sábado, 7 de novembro de 2009
Material das aulas de História da Educação I
Aos alunos do 2º período de Pedagogia,
Posto aqui o material usado na aula de 07/11 (e que podem ser consultados para resolver os exercícios que dei a vocês) e os gráficos que foram gerados pela pesquisa que fizemos. Nós os utilizaremos na aula de 11/11.
Aula de 07/11 : Aula sobre Kant / Aula sobre Comenio e Rousseau
Gráficos da pesquisa
Posto aqui o material usado na aula de 07/11 (e que podem ser consultados para resolver os exercícios que dei a vocês) e os gráficos que foram gerados pela pesquisa que fizemos. Nós os utilizaremos na aula de 11/11.
Aula de 07/11 : Aula sobre Kant / Aula sobre Comenio e Rousseau
Gráficos da pesquisa
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Slides da aula de 07/11 e gráficos da pesquisa
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Educação Ambiental
A quem possa interessar, deixo aqui uma monografia sobre Recursos Hídricos e Educação Ambiental.
Penso que pode ajudar em futuros projetos a respeito.
Bom proveito!
Penso que pode ajudar em futuros projetos a respeito.
Bom proveito!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Alteração da LDB 9394/96
Leiam a mudança que foi feita na Lei 9394/96 - é ótima para a educação pública.
O Globo - 29/10/09
Senado aprova educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos
O Senado alterou a idade de acesso às escolas públicas. Hoje, a educação gratuita é obrigatória para crianças que têm entre 7 e 14 anos. Em 2010, a idade mínima já passa para 6 anos. E, a partir de 2011, o ingresso na escola vai começar mais cedo: aos quatro anos. E a obrigatoriedade do ensino público vai terminar mais tarde: aos 17 anos.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada na noite desta quarta-feira. Essa mesma emenda também que acaba progressivamente com uma retenção de 20% sobre as verbas da educação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU). Com a medida, até 2011, a área pode receber cerca de R$ 10 bilhões, segundo o Ministério da Educação. A emenda agora será promulgada pelo Congresso Nacional.
O Globo - 29/10/09
Senado aprova educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos
O Senado alterou a idade de acesso às escolas públicas. Hoje, a educação gratuita é obrigatória para crianças que têm entre 7 e 14 anos. Em 2010, a idade mínima já passa para 6 anos. E, a partir de 2011, o ingresso na escola vai começar mais cedo: aos quatro anos. E a obrigatoriedade do ensino público vai terminar mais tarde: aos 17 anos.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada na noite desta quarta-feira. Essa mesma emenda também que acaba progressivamente com uma retenção de 20% sobre as verbas da educação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU). Com a medida, até 2011, a área pode receber cerca de R$ 10 bilhões, segundo o Ministério da Educação. A emenda agora será promulgada pelo Congresso Nacional.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Formação do Professor
Deixo postado aqui novas notícias sobre a legislação da formação do professor e das novas diretrizes curriculares da Educação Infantil.
Portal G1, 27/10/2009
Projeto que exige diploma para dar aula em creche ameaça curso de magistério Tempo de adaptação preocupa entidades e escolas. Aprovado pela Câmara, texto ainda precisa passar pelo Senado
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS
Ao mesmo tempo em que promete melhorar a qualidade do ensino em creches e pré-escolas, um projeto de lei ameaça o curso de formação de professores em nível médio Normal, conhecido como magistério, bem como os serviços prestados por entidades comunitárias. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposição da deputada Angela Amin (PP-SC) exige diploma a todos professores do ensino básico, a começar pela Educação Infantil. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, o que não tem data prevista. Embora em teoria todos concordem com o aumento da qualificação dos professores, a viabilidade da medida preocupa a comunidade escolar. A principal dúvida da presidente do Sindicreches, Susana Fogliatto, que representa 5 mil escolas privadas de Educação Infantil no Rio Grande do Sul, é quanto tempo as escolas terão para se adaptar. Segundo a deputada, autora do projeto, o prazo deve ser definido após a aprovação, quando a lei precisará ser regulamentada pelo Ministério da Educação. Com a esperada corrida às faculdades de licenciatura, uma das primeiras consequências deve ser o gradual fechamento dos cursos de formação de professores em nível médio, já decadentes nos últimos anos. No Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que chegou a ter 2 mil alunos no magistério, hoje restam cerca de 350 matriculados. Por falta de demanda, o Instituto Estadual de Educação Paulo da Gama, também na capital gaúcha, está prestes a fechar as portas. Será em 2011, quando os últimos 45 alunos concluírem seus estudos. "A lei é boa, mas precisaria pelo menos uns 10 anos para a adaptação. Com a crescente exigência por faculdade, os alunos do Normal acabam em desvantagem no vestibular, porque o currículo tem menos aulas de química e matemática, por exemplo", avalia a diretora do Paulo da Gama, Nilse Christ.
Impacto - O impacto do projeto preocupa entidades comunitárias, que sobrevivem com doações e repasses públicos. "É simplesmente a inviabilidade de funcionar", preocupa-se Fernanda Ribas, consultora jurídica do Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação de Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul, temendo o risco de fechamentos em cascata entre as 600 creches comunitárias no estado, que atendem cerca de 40 mil alunos.
Na rede privada, o cenário é outro. Apostando na qualificação como diferencial, boa parte das escolas privadas já opta por contratar professores com diploma. Na Pato – Escola de Educação Infantil, por exemplo, apenas uma das oito professoras ainda não concluiu a faculdade, e há inclusive profissionais com pós-graduação, como a pedagoga Patrícia Dexheimer, 38 anos, especializada em psicopedagogia. "A escola divide com a família a base de todas as coisas que vão influenciar a criança, por isso é muito importante um bom preparo pedagógico. Educação infantil não é recreação", argumenta a coordenadora pedagógica da escola, Laura Hoppe.
SAIBA MAIS
COMO É HOJE - Docentes da Educação Infantil até o 5ª ano do Ensino Fundamental ainda podem exercer a profissão com nível médio
COMO FICARÁ - O projeto de lei 3971/2008 exige nível superior para todos os professores da Educação Básica, a começar pelas creches. Só será admitida a contratação de professores sem curso superior em locais onde comprovadamente não houver profissionais com essa formação
INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO - O Ministério da Educação desenvolve o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. O plano prevê a oferta de cursos superiores gratuitos para professores da rede pública.
Portal UOL Educação, 27/10/2009
CNE revisa Diretrizes Curriculares para Educação Infantil -Talita Mochiute
Qual é a especificidade do trabalho educativo na primeira etapa da educação básica? Como a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos interfere no papel da Educação Infantil? Qual é a relação da Educação Infantil com as diversidades? São algumas questões presentes no debate sobre a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para Educação Infantil. Devido às mudanças pelas quais passou a educação brasileira nos últimos dez anos, a Câmara de Educação Básica (CEB) – integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) – está revisando, desde o início deste ano, as normas que norteiam as propostas pedagógicas e os planejamentos curriculares das instituições de Educação Infantil. “A última resolução é de 1999. Frente às generalidades operacionais e curriculares é fundamental que o MEC oriente as propostas pedagógicas”, comentou a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica, do MEC, Rita Coelho. As Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que estabelecem os princípios, as metas e os objetivos a serem buscados por determinada etapa da educação brasileira. Para atualizar a normatização, o CNE promoveu consulta nacional e audiências públicas nas cidades de São Luís (MA) e São Paulo (SP).
No município paulista, membros do CNE/ MEC, instituições ligadas à primeira etapa da educação básica, à infância e especialistas se reuniram na última terça-feira (20/10) na Câmara dos Vereadores para discutir a revisão do Parecer CNE/CEB nº 22/98 e da Resolução CNE/CEB nº 01/99. A ideia era discutir o documento com as indicações para a elaboração das Diretrizes. Assim, a partir do debate, incorporar as modificações ou proposições da sociedade ao texto. “Pretendemos terminar o documento até 30 de outubro. Em novembro, apresentá-lo para votação no CNE”, explicou o relator das DCNs para Educação Infantil e membro do CNE, Moacir Feitosa. Segundo a professora da Universidade de São Paulo (USP) e consultora das Diretrizes, Zilma Oliveira, o novo documento deve manter o princípio da primeira diretriz: a Educação Infantil como um direito da criança. Já a professora da USP Ribeirão e consultora das DCNs, Ana Paula Soares, lembra que é preciso pensar como será o tratamento dado às diversidades. “Vamos destacar orientações específicas para populações não-urbanas (campo, indígena e quilombola) ou traremos essas questões nos fundamentos?”, questionou.
Indicações da sociedade civil - Os participantes da audiência pública em São Paulo foram favoráveis ao destaque dado à diversidade no documento preliminar. No entanto, reivindicaram também mais ênfase ao direito à igualdade. “Além do problema da desigualdade de acesso à creche, hoje a garantia de vaga não significa igualdade de oportunidade ao conhecimento”, apontou a professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Malta Campos. Para Maria Malta, as novas diretrizes devem ainda destacar a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Como primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil precisa oferecer atividades que propiciem o letramento e a alfabetização sem caráter obrigatório”.
A professora de Educação Infantil e secretária-executiva das Escolas Waldorf no Brasil, Maria Chantal Amarante, reforçou a preocupação com o ensino de crianças em fase de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Considero a alfabetização precoce um malefício para crianças em fase de desenvolvimento motor, corporal. A alfabetização é o fim de um processo de leitura de mundo, deve ser iniciado só a partir dos 6 anos de idade”. Além do período de transição, alguns participantes, como o presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Arthur Fonseca Filho, levantaram a necessidade do documento detalhar as especificidades da creche e da pré-escola. “É absolutamente necessário tratar da creche em um bloco distinto, definindo com clareza o papel do educador em cada segmento”. A consultora Zilma Oliveira fez um contraponto a essa indicação. “É possível detalhar as orientações. A especificidade ajuda por um lado, mas atrapalha por outro. Também é preciso lembrar que é não estamos fazendo um documento de referências curriculares, mas de diretrizes”.
Por outro lado, o maior detalhamento do papel do educador da Educação Infantil foi um dos pontos de consenso. “Deve-se enfatizar a atuação intencional do professor para o desenvolvimento integral das crianças”, destacou Maria Malta. “Temos de pensar em quem faz o dia-a-dia da Educação Infantil”, complementou a integrante da comissão gestora do Fórum Paulista de Educação Infantil, Sylvie Klein. Sylvie comentou também que uma das conquistas da DCN anterior foi a definição do número máximo de alunos por professor. Por isso, o novo documento deve contemplar esse item. “Um professor não pode ficar com mais de 25 alunos em uma sala”, destacou a professora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Matilde Santos. Já os secretários municipais de Diadema e Santa Bárbara d’Oeste, Lúcia Couto e Herb Carlini, apontaram o problema da falta de recursos para Educação Infantil e a questão do acesso. “Não conseguimos atender a todos. Além disso, uma criança na creche custa o dobro de uma no Ensino Fundamental”, disse Carlini.
Articulação das DCNs - O relator das DCNs Moacir Feitosa disse que as contribuições da sociedade civil são importantes para a elaboração do documento. “Embora algumas questões levantadas sejam de gestão e financiamento, é preciso relacionar esses aspectos na hora de pensar as diretrizes”.De acordo com a assessora da organização Ação Educativa, Samantha Neves, o documento deve ser articulado com as diferentes políticas voltadas à Educação Infantil nas diferentes esferas. “Não adiantar alcançar um voo muito alto sem raízes firmes no chão”, ressaltou. Para que o documento chegue até quem está na ponta do processo educacional, como diretores, coordenadores e professores, o Núcleo de Desenvolvimento Infantil, da Universidade de Santa Catarina, representado pela professora Marilene Raupp, sugeriu que o MEC publique uma edição comentada sobre as diretrizes, esclarecendo conceitos presentes no documento.
Portal G1, 27/10/2009
Projeto que exige diploma para dar aula em creche ameaça curso de magistério Tempo de adaptação preocupa entidades e escolas. Aprovado pela Câmara, texto ainda precisa passar pelo Senado
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS
Ao mesmo tempo em que promete melhorar a qualidade do ensino em creches e pré-escolas, um projeto de lei ameaça o curso de formação de professores em nível médio Normal, conhecido como magistério, bem como os serviços prestados por entidades comunitárias. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposição da deputada Angela Amin (PP-SC) exige diploma a todos professores do ensino básico, a começar pela Educação Infantil. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, o que não tem data prevista. Embora em teoria todos concordem com o aumento da qualificação dos professores, a viabilidade da medida preocupa a comunidade escolar. A principal dúvida da presidente do Sindicreches, Susana Fogliatto, que representa 5 mil escolas privadas de Educação Infantil no Rio Grande do Sul, é quanto tempo as escolas terão para se adaptar. Segundo a deputada, autora do projeto, o prazo deve ser definido após a aprovação, quando a lei precisará ser regulamentada pelo Ministério da Educação. Com a esperada corrida às faculdades de licenciatura, uma das primeiras consequências deve ser o gradual fechamento dos cursos de formação de professores em nível médio, já decadentes nos últimos anos. No Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que chegou a ter 2 mil alunos no magistério, hoje restam cerca de 350 matriculados. Por falta de demanda, o Instituto Estadual de Educação Paulo da Gama, também na capital gaúcha, está prestes a fechar as portas. Será em 2011, quando os últimos 45 alunos concluírem seus estudos. "A lei é boa, mas precisaria pelo menos uns 10 anos para a adaptação. Com a crescente exigência por faculdade, os alunos do Normal acabam em desvantagem no vestibular, porque o currículo tem menos aulas de química e matemática, por exemplo", avalia a diretora do Paulo da Gama, Nilse Christ.
Impacto - O impacto do projeto preocupa entidades comunitárias, que sobrevivem com doações e repasses públicos. "É simplesmente a inviabilidade de funcionar", preocupa-se Fernanda Ribas, consultora jurídica do Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação de Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul, temendo o risco de fechamentos em cascata entre as 600 creches comunitárias no estado, que atendem cerca de 40 mil alunos.
Na rede privada, o cenário é outro. Apostando na qualificação como diferencial, boa parte das escolas privadas já opta por contratar professores com diploma. Na Pato – Escola de Educação Infantil, por exemplo, apenas uma das oito professoras ainda não concluiu a faculdade, e há inclusive profissionais com pós-graduação, como a pedagoga Patrícia Dexheimer, 38 anos, especializada em psicopedagogia. "A escola divide com a família a base de todas as coisas que vão influenciar a criança, por isso é muito importante um bom preparo pedagógico. Educação infantil não é recreação", argumenta a coordenadora pedagógica da escola, Laura Hoppe.
SAIBA MAIS
COMO É HOJE - Docentes da Educação Infantil até o 5ª ano do Ensino Fundamental ainda podem exercer a profissão com nível médio
COMO FICARÁ - O projeto de lei 3971/2008 exige nível superior para todos os professores da Educação Básica, a começar pelas creches. Só será admitida a contratação de professores sem curso superior em locais onde comprovadamente não houver profissionais com essa formação
INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO - O Ministério da Educação desenvolve o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. O plano prevê a oferta de cursos superiores gratuitos para professores da rede pública.
Portal UOL Educação, 27/10/2009
CNE revisa Diretrizes Curriculares para Educação Infantil -Talita Mochiute
Qual é a especificidade do trabalho educativo na primeira etapa da educação básica? Como a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos interfere no papel da Educação Infantil? Qual é a relação da Educação Infantil com as diversidades? São algumas questões presentes no debate sobre a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para Educação Infantil. Devido às mudanças pelas quais passou a educação brasileira nos últimos dez anos, a Câmara de Educação Básica (CEB) – integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) – está revisando, desde o início deste ano, as normas que norteiam as propostas pedagógicas e os planejamentos curriculares das instituições de Educação Infantil. “A última resolução é de 1999. Frente às generalidades operacionais e curriculares é fundamental que o MEC oriente as propostas pedagógicas”, comentou a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica, do MEC, Rita Coelho. As Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que estabelecem os princípios, as metas e os objetivos a serem buscados por determinada etapa da educação brasileira. Para atualizar a normatização, o CNE promoveu consulta nacional e audiências públicas nas cidades de São Luís (MA) e São Paulo (SP).
No município paulista, membros do CNE/ MEC, instituições ligadas à primeira etapa da educação básica, à infância e especialistas se reuniram na última terça-feira (20/10) na Câmara dos Vereadores para discutir a revisão do Parecer CNE/CEB nº 22/98 e da Resolução CNE/CEB nº 01/99. A ideia era discutir o documento com as indicações para a elaboração das Diretrizes. Assim, a partir do debate, incorporar as modificações ou proposições da sociedade ao texto. “Pretendemos terminar o documento até 30 de outubro. Em novembro, apresentá-lo para votação no CNE”, explicou o relator das DCNs para Educação Infantil e membro do CNE, Moacir Feitosa. Segundo a professora da Universidade de São Paulo (USP) e consultora das Diretrizes, Zilma Oliveira, o novo documento deve manter o princípio da primeira diretriz: a Educação Infantil como um direito da criança. Já a professora da USP Ribeirão e consultora das DCNs, Ana Paula Soares, lembra que é preciso pensar como será o tratamento dado às diversidades. “Vamos destacar orientações específicas para populações não-urbanas (campo, indígena e quilombola) ou traremos essas questões nos fundamentos?”, questionou.
Indicações da sociedade civil - Os participantes da audiência pública em São Paulo foram favoráveis ao destaque dado à diversidade no documento preliminar. No entanto, reivindicaram também mais ênfase ao direito à igualdade. “Além do problema da desigualdade de acesso à creche, hoje a garantia de vaga não significa igualdade de oportunidade ao conhecimento”, apontou a professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Malta Campos. Para Maria Malta, as novas diretrizes devem ainda destacar a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Como primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil precisa oferecer atividades que propiciem o letramento e a alfabetização sem caráter obrigatório”.
A professora de Educação Infantil e secretária-executiva das Escolas Waldorf no Brasil, Maria Chantal Amarante, reforçou a preocupação com o ensino de crianças em fase de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Considero a alfabetização precoce um malefício para crianças em fase de desenvolvimento motor, corporal. A alfabetização é o fim de um processo de leitura de mundo, deve ser iniciado só a partir dos 6 anos de idade”. Além do período de transição, alguns participantes, como o presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Arthur Fonseca Filho, levantaram a necessidade do documento detalhar as especificidades da creche e da pré-escola. “É absolutamente necessário tratar da creche em um bloco distinto, definindo com clareza o papel do educador em cada segmento”. A consultora Zilma Oliveira fez um contraponto a essa indicação. “É possível detalhar as orientações. A especificidade ajuda por um lado, mas atrapalha por outro. Também é preciso lembrar que é não estamos fazendo um documento de referências curriculares, mas de diretrizes”.
Por outro lado, o maior detalhamento do papel do educador da Educação Infantil foi um dos pontos de consenso. “Deve-se enfatizar a atuação intencional do professor para o desenvolvimento integral das crianças”, destacou Maria Malta. “Temos de pensar em quem faz o dia-a-dia da Educação Infantil”, complementou a integrante da comissão gestora do Fórum Paulista de Educação Infantil, Sylvie Klein. Sylvie comentou também que uma das conquistas da DCN anterior foi a definição do número máximo de alunos por professor. Por isso, o novo documento deve contemplar esse item. “Um professor não pode ficar com mais de 25 alunos em uma sala”, destacou a professora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Matilde Santos. Já os secretários municipais de Diadema e Santa Bárbara d’Oeste, Lúcia Couto e Herb Carlini, apontaram o problema da falta de recursos para Educação Infantil e a questão do acesso. “Não conseguimos atender a todos. Além disso, uma criança na creche custa o dobro de uma no Ensino Fundamental”, disse Carlini.
Articulação das DCNs - O relator das DCNs Moacir Feitosa disse que as contribuições da sociedade civil são importantes para a elaboração do documento. “Embora algumas questões levantadas sejam de gestão e financiamento, é preciso relacionar esses aspectos na hora de pensar as diretrizes”.De acordo com a assessora da organização Ação Educativa, Samantha Neves, o documento deve ser articulado com as diferentes políticas voltadas à Educação Infantil nas diferentes esferas. “Não adiantar alcançar um voo muito alto sem raízes firmes no chão”, ressaltou. Para que o documento chegue até quem está na ponta do processo educacional, como diretores, coordenadores e professores, o Núcleo de Desenvolvimento Infantil, da Universidade de Santa Catarina, representado pela professora Marilene Raupp, sugeriu que o MEC publique uma edição comentada sobre as diretrizes, esclarecendo conceitos presentes no documento.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Reflexões sobre alfabetização e método fônico
O Jornal Folha de São Paulo trouxe uma reportagem muito interessante sobre alfabetização. Penso que vale a pena ler:
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Método fônico avança na alfabetização - HÉLIO SCHWARTSMAN DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Sem alarde, sistema que associa letras a sons ganha espaço no Brasil; em países desenvolvidos, houve embate contra construtivistas. No país, polêmica sobre escolha do método durou só dois meses, quando o MEC disse em 2006 que poderia priorizar um dos sistemas.
Nos EUA, elas ficaram conhecidas como "Reading Wars" (guerras de alfabetização). Foi uma disputa encarniçada e com fortes tintas ideológicas, que chegou a ser comparada à polêmica em torno do aborto. De um lado, estavam os defensores dos métodos fônicos, que enfatizam a necessidade de ensinar a criança a associar grafemas (letras) a fonemas (sons). Do outro, perfilavam-se os construtivistas, para quem o aprendizado da leitura deve ser um ato tão "natural" quanto possível, a ser exercido com textos originais e não com obras artificiais como cartilhas. No Brasil, a coisa lembra mais a não havida Batalha de Itararé: o que prometia ser o mais sangrento conflito pedagógico do país acabou não acontecendo, e a controvérsia agora caminha para decidir-se sem traumas maiores, com os métodos fônicos ganhando espaço pelas bordas do sistema. "Os construtivistas não gostam muito, mas a questão [dos métodos] vem se resolvendo de forma pouco explícita", declarou à Folha o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Na mesma toada vai o professor de psicologia da USP Fernando Capovilla. "Sem muito alarde, as coisas estão mudando. E é bom que seja assim. A ciência demonstrou que o fônico é mais eficaz, especialmente para os mais pobres". Nos países desenvolvidos, a polêmica remonta aos anos 50, atingiu seu ápice no final dos 90 e de algum modo se resolveu a partir dos 2000, depois que os governos dos EUA, da França e do Reino Unido, com base em vários estudos comparativos, recomendaram o ensino dos elementos fônicos no processo de alfabetização. No Brasil, o "confronto final" foi evitado. Em fevereiro de 2006, Haddad propôs o debate, sugerindo a revisão dos PCNs (parâmetros curriculares nacionais) da educação básica. Os fonetistas viram aí a oportunidade de lançar o que seria o golpe de misericórdia contra o método global. Os construtivistas, por seu turno, valendo-se da privilegiada posição de linha pedagógica predominante na maioria das escolas públicas e privadas do país, prometiam resistir por todos os meios.
Silvia Colello, professora de pedagogia da USP, é uma das que se opõem aos métodos fônicos. Para ela, quando o professor adota esses programas "cartilhescos" e enfatiza o domínio do código escrito, ele "tira da língua o que ela tem de mais precioso". O aluno, diz, não se reconhece nesse artificialismo e se desinteressa. Percebendo que o debate estava a gerar mais calor do que luz, dois meses depois, em abril, Haddad anunciou que o ministério desistira de recomendar um método oficial. "Levei tanta pancada, inclusive da Folha", disse o ministro. "Mas acho que serviu para preparar o terreno. Hoje há mais clima para discutir essas questões", acrescentou. A relativa indefinição favoreceu posições mais conciliatórias, como a de Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG.
Para ela, o construtivismo teve o inegável mérito de colocar a criança como sujeito ativo no processo de aprendizagem, mas, no caso da alfabetização, acabou se tornando uma teoria sem método que substituiu o método sem teoria das cartilhas do século passado. Soares, que prepara um livro sobre o assunto, diz que existe "produção riquíssima" lá fora demonstrando a necessidade de trabalhar com elementos fônicos. Para ela, o ponto-chave para o sucesso na alfabetização é a "formação dos formadores". Experiência no molde defendido por Soares está em curso em Lagoa Santa (região metropolitana de Belo Horizonte). Ali a pedagoga Juliana Storino coordena um programa que, sem esquecer pressupostos construtivistas, como a adequação do currículo à realidade do aluno, busca desde cedo despertar a consciência fonológica dos alunos. "Apesar de já operarmos há três anos, ainda encontramos resistências por parte de professores."
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
"Trocadilhos" deram origem a alfabeto - DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Como o arco e a flecha, a escrita é uma tecnologia que foi inventada mais de uma vez. Os dois primeiros sistemas de que se tem notícia, o hieroglífico egípcio, que parece ter surgido por volta de 3100 a.C., e o cuneiforme sumério, mais ou menos de 3300 a.C., mas cujos sinais precursores remontam a 8000 a.C., partiram de uma representação ideográfica do que se desejava representar. Isso significa que o hieróglifo egípcio correspondente a um touro significa mesmo "touro". De forma já um pouco mais sofisticada, o desenho de uma orelha de vaca significa "ouvir". Num grau ainda maior de elaboração, os antigos egípcios passaram a valer-se também de trocadilhos, vá lá, infames. Feitas as adaptações para o português, o desenho de um rei, seguido do de uma casa e do de uma rainha significaria "o rei [se] casa com a rainha". Esse é o truque que, numa evolução posterior, resultará na escrita alfabética. As representações ideográficas cedem lugar a novas formas em que os sinais já não se referem às coisas, mas a sons da língua falada. Com isso, pode-se registrar virtualmente tudo, inclusive nomes próprios e ideias abstratas, que antes representavam um obstáculo difícil de contornar. O alfabeto, mais ou menos como nós o conhecemos, em que as letras correspondem apenas a sons, surge no segundo milênio antes de Cristo. Ao que tudo indica, foram os fenícios, com o alfabeto proto-sinaítico, que radicalizam o que já se insinuava nas escritas suméria e egípcia e passam a fazer com que cada sinal corresponda a um som da língua, decompondo-a em elementos mínimos. A partir disso, surgem quase todos demais alfabetos.
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Cérebro não se adaptou à escrita, o que dificulta a aprendizagem
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Alfabetizar uma pessoa é difícil porque nossos cérebros ainda não tiveram tempo de adaptar-se à escrita, uma conquista relativamente recente. A comparação cabível é com a aquisição da linguagem. Para uma criança aprender um idioma, é só atirá-la numa comunidade onde se fale a língua em questão. Em pouco tempo ela estará proficiente e corrigindo seus pais, se eles não forem falantes nativos. Não há necessidade de instrução formal. Essa foi uma das razões que levou o linguista Noam Chomsky a postular a hipótese, hoje bem aceita, de que nossos cérebros já vêm de fábrica com um órgão da linguagem. Com a escrita é bem diferente. As mais recentes evidências colhidas pela psicolinguística mostram que a alfabetização não vem "naturalmente". Isso contraria pressupostos do método construtivista, nos quais se apresentam ao aluno palavras inteiras esperando que ele decomponha o código e deduza os elementos que o constituem.
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Método fônico avança na alfabetização - HÉLIO SCHWARTSMAN DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Sem alarde, sistema que associa letras a sons ganha espaço no Brasil; em países desenvolvidos, houve embate contra construtivistas. No país, polêmica sobre escolha do método durou só dois meses, quando o MEC disse em 2006 que poderia priorizar um dos sistemas.
Nos EUA, elas ficaram conhecidas como "Reading Wars" (guerras de alfabetização). Foi uma disputa encarniçada e com fortes tintas ideológicas, que chegou a ser comparada à polêmica em torno do aborto. De um lado, estavam os defensores dos métodos fônicos, que enfatizam a necessidade de ensinar a criança a associar grafemas (letras) a fonemas (sons). Do outro, perfilavam-se os construtivistas, para quem o aprendizado da leitura deve ser um ato tão "natural" quanto possível, a ser exercido com textos originais e não com obras artificiais como cartilhas. No Brasil, a coisa lembra mais a não havida Batalha de Itararé: o que prometia ser o mais sangrento conflito pedagógico do país acabou não acontecendo, e a controvérsia agora caminha para decidir-se sem traumas maiores, com os métodos fônicos ganhando espaço pelas bordas do sistema. "Os construtivistas não gostam muito, mas a questão [dos métodos] vem se resolvendo de forma pouco explícita", declarou à Folha o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Na mesma toada vai o professor de psicologia da USP Fernando Capovilla. "Sem muito alarde, as coisas estão mudando. E é bom que seja assim. A ciência demonstrou que o fônico é mais eficaz, especialmente para os mais pobres". Nos países desenvolvidos, a polêmica remonta aos anos 50, atingiu seu ápice no final dos 90 e de algum modo se resolveu a partir dos 2000, depois que os governos dos EUA, da França e do Reino Unido, com base em vários estudos comparativos, recomendaram o ensino dos elementos fônicos no processo de alfabetização. No Brasil, o "confronto final" foi evitado. Em fevereiro de 2006, Haddad propôs o debate, sugerindo a revisão dos PCNs (parâmetros curriculares nacionais) da educação básica. Os fonetistas viram aí a oportunidade de lançar o que seria o golpe de misericórdia contra o método global. Os construtivistas, por seu turno, valendo-se da privilegiada posição de linha pedagógica predominante na maioria das escolas públicas e privadas do país, prometiam resistir por todos os meios.
Silvia Colello, professora de pedagogia da USP, é uma das que se opõem aos métodos fônicos. Para ela, quando o professor adota esses programas "cartilhescos" e enfatiza o domínio do código escrito, ele "tira da língua o que ela tem de mais precioso". O aluno, diz, não se reconhece nesse artificialismo e se desinteressa. Percebendo que o debate estava a gerar mais calor do que luz, dois meses depois, em abril, Haddad anunciou que o ministério desistira de recomendar um método oficial. "Levei tanta pancada, inclusive da Folha", disse o ministro. "Mas acho que serviu para preparar o terreno. Hoje há mais clima para discutir essas questões", acrescentou. A relativa indefinição favoreceu posições mais conciliatórias, como a de Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG.
Para ela, o construtivismo teve o inegável mérito de colocar a criança como sujeito ativo no processo de aprendizagem, mas, no caso da alfabetização, acabou se tornando uma teoria sem método que substituiu o método sem teoria das cartilhas do século passado. Soares, que prepara um livro sobre o assunto, diz que existe "produção riquíssima" lá fora demonstrando a necessidade de trabalhar com elementos fônicos. Para ela, o ponto-chave para o sucesso na alfabetização é a "formação dos formadores". Experiência no molde defendido por Soares está em curso em Lagoa Santa (região metropolitana de Belo Horizonte). Ali a pedagoga Juliana Storino coordena um programa que, sem esquecer pressupostos construtivistas, como a adequação do currículo à realidade do aluno, busca desde cedo despertar a consciência fonológica dos alunos. "Apesar de já operarmos há três anos, ainda encontramos resistências por parte de professores."
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
"Trocadilhos" deram origem a alfabeto - DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Como o arco e a flecha, a escrita é uma tecnologia que foi inventada mais de uma vez. Os dois primeiros sistemas de que se tem notícia, o hieroglífico egípcio, que parece ter surgido por volta de 3100 a.C., e o cuneiforme sumério, mais ou menos de 3300 a.C., mas cujos sinais precursores remontam a 8000 a.C., partiram de uma representação ideográfica do que se desejava representar. Isso significa que o hieróglifo egípcio correspondente a um touro significa mesmo "touro". De forma já um pouco mais sofisticada, o desenho de uma orelha de vaca significa "ouvir". Num grau ainda maior de elaboração, os antigos egípcios passaram a valer-se também de trocadilhos, vá lá, infames. Feitas as adaptações para o português, o desenho de um rei, seguido do de uma casa e do de uma rainha significaria "o rei [se] casa com a rainha". Esse é o truque que, numa evolução posterior, resultará na escrita alfabética. As representações ideográficas cedem lugar a novas formas em que os sinais já não se referem às coisas, mas a sons da língua falada. Com isso, pode-se registrar virtualmente tudo, inclusive nomes próprios e ideias abstratas, que antes representavam um obstáculo difícil de contornar. O alfabeto, mais ou menos como nós o conhecemos, em que as letras correspondem apenas a sons, surge no segundo milênio antes de Cristo. Ao que tudo indica, foram os fenícios, com o alfabeto proto-sinaítico, que radicalizam o que já se insinuava nas escritas suméria e egípcia e passam a fazer com que cada sinal corresponda a um som da língua, decompondo-a em elementos mínimos. A partir disso, surgem quase todos demais alfabetos.
Folha de São Paulo, 26/10/2009 - São Paulo SP
Cérebro não se adaptou à escrita, o que dificulta a aprendizagem
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS
Alfabetizar uma pessoa é difícil porque nossos cérebros ainda não tiveram tempo de adaptar-se à escrita, uma conquista relativamente recente. A comparação cabível é com a aquisição da linguagem. Para uma criança aprender um idioma, é só atirá-la numa comunidade onde se fale a língua em questão. Em pouco tempo ela estará proficiente e corrigindo seus pais, se eles não forem falantes nativos. Não há necessidade de instrução formal. Essa foi uma das razões que levou o linguista Noam Chomsky a postular a hipótese, hoje bem aceita, de que nossos cérebros já vêm de fábrica com um órgão da linguagem. Com a escrita é bem diferente. As mais recentes evidências colhidas pela psicolinguística mostram que a alfabetização não vem "naturalmente". Isso contraria pressupostos do método construtivista, nos quais se apresentam ao aluno palavras inteiras esperando que ele decomponha o código e deduza os elementos que o constituem.
sábado, 24 de outubro de 2009
Ilha das Flores - consumo e desigualdade social
Deixo aqui postagem do curta-metragem Ilha das Flores -bairro localizado na periferia de Pouso Alegre e retratando de maneira ácida e divertida a mecânica da sociedade de consumo. Tenho certeza de que será de crescimento para todos nós, e de utilidade para uma aluna que o usará em seu trabalho de escola. O curta foi feito acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora. O objetivo é escancarar o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho, e isso é conseguido de maneira brilhante.
Assistam. Vão gostar.
Ficha Técnica:
Produção - Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia - Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro : Jorge Furtado
Edição: Giba Assis Brasil
Direção de Arte: Fiapo Barth
Trilha original: Geraldo Flach
Narração: Paulo José
Prêmios: Urso de Prata no Festival de Berlim 1990; Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991; Melhor Curta no Festival de Gramado 1989; Melhor Edição no Festival de Gramado 1989; Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989; Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989; Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991.
Assistam. Vão gostar.
Ficha Técnica:
Produção - Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia - Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro : Jorge Furtado
Edição: Giba Assis Brasil
Direção de Arte: Fiapo Barth
Trilha original: Geraldo Flach
Narração: Paulo José
Prêmios: Urso de Prata no Festival de Berlim 1990; Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991; Melhor Curta no Festival de Gramado 1989; Melhor Edição no Festival de Gramado 1989; Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989; Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989; Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991.
Apostila de História da Educação
Alunos do 2º período de Pedagogia,
Para quem ainda não reproduziu a apostila deste bimestre e quiser acessá-la por aqui, disponibilizo o link para baixá-la:
Apostila 2º bimestre
Para quem ainda não reproduziu a apostila deste bimestre e quiser acessá-la por aqui, disponibilizo o link para baixá-la:
Apostila 2º bimestre
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Formação do Professor
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Exigência de formação para o professor
sábado, 10 de outubro de 2009
aula de sábado - 10/10/09
Aos alunos do 2º período,
Posto aqui o arquivo contendo a aula de sábado, para quem se interessar.
Um beijo a todos e bom feriadão.
Profª Marcia
Posto aqui o arquivo contendo a aula de sábado, para quem se interessar.
Um beijo a todos e bom feriadão.
Profª Marcia
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Slides da aula do dia 10/10/09
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Arte final da Camiseta da Pedagogia
Alunos do 2º período,
A Emiliane, profissional da Stockcamisetas, enviou a arte final da camiseta de Pedagogia para nossa aprovação. Foram feitas algumas modificações para que o desenho se encaixe melhor aos padrões de silk. Algumas cores também foram adaptadas, pois as cores das tintas não batem com as cores do Coreldraw (programa de computador). Tomei a liberdade de já confirmar com ela as modificações, pois não são significativas no desenho como um todo. Vejam como ficou:
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Camiseta da Pedagogia
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Temas transversais - Trabalho e Consumo
Alunos do 6º período de Pedagogia,
Conversamos, na última aula, sobre o tema transversal Trabalho e Consumo, acrescentado pelo MEC após a elaboração dos outros quatro temas. O MEC tem sugerido também o trabalho com o tema Educação para o Trânsito.
Deixo abaixo comentários genéricos sobre esses dois temas, a fim de situá-los e orientá-los na elaboração de planos de ensino e sequências didáticas.
Trabalho e Consumo
Este tema incorpora no currículo escolar demandas sociais urgentes, de abrangência nacional, passíveis de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e com importante papel na promoção da participação social e política. Seus pressupostos são os seguintes: em todo produto ou serviço consumido existe trabalho social; este trabalho é realizado segundo determinadas relações de trabalho que não são naturais e sim construídas historicamente, sendo, portanto, passíveis de crítica, intervenção e transformação.
Busca-se, portanto, pela análise do trabalho e do consumo na atualidade, explicitar as relações sociais nas quais se produzem as necessidades, os desejos e os produtos e serviços que irão satisfazê-los. Participar dos debates sobre as formas de realização e organização do trabalho e do consumo, compreendendo suas relações, dependências, dilemas e direitos vinculados, assim como os valores que lhe são associados, subsidiará uma atitude crítica, na perspectiva da valorização de formas de ação que favoreçam uma melhor distribuição da riqueza produzida socialmente.
Educação para o Trânsito
Este tema tem por objetivo trazer a tona, em sala de aula, questões sociais que possibilitem a construção da democracia e da cidadania.
Pense-se, por exemplo, o direito ao transporte associado à qualidade do meio ambiente; ou a convivência no espaço público e o desrespeito às regras de trânsito, ou ainda, a segurança de motoristas e pedestres (O trânsito brasileiro é um dos que, no mundo, causa maior número de mortes). Assim, de forma ampla, o tema trânsito nos remete a refletir sobre as características de nossos modos de vida e nossas relações sociais.
Conversamos, na última aula, sobre o tema transversal Trabalho e Consumo, acrescentado pelo MEC após a elaboração dos outros quatro temas. O MEC tem sugerido também o trabalho com o tema Educação para o Trânsito.
Deixo abaixo comentários genéricos sobre esses dois temas, a fim de situá-los e orientá-los na elaboração de planos de ensino e sequências didáticas.
Trabalho e Consumo
Este tema incorpora no currículo escolar demandas sociais urgentes, de abrangência nacional, passíveis de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e com importante papel na promoção da participação social e política. Seus pressupostos são os seguintes: em todo produto ou serviço consumido existe trabalho social; este trabalho é realizado segundo determinadas relações de trabalho que não são naturais e sim construídas historicamente, sendo, portanto, passíveis de crítica, intervenção e transformação.
Busca-se, portanto, pela análise do trabalho e do consumo na atualidade, explicitar as relações sociais nas quais se produzem as necessidades, os desejos e os produtos e serviços que irão satisfazê-los. Participar dos debates sobre as formas de realização e organização do trabalho e do consumo, compreendendo suas relações, dependências, dilemas e direitos vinculados, assim como os valores que lhe são associados, subsidiará uma atitude crítica, na perspectiva da valorização de formas de ação que favoreçam uma melhor distribuição da riqueza produzida socialmente.
Educação para o Trânsito
Este tema tem por objetivo trazer a tona, em sala de aula, questões sociais que possibilitem a construção da democracia e da cidadania.
Pense-se, por exemplo, o direito ao transporte associado à qualidade do meio ambiente; ou a convivência no espaço público e o desrespeito às regras de trânsito, ou ainda, a segurança de motoristas e pedestres (O trânsito brasileiro é um dos que, no mundo, causa maior número de mortes). Assim, de forma ampla, o tema trânsito nos remete a refletir sobre as características de nossos modos de vida e nossas relações sociais.
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Metodologia de História e Temas Transversais
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Avaliação Escrita de História da Educação I
Alunos do 2º período de Pedagogia,
Uma colega de vocês me procurou para tirar dúvidas a respeito do conteúdo que será cobrado na 4ª feira na avaliação escrita.
Penso que é interessante partilhar com todos os esclarecimentos e dicas que dei, assim podemos estudar juntos na mesma linha de pensamento:
1ª dúvida: "Poderia me ajudar a entender o sentido de ideal homérico?"
Resposta: No caso do nosso estudo, o ideal homérico refere-se ao ideal de homem aristocrata que a sociedade da época arcaica concebia: o homem ideal era o herói, ou seja, aquele que tinha as virtudes da força, da beleza, da agilidade e do vigor físico, e estava pronto a vencer qualquer disputa.
Era o culto aos heróis. Eles tinham virtudes muito admiradas na Grécia durante o período pré-socrático, e que todos buscavam desenvolver.
É uma visão idealizada da educação que setores dominantes da época impunham a sociedade.
Esse ideal perdurou no período pré-socrático, na época arcaica. Posteriormente esse ideal homérico transferiu-se para os esportes e a espada foi gradativamente substituída pela palavra, também tão caras a Grécia durante o período socrático (época clássica). Do ideal de guerreiro nobre, de pouca instrução, passou-se ao cavaleiro culto, interessado nos assuntos públicos da cidade. E numa escala evolutiva de ideal de homem (que se completou na época helenística), concebeu-se a paidéia, que representou o ideal de educação que a Grécia tinha.
Veja o quadro comparativo abaixo, para você entender onde o ideal homérico se insere na Grécia:
2ª dúvida: Posso comparar o texto 3 "O homem é a medida de todas as coisas", como sendo um homem com este ideal, ou seja, guerreiro, culto, audaz, integro?
3ª dúvida: Sua prova é de múltipla escolha ou de questões dissertativas?
Resposta: A prova que elaborei não tem nenhuma questão de múltipla escolha. São 4 questões abertas, dissertativas. Três perguntas referem-se aos textos que lhes passei (dou o texto e faço uma pergunta a respeito dele; para responder você deve saber o conteúdo da apostila pois peço para fazer referência a ele ao responder a pergunta). Uma pergunta refere-se a um conteúdo da apostila.
Uma colega de vocês me procurou para tirar dúvidas a respeito do conteúdo que será cobrado na 4ª feira na avaliação escrita.
Penso que é interessante partilhar com todos os esclarecimentos e dicas que dei, assim podemos estudar juntos na mesma linha de pensamento:
1ª dúvida: "Poderia me ajudar a entender o sentido de ideal homérico?"
Resposta: No caso do nosso estudo, o ideal homérico refere-se ao ideal de homem aristocrata que a sociedade da época arcaica concebia: o homem ideal era o herói, ou seja, aquele que tinha as virtudes da força, da beleza, da agilidade e do vigor físico, e estava pronto a vencer qualquer disputa.
Era o culto aos heróis. Eles tinham virtudes muito admiradas na Grécia durante o período pré-socrático, e que todos buscavam desenvolver.
É uma visão idealizada da educação que setores dominantes da época impunham a sociedade.
Esse ideal perdurou no período pré-socrático, na época arcaica. Posteriormente esse ideal homérico transferiu-se para os esportes e a espada foi gradativamente substituída pela palavra, também tão caras a Grécia durante o período socrático (época clássica). Do ideal de guerreiro nobre, de pouca instrução, passou-se ao cavaleiro culto, interessado nos assuntos públicos da cidade. E numa escala evolutiva de ideal de homem (que se completou na época helenística), concebeu-se a paidéia, que representou o ideal de educação que a Grécia tinha.
Veja o quadro comparativo abaixo, para você entender onde o ideal homérico se insere na Grécia:
Quadro Comparativo da Educação
Características | Polis arcaica (anterior ao século V a.C.) | Polis clássica (séculos V e IV a.C.) |
Objetivos da educação | O guerreiro audaz, corajoso e valente, formado pela arte militar e obediente ao clã | O cavaleiro culto, o cidadão ativo da polis, formado pela escola cívica a serviço da cidade |
Instrumento símbolo | A espada | A palavra |
Técnica | o combate singular | A ginástica, os corais, a leitura |
Método de ensino | A pederastia: o guerreiro mais velho e o seu escudeiro | A pedagogia: o didático e os estudantes |
Cultura | A poesia épica de Homero | A poesia, a filosofia, a gramática, a retórica e a oratória |
Resposta: Antes esclareço uma confusão que você fez: O guerreiro não era culto, a palavra para ele não era importante, o físico é que valia. Esse não era um valor da época arcaica.
Culto era o cidadão, virtude da época clássica.
Respondendo ao seu questionamento: A comparação não pode ser feita. Ela está errada.
Para o homem ser a medida de todas as coisas, ele precisa ser responsável pelo que faz e pelas decisões que toma. A medida com que ele julga o que é bom ou não para ele é de decisão e responsabilidade dele mesmo, tomada a partir de seu raciocínio e de sua razão, não influenciado pelos deuses e pelos desígnios divinos.
O guerreiro viveu numa época em que os deuses conduziam suas vidas a seu bel prazer. Foi a época de Homero, dos deuses como Aquiles na época da Guerra de Tróia, conforme vimos em aula. Ulisses era o herói que encarnava o ideal homérico, mas sua vida era dirigida pelos deuses. Portanto, tudo o que lhe acontecia e as decisões que tomava não eram de sua responsabilidade e sim culpa dos deuses, que decidiam seu destino.
Na época do Sofista Protágoras, a filosofia já dominava a sociedade e o homem pensava por ele mesmo e não mais pelos deuses. O mundo mítico havia sido superado pelo mundo racional. Por isso, quando ele afirma que "o homem é a medida de todas as coisas" ele está querendo dizer que o homem decide e arca com as consequências de sua decisão, ele é o responsável por sua vida, pelas coisas que lhe acontecem, as referências do que é melhor ou pior vêem de sua cabeça e de sua moral e não dos caprichos dos deuses.
3ª dúvida: Sua prova é de múltipla escolha ou de questões dissertativas?
Resposta: A prova que elaborei não tem nenhuma questão de múltipla escolha. São 4 questões abertas, dissertativas. Três perguntas referem-se aos textos que lhes passei (dou o texto e faço uma pergunta a respeito dele; para responder você deve saber o conteúdo da apostila pois peço para fazer referência a ele ao responder a pergunta). Uma pergunta refere-se a um conteúdo da apostila.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Análise dos PCN de História
Alunos do 6º período de Pedagogia,
Posto aqui a análise dos parâmetros curriculares de História do 1º e 2º ciclos do ensino fundamental que fizemos juntos na aula de hoje.
Espero que ajude no trabalho que devem entregar na 5ª feira.
Um abraço a todos,
Profª Marcia
Posto aqui a análise dos parâmetros curriculares de História do 1º e 2º ciclos do ensino fundamental que fizemos juntos na aula de hoje.
Espero que ajude no trabalho que devem entregar na 5ª feira.
Um abraço a todos,
Profª Marcia
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PCN História - 1º e 2º Ciclos
sábado, 26 de setembro de 2009
UNIVERSITAS SOCIAL - Pedagogia
Voluntários do 2º período de Pedagogia,
Hoje estava bom demais fazendo o trabalho voluntário no bairro da Piedade.
Além de produtivo, foi também muito divertido.Valeu a pena!
Aqui vão as fotos de alguns momentos que vivemos no evento:
Pessoal, agora é esperar o próximo evento. Estaremos lá registrando tudo. Parabéns para os que puderam ir e trabalhar. Tenho certeza de que foi uma ótima oportunidade para testarmos nossa vocação de professores. O trabalho e o envolvimento de vocês, feito de maneira responsável e comprometida, foi excelente. Valeu a pena!
Profª Marcia
Hoje estava bom demais fazendo o trabalho voluntário no bairro da Piedade.
Além de produtivo, foi também muito divertido.Valeu a pena!
Aqui vão as fotos de alguns momentos que vivemos no evento:
Pessoal, agora é esperar o próximo evento. Estaremos lá registrando tudo. Parabéns para os que puderam ir e trabalhar. Tenho certeza de que foi uma ótima oportunidade para testarmos nossa vocação de professores. O trabalho e o envolvimento de vocês, feito de maneira responsável e comprometida, foi excelente. Valeu a pena!
Profª Marcia
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Fotos do trabalho social da Pedagogia - 26/09/09
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Construção da noção de tempo na criança
QUANDO O ALUNO AJUSTA OS PONTEIROS E DESCOBRE O TEMPO
Para dominar a noção de tempo, a criança pequena precisa desenvolver a percepção sobre a sequência dos eventos e sua duração.
Vídeo: Noção de tempo: Como os pequenos se relacionam com as medidas de tempo? Como se organizam nele? Acompanhe neste vídeo o que as falas das crianças "dizem" sobre isso.
"Esse roxo sou eu depois. Tem minha perna grande, meu cabelão. Esse preto é eu quando eu for pequena." Gabriela*. Reprodução/Agradecimento Escola Viva
"Por que eu sempre fico para o fim das coisas?!" Foi com essa mistura de protesto e autocomiseração que Ian, 4 anos, reagiu ao ter uma triste notícia: ele só faria aniversário no fim do ano. Para a criança pequena, lidar com a espera, por mais simples que pareça a um adulto, é um fator de grande inquietação. Isso porque a noção de tempo - um dos principais organizadores da vida em sociedade e da representação das experiências humanas - ainda está em construção nos primeiros anos de vida. (Assista ao vídeo em que crianças falam sobre a noção de tempo, logo acima)
Assim, dizer a Ian que ele deve aguardar três meses até o seu aniversário é o mesmo que dizer que não há previsão para esse dia chegar. O relacionamento de maneira plena com o tempo e as implicações que a ele dizem respeito - as ideias de duração e de sequência de eventos - só é alcançado ao fim de um processo relativamente longo.
"O tempo objetivo, que medimos com o relógio e o calendário, é uma construção humana e não uma natureza pronta e observável", diz Valéria Milena Röhrich Ferreira, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Operar com esse conceito, tão abstrato, é uma aprendizagem complexa e vai além de compreender seu sistema de quantificação."
Um sinal de que os pequenos ainda experimentam nesse campo é a confusão no uso de marcadores temporais, tão frequentes em sua fala. A descrição de Gabriela, 4 anos, sobre seu desenho é um exemplo disso: "Aqui é quando eu for pequena", diz ela, referindo-se à sua aparência atual.
A importância da ideia de sequência
Nos primeiros anos de vida, a criança é muito focada no presente e nas ações que nele se dão. Brincar, assistir a um desenho na TV, tomar banho: os pequenos não têm consciência de que uma ação é seguida por outra e que, em geral, elas se repetem em uma determinada ordem em seu dia a dia.
Conforme vai vivenciando esse mundo, ela começa a perceber a existência de ciclos, sua primeira referência de que o tempo passa. Nessa perspectiva, o trabalho sobre a rotina escolar - em que o professor antecipa as atividades do dia e a sua ordem - é fundamental. Com ele, os pequenos observam a regularidade nessa sequência de eventos, podem pouco a pouco antecipá-la e, mais tarde, até relacioná-la às horas do relógio, por exemplo, ainda que de forma rudimentar (sem compreender, de fato, o funcionamento desse sistema de medição).
Essa percepção da rotina é o embrião de um aspecto importante na compreensão sobre o tempo: a noção de que as coisas acontecem em uma ordem, ou seja, de que o que se faz no momento é antecedido e será seguido por algo - a ideia de sequência. "Organizar as ações no tempo dá à criança a possibilidade de constituir uma história pessoal, de pensar em passado", afirma Lino de Macedo, docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). "Com isso, ela pode reconhecer seu repertório, sua trajetória como indivíduo, e vai delineando sua identidade. Por mais que inicialmente isso tenha de ser feito com a ajuda de pais e professores."
Com essa percepção, a criança pode pensar em sua própria história e também estabelecer conexões dela com outras - a de colegas de classe, parentes e, aos poucos, de grupos mais distantes.
"Essa sou eu grande e eu pequena. E no meio é a minha mãe. Eu também tenho uma irmã, a Julinha." Beatriz
"Quem é mais velha, você ou a Julinha?" Monique
"Sou eu, porque eu nasci primeiro." Beatriz
"Quanto tempo antes você nasceu?" Monique
"Não sei, eu não me lembro. Tenho 4 anos." Beatriz
Reprodução/Agradecimento Escola Viva
A noção de duração ajuda a criar a capacidade de medir
O tempo é um fluxo - todo possível fim é seguido de um começo, numa sequência sem nenhuma previsão para acabar. O homem, porém, precisa pensar em prazos para poder planejar - uma necessidade que aparece bem cedo, como vemos no exemplo de Ian, no início do texto. "Ao perceber a existência de ciclos, é quase uma consequência que se conte a quantidade deles, juntando o tempo cíclico com o linear", diz Lino de Macedo. "Os antigos quantificavam o tempo dessa mesma maneira. A mulher grávida, por exemplo, sabia de antemão que a cada nove luas cheias ela daria à luz."
Quando chegam à escola, os pequenos costumam se inquietar com a partida dos pais. Isso se dá, em grande parte, porque eles ainda não são capazes de visualizar quando irão reencontrar a família - a duração dessa separação, justamente. Essa questão também é trabalhada com a vivência da rotina escolar, em que a sequência de atividades permite antecipar o que farão antes de voltar para casa. Com isso, são capazes de mensurar o tempo, ainda que intuitivamente, e iniciam-se nos princípios de medição. Para Lino, um salto transformador se dá com isso. "Se a ideia de sequência permite à criança se relacionar com o passado, a de duração possibilita lidar com o que ainda está por vir", argumenta ele.
"Quando os bebês nascem, eles são velhos. Já estão todos enrugados." Caio
Embora os sistemas convencionais de medida sejam ainda muito complexos, é importante que os pequenos tenham contato com eles. "Por volta dos 3 anos, as crianças já demonstram interesse e começam a fazer perguntas relativas ao relógio, aos dias da semana, aos meses", explica Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Segundo ela, o professor de Educação Infantil pode apresentar às turmas esses portadores, como o calendário. "Uma forma de explorá-lo no dia a dia escolar é a consulta de quantos dias faltam até uma determinada data de interesse da turma, como uma festa e o aniversário de alguma das crianças", sugere a formadora. O objetivo com essa proposta não é que as crianças se pautem pelo tempo do relógio ou do calendário - algo impraticável nessa altura do desenvolvimento infantil, em que seu pensamento ainda não é lógico-dedutivo -, mas que elas comecem a refletir sobre as práticas de sua cultura relacionadas à forma de se organizar no tempo.
Enquanto ainda não domina os sistemas convencionais, a criança pequena cria alguns parâmetros próprios para se relacionar com a passagem do tempo. Um interesse comum entre os pequenos, por exemplo, é saber a ordem de nascimento de seu grupo de amigos ou primos. Como, no início, ela ainda não domina o sistema numérico, a idade ainda não é seu principal critério de medição. É o que constatamos na fala de Eric, 4 anos, ao responder se era mais velho do que um amigo: "Eu sou mais alto do que o Tato, então, sou mais velho".
"Qual brinquedo você mais gostava quando era criança?" Álvaro
"Minha bicicleta vermelha." Pai
"Vermelha? Mas na sua época não era tudo preto e branco?" Álvaro
A altura seria um indicador de alguém ter mais anos de vida, já que a correspondência entre idade e estatura costuma funcionar entre as crianças. "Todos captamos a ação do tempo pela transformação de algo que continua existindo", diz Maria Luiza Leão, psicopedagoga e diretora do Tekoa - Centro de Estudos da Aprendizagem, no Rio de Janeiro. "Crescer, ser alto, é algo que demonstra uma transformação a partir do pequeno." Cabe ao adulto questionar esse parâmetro constituído pelas crianças, apontando casos em que ele não é válido - se a avó da criança tem 1,50 metro, e seu primo adolescente, 1,80 metro, talvez seja melhor usar outra maneira para definir quem é mais velho.
O uso dos parâmetros pessoais, por outro lado, faz parte do desenvolvimento da criança e demonstra que ela percebe a importância de se organizar com base em referências temporais. O que de início se pauta pelo princípio da comparação aos poucos caminha para a compreensão do funcionamento dos sistemas convencionais de medição. Uma criança pode pensar sobre os anos de seu avô (60, por exemplo) contrapondo-os aos 6 anos que ela tem: com a referência de sua própria idade, consegue se relacionar com a de seu avô. Mas como usar o mesmo parâmetro para comparar cifras tão distantes quanto o seu tempo de vida e a época em que viveram os dinossauros? Conforme ela volta o interesse para o mundo, torna-se mais importante trazer para suas representações referências temporais para todas as situações em que medidas de tempo sejam requisitadas, como as horas, os dias e os anos. "É como se ela iniciasse uma jornada que a afastasse de sua experiência para ter um olhar mais amplo", diz Maria Luiza.
Vídeo: Dia e Noite: A criança pequena tem uma forma particular de pensar e de construir explicações para o funcionamento dos fenômenos que observa no mundo. No vídeo, crianças de 3 a 6 anos contam como acreditam que o dia e a noite se alternam todos os dias. A educadora Monique Deheinzelin parte dessas "teorias" para falar sobre a forma como se constitui o pensamento dos pequenos.
Para dominar a noção de tempo, a criança pequena precisa desenvolver a percepção sobre a sequência dos eventos e sua duração.
Vídeo: Noção de tempo: Como os pequenos se relacionam com as medidas de tempo? Como se organizam nele? Acompanhe neste vídeo o que as falas das crianças "dizem" sobre isso.
"Esse roxo sou eu depois. Tem minha perna grande, meu cabelão. Esse preto é eu quando eu for pequena." Gabriela*. Reprodução/Agradecimento Escola Viva
"Por que eu sempre fico para o fim das coisas?!" Foi com essa mistura de protesto e autocomiseração que Ian, 4 anos, reagiu ao ter uma triste notícia: ele só faria aniversário no fim do ano. Para a criança pequena, lidar com a espera, por mais simples que pareça a um adulto, é um fator de grande inquietação. Isso porque a noção de tempo - um dos principais organizadores da vida em sociedade e da representação das experiências humanas - ainda está em construção nos primeiros anos de vida. (Assista ao vídeo em que crianças falam sobre a noção de tempo, logo acima)
Assim, dizer a Ian que ele deve aguardar três meses até o seu aniversário é o mesmo que dizer que não há previsão para esse dia chegar. O relacionamento de maneira plena com o tempo e as implicações que a ele dizem respeito - as ideias de duração e de sequência de eventos - só é alcançado ao fim de um processo relativamente longo.
"O tempo objetivo, que medimos com o relógio e o calendário, é uma construção humana e não uma natureza pronta e observável", diz Valéria Milena Röhrich Ferreira, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Operar com esse conceito, tão abstrato, é uma aprendizagem complexa e vai além de compreender seu sistema de quantificação."
Um sinal de que os pequenos ainda experimentam nesse campo é a confusão no uso de marcadores temporais, tão frequentes em sua fala. A descrição de Gabriela, 4 anos, sobre seu desenho é um exemplo disso: "Aqui é quando eu for pequena", diz ela, referindo-se à sua aparência atual.
A importância da ideia de sequência
Nos primeiros anos de vida, a criança é muito focada no presente e nas ações que nele se dão. Brincar, assistir a um desenho na TV, tomar banho: os pequenos não têm consciência de que uma ação é seguida por outra e que, em geral, elas se repetem em uma determinada ordem em seu dia a dia.
Conforme vai vivenciando esse mundo, ela começa a perceber a existência de ciclos, sua primeira referência de que o tempo passa. Nessa perspectiva, o trabalho sobre a rotina escolar - em que o professor antecipa as atividades do dia e a sua ordem - é fundamental. Com ele, os pequenos observam a regularidade nessa sequência de eventos, podem pouco a pouco antecipá-la e, mais tarde, até relacioná-la às horas do relógio, por exemplo, ainda que de forma rudimentar (sem compreender, de fato, o funcionamento desse sistema de medição).
Essa percepção da rotina é o embrião de um aspecto importante na compreensão sobre o tempo: a noção de que as coisas acontecem em uma ordem, ou seja, de que o que se faz no momento é antecedido e será seguido por algo - a ideia de sequência. "Organizar as ações no tempo dá à criança a possibilidade de constituir uma história pessoal, de pensar em passado", afirma Lino de Macedo, docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). "Com isso, ela pode reconhecer seu repertório, sua trajetória como indivíduo, e vai delineando sua identidade. Por mais que inicialmente isso tenha de ser feito com a ajuda de pais e professores."
Com essa percepção, a criança pode pensar em sua própria história e também estabelecer conexões dela com outras - a de colegas de classe, parentes e, aos poucos, de grupos mais distantes.
"Essa sou eu grande e eu pequena. E no meio é a minha mãe. Eu também tenho uma irmã, a Julinha." Beatriz
"Quem é mais velha, você ou a Julinha?" Monique
"Sou eu, porque eu nasci primeiro." Beatriz
"Quanto tempo antes você nasceu?" Monique
"Não sei, eu não me lembro. Tenho 4 anos." Beatriz
Reprodução/Agradecimento Escola Viva
A noção de duração ajuda a criar a capacidade de medir
O tempo é um fluxo - todo possível fim é seguido de um começo, numa sequência sem nenhuma previsão para acabar. O homem, porém, precisa pensar em prazos para poder planejar - uma necessidade que aparece bem cedo, como vemos no exemplo de Ian, no início do texto. "Ao perceber a existência de ciclos, é quase uma consequência que se conte a quantidade deles, juntando o tempo cíclico com o linear", diz Lino de Macedo. "Os antigos quantificavam o tempo dessa mesma maneira. A mulher grávida, por exemplo, sabia de antemão que a cada nove luas cheias ela daria à luz."
Quando chegam à escola, os pequenos costumam se inquietar com a partida dos pais. Isso se dá, em grande parte, porque eles ainda não são capazes de visualizar quando irão reencontrar a família - a duração dessa separação, justamente. Essa questão também é trabalhada com a vivência da rotina escolar, em que a sequência de atividades permite antecipar o que farão antes de voltar para casa. Com isso, são capazes de mensurar o tempo, ainda que intuitivamente, e iniciam-se nos princípios de medição. Para Lino, um salto transformador se dá com isso. "Se a ideia de sequência permite à criança se relacionar com o passado, a de duração possibilita lidar com o que ainda está por vir", argumenta ele.
"Quando os bebês nascem, eles são velhos. Já estão todos enrugados." Caio
Embora os sistemas convencionais de medida sejam ainda muito complexos, é importante que os pequenos tenham contato com eles. "Por volta dos 3 anos, as crianças já demonstram interesse e começam a fazer perguntas relativas ao relógio, aos dias da semana, aos meses", explica Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Segundo ela, o professor de Educação Infantil pode apresentar às turmas esses portadores, como o calendário. "Uma forma de explorá-lo no dia a dia escolar é a consulta de quantos dias faltam até uma determinada data de interesse da turma, como uma festa e o aniversário de alguma das crianças", sugere a formadora. O objetivo com essa proposta não é que as crianças se pautem pelo tempo do relógio ou do calendário - algo impraticável nessa altura do desenvolvimento infantil, em que seu pensamento ainda não é lógico-dedutivo -, mas que elas comecem a refletir sobre as práticas de sua cultura relacionadas à forma de se organizar no tempo.
Enquanto ainda não domina os sistemas convencionais, a criança pequena cria alguns parâmetros próprios para se relacionar com a passagem do tempo. Um interesse comum entre os pequenos, por exemplo, é saber a ordem de nascimento de seu grupo de amigos ou primos. Como, no início, ela ainda não domina o sistema numérico, a idade ainda não é seu principal critério de medição. É o que constatamos na fala de Eric, 4 anos, ao responder se era mais velho do que um amigo: "Eu sou mais alto do que o Tato, então, sou mais velho".
"Qual brinquedo você mais gostava quando era criança?" Álvaro
"Minha bicicleta vermelha." Pai
"Vermelha? Mas na sua época não era tudo preto e branco?" Álvaro
A altura seria um indicador de alguém ter mais anos de vida, já que a correspondência entre idade e estatura costuma funcionar entre as crianças. "Todos captamos a ação do tempo pela transformação de algo que continua existindo", diz Maria Luiza Leão, psicopedagoga e diretora do Tekoa - Centro de Estudos da Aprendizagem, no Rio de Janeiro. "Crescer, ser alto, é algo que demonstra uma transformação a partir do pequeno." Cabe ao adulto questionar esse parâmetro constituído pelas crianças, apontando casos em que ele não é válido - se a avó da criança tem 1,50 metro, e seu primo adolescente, 1,80 metro, talvez seja melhor usar outra maneira para definir quem é mais velho.
O uso dos parâmetros pessoais, por outro lado, faz parte do desenvolvimento da criança e demonstra que ela percebe a importância de se organizar com base em referências temporais. O que de início se pauta pelo princípio da comparação aos poucos caminha para a compreensão do funcionamento dos sistemas convencionais de medição. Uma criança pode pensar sobre os anos de seu avô (60, por exemplo) contrapondo-os aos 6 anos que ela tem: com a referência de sua própria idade, consegue se relacionar com a de seu avô. Mas como usar o mesmo parâmetro para comparar cifras tão distantes quanto o seu tempo de vida e a época em que viveram os dinossauros? Conforme ela volta o interesse para o mundo, torna-se mais importante trazer para suas representações referências temporais para todas as situações em que medidas de tempo sejam requisitadas, como as horas, os dias e os anos. "É como se ela iniciasse uma jornada que a afastasse de sua experiência para ter um olhar mais amplo", diz Maria Luiza.
Vídeo: Dia e Noite: A criança pequena tem uma forma particular de pensar e de construir explicações para o funcionamento dos fenômenos que observa no mundo. No vídeo, crianças de 3 a 6 anos contam como acreditam que o dia e a noite se alternam todos os dias. A educadora Monique Deheinzelin parte dessas "teorias" para falar sobre a forma como se constitui o pensamento dos pequenos.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Blogs educativos
Alunos, seguidores, colegas e outros,
Deixo aqui uma lista de blogs educativos, que a revista Profissão Mestre publicou. Achei-a interessante e penso que pode nos ajudar a crescer na nossa formação permanente e em nossas pesquisas escolares.
Bom proveito a todos!
BLOGS EDUCATIVOS
Artes
http://www.aprenderecia.blogspot.com/
Poesia
http://www.piratapoeta.blogspot.com/
Geografia
http://alunoscesa.blogspot.com/
Educação geral
http://reflexoesacademicas.blogspot.com/
http://www.depoisdaaula.com/
Meio ambiente
http://www.henriquemelega.blogspot.com/
http://www.melega.multiply.com/
História
http://www.historiaecia.com/
http://saibahistoria.blogspot.com/
Informática
http://educasempre.blogspot.com/
http://ivivendoeaprendendo.blogspot.com/
http://www.projetoinfo.blogspot.com/
Diversos
http:/pedagogicamenteblogando.blogspot.com/
http:www.coordpedagocicaeti.blogspot.com
http://tagareladaciencia.blogspot.com/
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Bom proveito a todos!
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Educação no ensino fundamental
Exercícios de História da Educação I
Pessoal do 2º período de Pedagogia,
Amanhã todos deverão entregar o exercício sobre Sócrates e sobre a Idade Média.
O 2º exercício tem levantado dúvidas por parte de alguns alunos. Por isso, deixo aqui explicações sobre cada pergunta que faço do texto da Idade Média (as explicações estão em negrito). Espero que possa ajudá-los.
EDUCAÇÃO E IMAGINÁRIO POPULAR
1- Explique o significado geral do texto, a partir da frase do mesmo autor: “A sociedade medieval educa – como sempre ocorre nas sociedades tradicionais – através de severos controles, mas também através de dispositivos de escape”.
Considerem os severos controles e os dispositivos de escape. Exemplifique cada um para entender a pergunta: os severos controles na Idade Média referem-se ao uso da bíblia, a sua interpretação, a vida ascética em função da conquista do céu, ao conteúdo dado nas poucas escolas, aos dogmas, aos costumes religiosos, dentre outros. Os dispositivos de escape referem-se ao teatro, a imagem, ao contexto em que vivem, as palavras orais, dentre outros. Peço que compare os dois dispositivos de controle social percebendo seus ganhos e sua similaridade.
2- Tendo em vista a hierarquização da sociedade medieval, analise porquê o povo era excluído da educação formal.
Considerem a hierarquia da sociedade medieval: igreja, nobres e camponeses. Era uma hierarquia imutável, sem possibilidade de ascensão social. Fora a educação informal que o texto descreve, analise porquê o povo (que estava na base da pirâmide social, a classe mais baixa)era excluído da educação formal, aquela oferecida pelas escolas e universidades.
3- Compare a situação descrita no texto com os tempos atuais, indicando semelhanças e diferenças. Por exemplo, em que medida continua uma educação informal pela palavra oral e pela imagem; e quais as diferenças quanto à transmissão de palavras e imagens.
O texto descreve situações teatrais, uso de imagens e palavras orais para educar o povo na Idade Média. Nos dias de hoje, a educação formal das escolas educa com textos escritos em livros. Mas o povo não é educado somente com isso. A educação acontece também por teatro, imagens e palavras orais, em situações informais de educação, como em novelas, filmes, teatro, comerciais, computador, etc. Peço que analise a educação informal de hoje e conclua em que medida continua essa educação informal como acontecia na idade média. Façam essa análise indicando diferenças e semelhanças da educação informal daquela época com a educação informal dos dias de hoje.
4- Em que medida a crítica feita por Cambi às performances teatrais dos pregadores religiosos encontra eco hoje em dia em alguns tipos de cultos religiosos?
O autor critica as performances teatrais dos pregadores religiosos da idade média, dizendo que eles utilizam desse recurso para educar o povo e simplificam demais os conceitos que devem ser construídos. Eu peço que analisem os cultos religiosos (incluindo o católico) na questão da performance dos oradores de hoje e comparem-os com os antigos e respondam: eles são semelhantes? Fazem igual antigamente ou imitam somente um pouco o que acontecia na idade média? Os objetivos são os mesmos? Conseguem alcançar os resultados esperados?
Amanhã todos deverão entregar o exercício sobre Sócrates e sobre a Idade Média.
O 2º exercício tem levantado dúvidas por parte de alguns alunos. Por isso, deixo aqui explicações sobre cada pergunta que faço do texto da Idade Média (as explicações estão em negrito). Espero que possa ajudá-los.
EDUCAÇÃO E IMAGINÁRIO POPULAR
1- Explique o significado geral do texto, a partir da frase do mesmo autor: “A sociedade medieval educa – como sempre ocorre nas sociedades tradicionais – através de severos controles, mas também através de dispositivos de escape”.
Considerem os severos controles e os dispositivos de escape. Exemplifique cada um para entender a pergunta: os severos controles na Idade Média referem-se ao uso da bíblia, a sua interpretação, a vida ascética em função da conquista do céu, ao conteúdo dado nas poucas escolas, aos dogmas, aos costumes religiosos, dentre outros. Os dispositivos de escape referem-se ao teatro, a imagem, ao contexto em que vivem, as palavras orais, dentre outros. Peço que compare os dois dispositivos de controle social percebendo seus ganhos e sua similaridade.
2- Tendo em vista a hierarquização da sociedade medieval, analise porquê o povo era excluído da educação formal.
Considerem a hierarquia da sociedade medieval: igreja, nobres e camponeses. Era uma hierarquia imutável, sem possibilidade de ascensão social. Fora a educação informal que o texto descreve, analise porquê o povo (que estava na base da pirâmide social, a classe mais baixa)era excluído da educação formal, aquela oferecida pelas escolas e universidades.
3- Compare a situação descrita no texto com os tempos atuais, indicando semelhanças e diferenças. Por exemplo, em que medida continua uma educação informal pela palavra oral e pela imagem; e quais as diferenças quanto à transmissão de palavras e imagens.
O texto descreve situações teatrais, uso de imagens e palavras orais para educar o povo na Idade Média. Nos dias de hoje, a educação formal das escolas educa com textos escritos em livros. Mas o povo não é educado somente com isso. A educação acontece também por teatro, imagens e palavras orais, em situações informais de educação, como em novelas, filmes, teatro, comerciais, computador, etc. Peço que analise a educação informal de hoje e conclua em que medida continua essa educação informal como acontecia na idade média. Façam essa análise indicando diferenças e semelhanças da educação informal daquela época com a educação informal dos dias de hoje.
4- Em que medida a crítica feita por Cambi às performances teatrais dos pregadores religiosos encontra eco hoje em dia em alguns tipos de cultos religiosos?
O autor critica as performances teatrais dos pregadores religiosos da idade média, dizendo que eles utilizam desse recurso para educar o povo e simplificam demais os conceitos que devem ser construídos. Eu peço que analisem os cultos religiosos (incluindo o católico) na questão da performance dos oradores de hoje e comparem-os com os antigos e respondam: eles são semelhantes? Fazem igual antigamente ou imitam somente um pouco o que acontecia na idade média? Os objetivos são os mesmos? Conseguem alcançar os resultados esperados?
domingo, 20 de setembro de 2009
Relacionamento inter e intrapessoal
Meus amigos,
Deixo aqui duas postagens que penso que serão úteis para nosso crescimento pessoal e para nossa atuação como professores, em especial na área de História:
1- Uma refere-se à nossa efêmera passagem pela Terra e a inevitável ação do tempo em nosso corpo e mente: ENVELHECENDO EM UM MINUTO
2- Outra refere-se à nossa atuação e crescimento no dia-a-dia,que é tão importante para nossa melhor relação inter e intrapessoal: NEUROPEPTIDEOS
Bom final de semana a todos,
Fiquem com Deus,
Profª Marcia Gil
Deixo aqui duas postagens que penso que serão úteis para nosso crescimento pessoal e para nossa atuação como professores, em especial na área de História:
1- Uma refere-se à nossa efêmera passagem pela Terra e a inevitável ação do tempo em nosso corpo e mente: ENVELHECENDO EM UM MINUTO
2- Outra refere-se à nossa atuação e crescimento no dia-a-dia,que é tão importante para nossa melhor relação inter e intrapessoal: NEUROPEPTIDEOS
Bom final de semana a todos,
Fiquem com Deus,
Profª Marcia Gil
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
O Ensino Fundamental de 9 anos
Alunos do 6º período de Pedagogia,
Conforme combinado, deixo postado aqui o guia curricular que a revista NOVA ESCOLA deste mês editou. É um guia para o ensino fundamental de 9 anos, algo novo em nossa realidade e que tem trazido muitas dúvidas a tantas escolas.
Conforme combinado, deixo postado aqui o guia curricular que a revista NOVA ESCOLA deste mês editou. É um guia para o ensino fundamental de 9 anos, algo novo em nossa realidade e que tem trazido muitas dúvidas a tantas escolas.
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Guia Curricular - ensino de 9 anos
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