e comprometida, foi excelente. Valeu a pena!
Profª Marcia

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Construção da noção de tempo na criança

QUANDO O ALUNO AJUSTA OS PONTEIROS E DESCOBRE O TEMPO
Para dominar a noção de tempo, a criança pequena precisa desenvolver a percepção sobre a sequência dos eventos e sua duração.

Vídeo: Noção de tempo: Como os pequenos se relacionam com as medidas de tempo? Como se organizam nele? Acompanhe neste vídeo o que as falas das crianças "dizem" sobre isso.

"Esse roxo sou eu depois. Tem minha perna grande, meu cabelão. Esse preto é eu quando eu for pequena." Gabriela*. Reprodução/Agradecimento Escola Viva
"Por que eu sempre fico para o fim das coisas?!" Foi com essa mistura de protesto e autocomiseração que Ian, 4 anos, reagiu ao ter uma triste notícia: ele só faria aniversário no fim do ano. Para a criança pequena, lidar com a espera, por mais simples que pareça a um adulto, é um fator de grande inquietação. Isso porque a noção de tempo - um dos principais organizadores da vida em sociedade e da representação das experiências humanas - ainda está em construção nos primeiros anos de vida. (Assista ao vídeo em que crianças falam sobre a noção de tempo, logo acima)
Assim, dizer a Ian que ele deve aguardar três meses até o seu aniversário é o mesmo que dizer que não há previsão para esse dia chegar. O relacionamento de maneira plena com o tempo e as implicações que a ele dizem respeito - as ideias de duração e de sequência de eventos - só é alcançado ao fim de um processo relativamente longo.
"O tempo objetivo, que medimos com o relógio e o calendário, é uma construção humana e não uma natureza pronta e observável", diz Valéria Milena Röhrich Ferreira, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Operar com esse conceito, tão abstrato, é uma aprendizagem complexa e vai além de compreender seu sistema de quantificação."
Um sinal de que os pequenos ainda experimentam nesse campo é a confusão no uso de marcadores temporais, tão frequentes em sua fala. A descrição de Gabriela, 4 anos, sobre seu desenho é um exemplo disso: "Aqui é quando eu for pequena", diz ela, referindo-se à sua aparência atual.

A importância da ideia de sequência


Nos primeiros anos de vida, a criança é muito focada no presente e nas ações que nele se dão. Brincar, assistir a um desenho na TV, tomar banho: os pequenos não têm consciência de que uma ação é seguida por outra e que, em geral, elas se repetem em uma determinada ordem em seu dia a dia.
Conforme vai vivenciando esse mundo, ela começa a perceber a existência de ciclos, sua primeira referência de que o tempo passa. Nessa perspectiva, o trabalho sobre a rotina escolar - em que o professor antecipa as atividades do dia e a sua ordem - é fundamental. Com ele, os pequenos observam a regularidade nessa sequência de eventos, podem pouco a pouco antecipá-la e, mais tarde, até relacioná-la às horas do relógio, por exemplo, ainda que de forma rudimentar (sem compreender, de fato, o funcionamento desse sistema de medição).
Essa percepção da rotina é o embrião de um aspecto importante na compreensão sobre o tempo: a noção de que as coisas acontecem em uma ordem, ou seja, de que o que se faz no momento é antecedido e será seguido por algo - a ideia de sequência. "Organizar as ações no tempo dá à criança a possibilidade de constituir uma história pessoal, de pensar em passado", afirma Lino de Macedo, docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). "Com isso, ela pode reconhecer seu repertório, sua trajetória como indivíduo, e vai delineando sua identidade. Por mais que inicialmente isso tenha de ser feito com a ajuda de pais e professores."
Com essa percepção, a criança pode pensar em sua própria história e também estabelecer conexões dela com outras - a de colegas de classe, parentes e, aos poucos, de grupos mais distantes.

"Essa sou eu grande e eu pequena. E no meio é a minha mãe. Eu também tenho uma irmã, a Julinha." Beatriz
"Quem é mais velha, você ou a Julinha?" Monique
"Sou eu, porque eu nasci primeiro." Beatriz
"Quanto tempo antes você nasceu?" Monique
"Não sei, eu não me lembro. Tenho 4 anos." Beatriz
Reprodução/Agradecimento Escola Viva

A noção de duração ajuda a criar a capacidade de medir

O tempo é um fluxo - todo possível fim é seguido de um começo, numa sequência sem nenhuma previsão para acabar. O homem, porém, precisa pensar em prazos para poder planejar - uma necessidade que aparece bem cedo, como vemos no exemplo de Ian, no início do texto. "Ao perceber a existência de ciclos, é quase uma consequência que se conte a quantidade deles, juntando o tempo cíclico com o linear", diz Lino de Macedo. "Os antigos quantificavam o tempo dessa mesma maneira. A mulher grávida, por exemplo, sabia de antemão que a cada nove luas cheias ela daria à luz."
Quando chegam à escola, os pequenos costumam se inquietar com a partida dos pais. Isso se dá, em grande parte, porque eles ainda não são capazes de visualizar quando irão reencontrar a família - a duração dessa separação, justamente. Essa questão também é trabalhada com a vivência da rotina escolar, em que a sequência de atividades permite antecipar o que farão antes de voltar para casa. Com isso, são capazes de mensurar o tempo, ainda que intuitivamente, e iniciam-se nos princípios de medição. Para Lino, um salto transformador se dá com isso. "Se a ideia de sequência permite à criança se relacionar com o passado, a de duração possibilita lidar com o que ainda está por vir", argumenta ele.
"Quando os bebês nascem, eles são velhos. Já estão todos enrugados." Caio
Embora os sistemas convencionais de medida sejam ainda muito complexos, é importante que os pequenos tenham contato com eles. "Por volta dos 3 anos, as crianças já demonstram interesse e começam a fazer perguntas relativas ao relógio, aos dias da semana, aos meses", explica Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Segundo ela, o professor de Educação Infantil pode apresentar às turmas esses portadores, como o calendário. "Uma forma de explorá-lo no dia a dia escolar é a consulta de quantos dias faltam até uma determinada data de interesse da turma, como uma festa e o aniversário de alguma das crianças", sugere a formadora. O objetivo com essa proposta não é que as crianças se pautem pelo tempo do relógio ou do calendário - algo impraticável nessa altura do desenvolvimento infantil, em que seu pensamento ainda não é lógico-dedutivo -, mas que elas comecem a refletir sobre as práticas de sua cultura relacionadas à forma de se organizar no tempo.

Enquanto ainda não domina os sistemas convencionais, a criança pequena cria alguns parâmetros próprios para se relacionar com a passagem do tempo. Um interesse comum entre os pequenos, por exemplo, é saber a ordem de nascimento de seu grupo de amigos ou primos. Como, no início, ela ainda não domina o sistema numérico, a idade ainda não é seu principal critério de medição. É o que constatamos na fala de Eric, 4 anos, ao responder se era mais velho do que um amigo: "Eu sou mais alto do que o Tato, então, sou mais velho".
"Qual brinquedo você mais gostava quando era criança?" Álvaro
"Minha bicicleta vermelha." Pai
"Vermelha? Mas na sua época não era tudo preto e branco?" Álvaro
A altura seria um indicador de alguém ter mais anos de vida, já que a correspondência entre idade e estatura costuma funcionar entre as crianças. "Todos captamos a ação do tempo pela transformação de algo que continua existindo", diz Maria Luiza Leão, psicopedagoga e diretora do Tekoa - Centro de Estudos da Aprendizagem, no Rio de Janeiro. "Crescer, ser alto, é algo que demonstra uma transformação a partir do pequeno." Cabe ao adulto questionar esse parâmetro constituído pelas crianças, apontando casos em que ele não é válido - se a avó da criança tem 1,50 metro, e seu primo adolescente, 1,80 metro, talvez seja melhor usar outra maneira para definir quem é mais velho.
O uso dos parâmetros pessoais, por outro lado, faz parte do desenvolvimento da criança e demonstra que ela percebe a importância de se organizar com base em referências temporais. O que de início se pauta pelo princípio da comparação aos poucos caminha para a compreensão do funcionamento dos sistemas convencionais de medição. Uma criança pode pensar sobre os anos de seu avô (60, por exemplo) contrapondo-os aos 6 anos que ela tem: com a referência de sua própria idade, consegue se relacionar com a de seu avô. Mas como usar o mesmo parâmetro para comparar cifras tão distantes quanto o seu tempo de vida e a época em que viveram os dinossauros? Conforme ela volta o interesse para o mundo, torna-se mais importante trazer para suas representações referências temporais para todas as situações em que medidas de tempo sejam requisitadas, como as horas, os dias e os anos. "É como se ela iniciasse uma jornada que a afastasse de sua experiência para ter um olhar mais amplo", diz Maria Luiza.


Vídeo: Dia e Noite: A criança pequena tem uma forma particular de pensar e de construir explicações para o funcionamento dos fenômenos que observa no mundo. No vídeo, crianças de 3 a 6 anos contam como acreditam que o dia e a noite se alternam todos os dias. A educadora Monique Deheinzelin parte dessas "teorias" para falar sobre a forma como se constitui o pensamento dos pequenos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Blogs educativos

Alunos, seguidores, colegas e outros,

Deixo aqui uma lista de blogs educativos, que a revista Profissão Mestre publicou. Achei-a interessante e penso que pode nos ajudar a crescer na nossa formação permanente e em nossas pesquisas escolares.
Bom proveito a todos!
BLOGS EDUCATIVOS
Artes
http://www.aprenderecia.blogspot.com/

Poesia
http://www.piratapoeta.blogspot.com/

Geografia
http://alunoscesa.blogspot.com/

Educação geral
http://reflexoesacademicas.blogspot.com/
http://www.depoisdaaula.com/

Meio ambiente
http://www.henriquemelega.blogspot.com/
http://www.melega.multiply.com/

História
http://www.historiaecia.com/
http://saibahistoria.blogspot.com/

Informática
http://educasempre.blogspot.com/
http://ivivendoeaprendendo.blogspot.com/
http://www.projetoinfo.blogspot.com/

Diversos
http:/pedagogicamenteblogando.blogspot.com/
http:www.coordpedagocicaeti.blogspot.com
http://tagareladaciencia.blogspot.com/

Exercícios de História da Educação I

Pessoal do 2º período de Pedagogia,

Amanhã todos deverão entregar o exercício sobre Sócrates e sobre a Idade Média.
O 2º exercício tem levantado dúvidas por parte de alguns alunos. Por isso, deixo aqui explicações sobre cada pergunta que faço do texto da Idade Média (as explicações estão em negrito). Espero que possa ajudá-los.
EDUCAÇÃO E IMAGINÁRIO POPULAR
1- Explique o significado geral do texto, a partir da frase do mesmo autor: “A sociedade medieval educa – como sempre ocorre nas sociedades tradicionais – através de severos controles, mas também através de dispositivos de escape”.
Considerem os severos controles e os dispositivos de escape. Exemplifique cada um para entender a pergunta: os severos controles na Idade Média referem-se ao uso da bíblia, a sua interpretação, a vida ascética em função da conquista do céu, ao conteúdo dado nas poucas escolas, aos dogmas, aos costumes religiosos, dentre outros. Os dispositivos de escape referem-se ao teatro, a imagem, ao contexto em que vivem, as palavras orais, dentre outros. Peço que compare os dois dispositivos de controle social percebendo seus ganhos e sua similaridade.
2- Tendo em vista a hierarquização da sociedade medieval, analise porquê o povo era excluído da educação formal.
Considerem a hierarquia da sociedade medieval: igreja, nobres e camponeses. Era uma hierarquia imutável, sem possibilidade de ascensão social. Fora a educação informal que o texto descreve, analise porquê o povo (que estava na base da pirâmide social, a classe mais baixa)era excluído da educação formal, aquela oferecida pelas escolas e universidades.

3- Compare a situação descrita no texto com os tempos atuais, indicando semelhanças e diferenças. Por exemplo, em que medida continua uma educação informal pela palavra oral e pela imagem; e quais as diferenças quanto à transmissão de palavras e imagens.
O texto descreve situações teatrais, uso de imagens e palavras orais para educar o povo na Idade Média. Nos dias de hoje, a educação formal das escolas educa com textos escritos em livros. Mas o povo não é educado somente com isso. A educação acontece também por teatro, imagens e palavras orais, em situações informais de educação, como em novelas, filmes, teatro, comerciais, computador, etc. Peço que analise a educação informal de hoje e conclua em que medida continua essa educação informal como acontecia na idade média. Façam essa análise indicando diferenças e semelhanças da educação informal daquela época com a educação informal dos dias de hoje.
4- Em que medida a crítica feita por Cambi às performances teatrais dos pregadores religiosos encontra eco hoje em dia em alguns tipos de cultos religiosos?
O autor critica as performances teatrais dos pregadores religiosos da idade média, dizendo que eles utilizam desse recurso para educar o povo e simplificam demais os conceitos que devem ser construídos. Eu peço que analisem os cultos religiosos (incluindo o católico) na questão da performance dos oradores de hoje e comparem-os com os antigos e respondam: eles são semelhantes? Fazem igual antigamente ou imitam somente um pouco o que acontecia na idade média? Os objetivos são os mesmos? Conseguem alcançar os resultados esperados?

domingo, 20 de setembro de 2009

Relacionamento inter e intrapessoal

Meus amigos,

Deixo aqui duas postagens que penso que serão úteis para nosso crescimento pessoal e para nossa atuação como professores, em especial na área de História:
1- Uma refere-se à nossa efêmera passagem pela Terra e a inevitável ação do tempo em nosso corpo e mente: ENVELHECENDO EM UM MINUTO
2- Outra refere-se à nossa atuação e crescimento no dia-a-dia,que é tão importante para nossa melhor relação inter e intrapessoal: NEUROPEPTIDEOS

Bom final de semana a todos,
Fiquem com Deus,
Profª Marcia Gil

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Ensino Fundamental de 9 anos

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Conforme combinado, deixo postado aqui o guia curricular que a revista NOVA ESCOLA deste mês editou. É um guia para o ensino fundamental de 9 anos, algo novo em nossa realidade e que tem trazido muitas dúvidas a tantas escolas.

sábado, 12 de setembro de 2009

Educação na Idade Média

Aos alunos do 2º período de Pedagogia que não puderam comparecer a aula do dia 09/09 por motivo justo e comprovado, deixo abaixo as perguntas que nortearam a nossa discussão.
A discussão valeu 20 pontos. Como não tem como avaliar os que estiveram ausentes com justificativa, oriento para responderem as perguntas e me entregar no dia 16/09, juntamente com a resenha que pedi para fazerem.

Discussão do filme “Em Nome de Deus”

1- Conte, resumidamente, o filme que você assistiu.
2- Em que época se passa o romance?
3- Quem era Abelardo?
4- Quem era Heloísa?
5- Abelardo era preceptor de Heloísa. Isso é comum hoje em dia? Qual outra função semelhante você vê atualmente nas escolas?
6- Quais as características do professor Pierre Abelardo?
7- Como era a relação aluno X professor com os estudantes, no caso Abelardo?
8- E com os outros professores?
9- Como eram as aulas de Abelardo? Os alunos participavam e gostavam?
10- Quais as crenças idealistas que ele tinha em relação a educação e ao conteúdo?
11- Qual o quadro de educação que ele delineia?
12- Qual era o currículo de estudo das escolas da época?
13- Como era considerada a educação das mulheres?
14- Compare a educação medieval que Abelardo ministrava com a educação dos outros professores.
15- Por que a Igreja tolerava as atitudes docentes de Abelardo, contrárias às suas orientações didáticas (da Igreja)?
16- É possível acontecer uma relação amorosa entre professor X aluno nos dias atuais? Você concorda com isso?
17- Abelardo criou muitos inimigos por causa de suas idéias polêmicas. Por que suas idéias não eram aceitas e incomodavam tanto?
18- O que foi comentado acima acontece com um professor atual, quando quer quebrar paradigmas e trabalhar com novas idéias e novas propostas educacionais?
19- Fale sobre o poder da Igreja na Idade Média, que você pode perceber no filme.
20- Quais os castigos dados as mulheres que desobedeciam as ordens ou “pecavam” sexualmente?
21- Em relação ao contexto: econômico, social, político – a educação medieval fazia sentido? Ela atendia às necessidades da época?
22- O que você mudaria na educação medieval, se ela fosse aplicada aos dias de hoje?
23- Faça sua apreciação sobre a educação medieval: pontos positivos e negativos.
24- Existe algum aspecto que não foi comentado e que você gostaria de destacar?

O Diálogo Socrático

Ao 2º período de Pedagogia,

Deixo postado os slides contendo a aula de sábado - 12/09/09.
Relembro que o exercício que deixei deverá ser entregue na aula de 23/09 - dia da prova.
Aproveito para colocar aqui o exercicio, caso alguém não o tenha pego. Deixo também as atividades avaliativas deste bimestre,conforme decidido entre nós.
Tenham um bom final de semana. Até 4ª feira, se Deus quiser.


O Diálogo Socrático

Exercício sobre Sócrates:
“Eu sou semelhante ao torpedo (peixe-elétrico), quando aturdido, posso produzir nos outros o mesmo aturdimento, pois não se trata de que eu esteja certo e semeie dúvidas na cabeça alheia, mas de que, por estar eu mais cheio de dúvidas do que qualquer pessoa, faço duvidar também os outros.”
Com base na citação acima, que se refere a uma fala de Sócrates no diálogo de Platão, Ménon, responda às questões:
a- Em que consiste o método socrático?
b- Em que medida a afirmação de Sócrates,colocada acima, ainda hoje pode ter valor para a educação?

AVALIAÇÃO DO 1º BIMESTRE DO 2º SEMESTRE

1- Pesquisa – 20 pontos – 16/09/09
Pesquisar a educação na idade média: contexto histórico; educação bizantina; educação islâmica; educação européia (escolas monacais, renascimento carolíngio, renascimento das cidades, a formação de “gentes de ofício”, a formação militar, as universidades, a educação das mulheres, o servo de gleba).
Colocar introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
2- Estudo de textos diversos, que serão dados ao longo do bimestre – 20 pontos
3- Filme/Discussão – 20 pontos- 09/09/09
Em Nome de Deus – Abelardo e Heloísa: fazer uma resenha do filme, sob o ponto de vista educacional da idade média.
4- Participação/Frequência e Pontualidade – 20 pts
5- Prova escrita – 20 pontos – 23/09/09

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aula de sábado - 12-09-09

Pessoal do 2º período de Pedagogia,

No sábado iremos corrigir o exercicio que entreguei a voces na 4a feira.
Após a correção, o aluno que quiser refazer essa atividade, poderá refazê-la e me entregar novamente na próxima 4ªfeira - 16/09/09. Assim fazemos a recuperação paralela.

Até lá,

Profª Marcia Gil

Educação Medieval - filme

Alunos do 2º período de Pedagogia,

Deixo aqui os slides contendo a reflexão que fizemos sobre o filme Em Nome de Deus.
Aproveito para deixar tambem os preços das camisetas da pedagogia. Me deem um retorno no sabado, por gentileza:
Stock Camisetas: Malha fina - 13,60
Malha de algodao babylook - 11,20
Malha de algodao comum - 12,70
Beijos a todos,
Profª Marcia Gil

domingo, 30 de agosto de 2009

Dinâmicas de leitura para sala de aula

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Posto aqui sugestões de dinâmicas para leitura em sala de aula.
Penso que pode ajudá-los na elaboração do roteiro de atividades feito a partir do texto didático (trabalho para ser entregue no dia 31/08/09).

Beijos e até 2ª feira,se Deus quiser.

Marcia Gil