Educação Permanente

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Bullying - agressão na escola - Artigo 2

Meninos: maiores vítimas de bullying
http://www.youtube.com/watch?v=hPvuluKacT4&feature=player_embedded
Uma pesquisa inédita realizada pela ONG Plan Brasil, com mais de cinco mil alunos, permitiu conhecer as situações de maus tratos nas relações entre estudantes dentro da escola, em todas as regiões do Brasil. Os dados revelam que o bullying é mais comum nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e que a incidência maior está entre os adolescentes na faixa de 11 a 15 anos de idade, especialmente os estudantes da sexta série do Ensino Fundamental.
A pesquisa avaliou a incidência, as causas, os modos de manifestação, o perfil dos agressores e das vítimas, e as estratégias de combate aos maus tratos e ao bullying no ambiente escolar. Também foram realizados quatorze grupos focais com 55 alunos, 14 pais/responsáveis e 64 técnicos, professores ou gestores de escolas localizadas nas capitais pesquisadas.

O levantamento mostra que é maior o número de vítimas do sexo masculino: mais de 34,5% dos meninos pesquisados foram vítimas de maus tratos ao menos uma vez no ano letivo de 2009, sendo 12,5% vítimas de bullying, caracterizado por agressões com frequência superior a três vezes.
Segundo a maioria dos entrevistados, a principal consequência recai sobre o processo de aprendizagem. Os dados indicam que tanto vítimas quanto agressores perdem o interesse pelo ensino e não se sentem motivados a frequentar as aulas. Embora gestores e professores admitam a existência de uma cultura de violência pautando as relações dos estudantes entre si, as escolas não demonstraram estar preparadas para eliminar ou reduzir a ocorrência do bullying.
Os alunos não conseguem diferenciar os limites entre brincadeiras, agressões verbais relativamente inócuas e maus tratos violentos. Tampouco percebem que pode existir uma escala de crescimento exponencial dessas situações. Por outro lado, o levantamento deixa claro que as escolas não estão preparadas para evitar essa progressão em seu início, muito menos para estabelecer os limites entre brincadeira e agressão ou as formas de convivência que garantam a socialização e o respeito mútuo.
Os resultados do estudo servirão de insumos para as ações da campanha “Aprender sem Medo”, lançada internacionalmente pela Plan há pouco mais de um ano, e que tem como propósito orientar estudantes, pais, gestores, docentes, e toda a sociedade civil, sobre a ocorrência de bullying, as formas de reduzir sua frequência e as graves consequências para a vida de todos envolvidos, as instituições de ensino e o próprio processo de formação e de consolidação da cidadania.
Referência: http://www.revistapontocom.org.br/ponto-central/meninos-maiores-vitimas-de-bullying

Comentário:Achei interessante essa campanha que a Plan lançou, pois o bullying está cada vez mais presente em nossa sociedade, principalmente através do cyberbullying. Essa campanha irá ajudar na orientação aos estudantes, pais, educadores.
Por: Alessandra Lino - coordenadora do laboratório de informática - Curso G9

Cyberbullying - agressão virtual - Artigo 1

Cyberbullying: a agressão entre os nativos digitais
Por Marcus Tavares
Cyberbullying: agressão verbal e escrita por meio das tecnologias digitais. Pesquisadores da Universidade de Navarra (Espanha) apresentaram, em maio deste ano, um trabalho sobre o assunto no V Congresso sobre Comunicação e Realidade, organizado pela Faculdade de Comunicação de Blanquerna, em Barcelona.
O levantamento Cyberbullying: uma análise comparativa com estudantes de países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela mostra de que forma a agressão faz parte da vida dos alunos. Os números podem ser baixos ou, de acordo com a literatura internacional, inexpressivos. Mas o fato é que estamos apenas no início do século XXI, na democratização das tecnologias digitais e nas primeiras gerações de nativos digitais.
Segundo os autores, o cyberbulllying é “o envio e a postagem de textos ou imagens maldosas ou cruéis na internet ou outros meios digitais de comunicação”. A agressão, que cresce devido ao rápido avanço das novas tecnologias, pode ser realizada por um indivíduo ou um grupo de modo deliberado e repetitivo.
Confira o artigo publicado pelos pesquisadores
“Através do computador, a vítima recebe mensagens ameaçadoras no e-mail e no MSN. Enviam-lhe imagens obscenas, insultos em chats. O agressor(es) pode(m), até mesmo, criar blogs ou websites para promover conteúdos difamatórios. A natureza móvel das novas tecnologias tira o sossego das vítimas, o que faz do cyberbullying uma forma de violência invasiva que ameaça os estudantes até fora da escola. Portanto, e como não acontecia no bullying tradicional, o lar já não é um lugar de refúgio para a vítima, que continua recebendo SMS ou e-mails”, destaca trecho do artigo.
O trabalho dos pesquisadores – que se baseou na pesquisa A Geração Interativa na Ibero-América - mostra que 2.542 estudantes dos sete países investigados reconheceram que foram prejudicados por meio do celular e do MSN. Do total, 12,1% experimentaram alguma forma de cyberbullying. Entre as duas ferramentas, o celular foi o mais usado para efetivar a agressão.
O levantamento destaca que 22,4% dos meninos e 13,4% das meninas usaram o celular ou o MSN para prejudicar alguém. Por outro lado, 19,25% dos meninos pesquisados e 13,8% das meninas afirmaram já terem sido vítimas de cyberbullying.
- Cyberbullying no celular
13,3% reconheceram o uso do celular para ofender alguém. Entre os países com maior porcentagem de agressão destacam-se a Venezuela e o México. Por outro lado, a porcentagem de alunos que se sentiram prejudicados foi de 6,4 %.
No Brasil…
8,4 % usaram o celular para ofender alguém
4,3% foram prejudicados por meio do celular

- Cyberbullying no MSN
4,4% reconheceram ter usado o Messenger para prejudicar alguém. De todos os países, o Chile sobressai com 7,2%. A porcentagem de alunos que se sentiram prejudicados foi de 5,6 % e o país com maior porcentagem de vítimas foi o Brasil, com 8,2%.
No Brasil…
4,7% usaram o MSN para ofender alguém
8,2% foram prejudicados por meio do MSN

Tipos de violência verbal e escrita através das novas tecnologias
Flaming: envio de mensagens vulgares ou hostis
Agressão on-line: envio repetido de mensagens ofensivas
Cyberstalking: ameaças de dano ou intimidação excessiva
Difamação: mensagens cruéis sobre uma pessoa a outras ou comentários em lugares on-line
Substituição ilegal da pessoa: fazer-se passar pela vítima, difamando-a
Outing: mensagens sobre uma pessoa contendo informação sensível, privada ou constrangedora
Exclusão: cruel expulsão de alguém de um grupo on-line.

Amigos e Professores em geral,
De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade de Navarra, com países da América Latina, ficou evidenciado que as agressões pelo cyberbullying entre os jovens do século XXI são baixas, porém podemos perceber que 22,4% são de meninos e 13,41% são de meninas.
Pergunto: Por que isso acontece mais entre os meninos ?
Acredito que na adolescência os meninos querem se destacar entre os colegas, e com o avanço das tecnologias eles utilizam as novas ferramentas para praticar o cyberbullying. Como educadora, procuro orientar os alunos que esste tipo de agressão gera transtornos psicológicos, baixa autoestima, depressão, ansiedade, sentimento de solidão, peço que se coloquem no lugar do outro e como se sentiriam, solicito para não aceitarem estranhos no Orkut, MSN, não disponibilizarem muitas fotos na internet, removerem comentários em blogs e fotologs. É uma maneira de tentar "resgatá-los" dessa armadilha que a internet criou.
Referência: http://www.revistapontocom.org.br/edicoes-anteriores-ponto-central/cyberbullying-a-agressao-entre-os-nativos-digitais
Por: Alessandra Lino, coordenadora do laboratório de informática do Curso G9.