Educação Permanente

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Temas transversais - Trabalho e Consumo

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Conversamos, na última aula, sobre o tema transversal Trabalho e Consumo, acrescentado pelo MEC após a elaboração dos outros quatro temas. O MEC tem sugerido também o trabalho com o tema Educação para o Trânsito.
Deixo abaixo comentários genéricos sobre esses dois temas, a fim de situá-los e orientá-los na elaboração de planos de ensino e sequências didáticas.

Trabalho e Consumo
Este tema incorpora no currículo escolar demandas sociais urgentes, de abrangência nacional, passíveis de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e com importante papel na promoção da participação social e política. Seus pressupostos são os seguintes: em todo produto ou serviço consumido existe trabalho social; este trabalho é realizado segundo determinadas relações de trabalho que não são naturais e sim construídas historicamente, sendo, portanto, passíveis de crítica, intervenção e transformação.
Busca-se, portanto, pela análise do trabalho e do consumo na atualidade, explicitar as relações sociais nas quais se produzem as necessidades, os desejos e os produtos e serviços que irão satisfazê-los. Participar dos debates sobre as formas de realização e organização do trabalho e do consumo, compreendendo suas relações, dependências, dilemas e direitos vinculados, assim como os valores que lhe são associados, subsidiará uma atitude crítica, na perspectiva da valorização de formas de ação que favoreçam uma melhor distribuição da riqueza produzida socialmente.

Educação para o Trânsito
Este tema tem por objetivo trazer a tona, em sala de aula, questões sociais que possibilitem a construção da democracia e da cidadania.
Pense-se, por exemplo, o direito ao transporte associado à qualidade do meio ambiente; ou a convivência no espaço público e o desrespeito às regras de trânsito, ou ainda, a segurança de motoristas e pedestres (O trânsito brasileiro é um dos que, no mundo, causa maior número de mortes). Assim, de forma ampla, o tema trânsito nos remete a refletir sobre as características de nossos modos de vida e nossas relações sociais.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Avaliação Escrita de História da Educação I

Alunos do 2º período de Pedagogia,

Uma colega de vocês me procurou para tirar dúvidas a respeito do conteúdo que será cobrado na 4ª feira na avaliação escrita.
Penso que é interessante partilhar com todos os esclarecimentos e dicas que dei, assim podemos estudar juntos na mesma linha de pensamento:
1ª dúvida: "Poderia me ajudar a entender o sentido de ideal homérico?"
Resposta: No caso do nosso estudo, o ideal homérico refere-se ao ideal de homem aristocrata que a sociedade da época arcaica concebia: o homem ideal era o herói, ou seja, aquele que tinha as virtudes da força, da beleza, da agilidade e do vigor físico, e estava pronto a vencer qualquer disputa.

Era o culto aos heróis. Eles tinham virtudes muito admiradas na Grécia durante o período pré-socrático, e que todos buscavam desenvolver.
É uma visão idealizada da educação que setores dominantes da época impunham a sociedade.
Esse ideal perdurou no período pré-socrático, na época arcaica. Posteriormente esse ideal homérico transferiu-se para os esportes e a espada foi gradativamente substituída pela palavra, também tão caras a Grécia durante o período socrático (época clássica). Do ideal de guerreiro nobre, de pouca instrução, passou-se ao cavaleiro culto, interessado nos assuntos públicos da cidade. E numa escala evolutiva de ideal de homem (que se completou na época helenística), concebeu-se a paidéia, que representou o ideal de educação que a Grécia tinha.
Veja o quadro comparativo abaixo, para você entender onde o ideal homérico se insere na Grécia:

Quadro Comparativo da Educação

Características Polis arcaica (anterior ao século V a.C.) Polis clássica (séculos V e IV a.C.)
Objetivos da educação O guerreiro audaz, corajoso e valente, formado pela arte militar e obediente ao clã O cavaleiro culto, o cidadão ativo da polis, formado pela escola cívica a serviço da cidade
Instrumento símbolo A espada A palavra
Técnica o combate singular A ginástica, os corais, a leitura
Método de ensino A pederastia: o guerreiro mais velho e o seu escudeiro A pedagogia: o didático e os estudantes
Cultura A poesia épica de Homero A poesia, a filosofia, a gramática, a retórica e a oratória

2ª dúvida: Posso comparar o texto 3 "O homem é a medida de todas as coisas", como sendo um homem com este ideal, ou seja, guerreiro, culto, audaz, integro?
Resposta: Antes esclareço uma confusão que você fez: O guerreiro não era culto, a palavra para ele não era importante, o físico é que valia. Esse não era um valor da época arcaica.
Culto era o cidadão, virtude da época clássica.
Respondendo ao seu questionamento: A comparação não pode ser feita. Ela está errada.
Para o homem ser a medida de todas as coisas, ele precisa ser responsável pelo que faz e pelas decisões que toma. A medida com que ele julga o que é bom ou não para ele é de decisão e responsabilidade dele mesmo, tomada a partir de seu raciocínio e de sua razão, não influenciado pelos deuses e pelos desígnios divinos.
O guerreiro viveu numa época em que os deuses conduziam suas vidas a seu bel prazer. Foi a época de Homero, dos deuses como Aquiles na época da Guerra de Tróia, conforme vimos em aula. Ulisses era o herói que encarnava o ideal homérico, mas sua vida era dirigida pelos deuses. Portanto, tudo o que lhe acontecia e as decisões que tomava não eram de sua responsabilidade e sim culpa dos deuses, que decidiam seu destino.
Na época do Sofista Protágoras, a filosofia já dominava a sociedade e o homem pensava por ele mesmo e não mais pelos deuses. O mundo mítico havia sido superado pelo mundo racional. Por isso, quando ele afirma que "o homem é a medida de todas as coisas" ele está querendo dizer que o homem decide e arca com as consequências de sua decisão, ele é o responsável por sua vida, pelas coisas que lhe acontecem, as referências do que é melhor ou pior vêem de sua cabeça e de sua moral e não dos caprichos dos deuses.

3ª dúvida: Sua prova é de múltipla escolha ou de questões dissertativas?
Resposta: A prova que elaborei não tem nenhuma questão de múltipla escolha. São 4 questões abertas, dissertativas. Três perguntas referem-se aos textos que lhes passei (dou o texto e faço uma pergunta a respeito dele; para responder você deve saber o conteúdo da apostila pois peço para fazer referência a ele ao responder a pergunta). Uma pergunta refere-se a um conteúdo da apostila.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Análise dos PCN de História

Alunos do 6º período de Pedagogia,

Posto aqui a análise dos parâmetros curriculares de História do 1º e 2º ciclos do ensino fundamental que fizemos juntos na aula de hoje.
Espero que ajude no trabalho que devem entregar na 5ª feira.

Um abraço a todos,
Profª Marcia