Educação Permanente

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO E AFETO

"Ser mestre não é apenas lecionar. Ensinar não é apenas transmitir matérias. Ser mestre é ser instrutor e amigo, guia e companheiro. É caminhar com o aluno passo a passo, é transmitir a ele o segredo da caminhada." (PIAGET)

A afetividade é a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar. Inicia-se a partir do momento em que um sujeito se liga a outro pelo amor.
Nesta perspectiva é tarefa e desafio da escola assumir efetivamente, em parceria com os pais, a função de proporcionar aos alunos oportunidades de evoluir como seres humanos. Para isto, seu trabalho pedagógico e educacional é cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhes limites, e acima de tudo acreditando que os alunos tem capacidade de suportar frustrações. A escola realiza tais funções? Sabemos como é difícil e complicada essa tarefa. Os momentos de afetividade vividos na escola são fundamentais para a formação de personalidades sadias e capazes de aprender.
Sendo assim, o ensinar é um processo basicamente relacional, onde tanto o professor, como a escola, o meio social, e não só o aluno, são responsáveis pelo seu desenvolvimento, sucesso ou fracasso.
Como se relacionar bem sem afeto? Como se relacionar sem considerar sentimentos, desejos e necessidades, de ambos os lados: daquele que educa e daquele que é educado?
A verdade é que, embora o professor tenha alto nível intelectual e grande conhecimento de sua matéria, a maneira como ele se relaciona com seus alunos será a chave do sucesso da transmissão do que ensina.
Respeito pelas diferenças, abandono de pré-conceitos, vontade de aprender e não de exercer poder, saber ouvir, equilíbrio emocional, coerência, clareza de objetivos, saber elogiar em lugar de priorizar os erros, todos são itens fundamentais na construção de uma relação afetuosa do professor com seus alunos.
Considerando esses pontos, o relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade, de respeito mútuo, de troca de solidariedade, não aceitando de maneira alguma um ambiente hostil e opressor que semeie o medo e a raiva no contexto de sala de aula. A prática pedagógica deve sempre prezar o bem estar do educando. Quando o educador consegue entender o poder dessa pedagogia do amor e todo o bem que a mesma traz, mais e mais alunos aprenderão com maior facilidade e gosto e, acima de tudo, mais e mais professores notáveis e inesquecíveis passarão pela vida de nossos educandos deixando suas marcas positivas.
Helen Maria Carneiro professora da Educação Infantil do Curso G9.